Mato Grosso registra 2.313 casos de estelionato entre janeiro e abril

Mato Grosso registrou 2.312 casos de estelionato no primeiro quadrimestre deste ano. O dado se manteve quase igual no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 2.311 registros. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceac) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e abrange todas as modalidades praticadas do crime, dentre elas, internet e telefone.

O Código Penal Brasileiro define estelionato como crime contra o patrimônio com o objetivo de obter vantagem ilícita em prejuízo alheio. Em 2018 foram registrados em Mato Grosso 6.578 casos de estelionato. Já no mesmo período de 2017 foram 6.390 ocorrências.

Foto: Reprodução/Shutterstock

Uma prática que tem lesado algumas pessoas é a fraude mediante clonagem do aplicativo de mensagens WhatsApp. Neste modelo, o suspeito se utiliza da rede de contatos da vítima e pede que quantias em dinheiro sejam transferidas na conta de uma terceira pessoa. Por se tratar de um contato conhecido da vítima, a mesma repassa valor e só depois descobre que caiu em um golpe.

O analista de tecnologia da Sesp, Manoel Amorim, explica que a clonagem não é uma prática nova, mas tem vitimado muitas pessoas por falta de adoção de medidas primárias. “Uma saída para evitar cair no golpe é ao quando receber este tipo de pedido, ligar para o solicitante e confirmar a veracidade da história. Porque muitas vezes o suspeito pede para transferir na conta de outra pessoa que não está na rede de contatos”, destaca.

Ainda segundo o analista, outras práticas podem ser adotadas, por exemplo, a de realizar a verificação em duas etapas do celular. Para isso, basta entrar em configurações do aparelho e habilitar um e-mail de uso pessoal. Com esta medida, será pedida uma senha e toda vez que houver perigo na rede, um e-mail será enviado como sinal de alerta. Tal ação garante também ao usuário trocar a senha e realizar autenticação.

Orientações

O delegado chefe da Gerência de Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), Eduardo Botelho, orienta que em caso de clonagem do cartão Simcard, a vítima deve imediatamente registrar um boletim de ocorrência e na sequência avisar seus contatos e familiares sobre a fraude, e bloquear o cartão junto à operadora de telefonia.

Conforme o delegado, se o criminoso tiver conseguido habilitar a verificação em duas etapas, reinstale novamente o aplicativo e digite erroneamente códigos sucessivos até bloquear a conta.

Outro passo importante, após ter a conta do aplicativo WhatsApp invadida por um criminoso, é encaminhar um email para support@whatsapp.com, em português mesmo, solicitando  o bloqueio da conta. No corpo da mensagem, o usuário deve colocar o código do país, ex: +55 9999-9999. A empresa vai desativar a conta do aplicativo, que somente poderá ser utilizada em sete dias.

“É sempre importante, ao iniciar uma conta no whatsapp, fazer a verificação de segunda etapa do aplicativo. Não repassar nenhum código fornecido por SMS, ficar atendo a dados conflitantes na mensagem recebida”, orienta o delegado.

Como regra, as grandes empresas de compra e venda na internet não mantém contato com os clientes via aplicativo de mensagem. Os golpes mais comuns, geralmente iniciam após a vítima confirmar dados cadastrais via mensagem recebida pelo aplicativo, e induzida a fornecer o código de seis dígitos, repassados por SMS, e a partir daí ocorre a clonagem do número no aplicativo. 

A Gecat é ligada à Coordenadoria de Inteligência Tecnológica, da Diretoria de Inteligência, que atua no assessoramento às delegacias da Polícia Judiciária Civil, e trabalha com investigações complexas que envolvem o uso da tecnologia de ponta ou a utilização.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade