Uma forte chuva atingiu Manaus entre a noite de quarta-feira, (9), e a manhã desta quinta-feira (10),trazendo vários transtornos para os manauaras. Segundo informações da Prefeitura, os pluviômetros que foram instalados na cidade, registraram 58.8 milímetros de chuva nas últimas 24h.
Segundo o chefe do primeiro Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Flávio Oliveira, o mês de dezembro foi bastante chuvoso na região, o que é normal para época. “Essas chuvas, principalmente, na parte Centro-Leste do Amazonas, ocorrem de dezembro até o mês de abril. Já na primeira semana de janeiro, choveu pouco, praticamente metade do previsto, cerca de 30mm de chuva, quando o esperado era 60mm”, disse.
Oliveira ainda adianta que os modelos climáticos indicam um nível quantitativo elevado de chuva nos próximos 10 dias. Ele também revelou que as chuvas decorrentes de janeiro, basicamente são chuvas contínuas, fracas – moderadas (sem grande quantidade na mesma hora), ou seja, não representam perigo, uma vez que acontecem durante todo o dia. Já a chuvas fortes, famosas tempestades, são características de outro período, o seco.
Por causa da quantidade de chuva, várias áreas da cidade foram alagadas, Oliveira alerta os manauaras que vivem em área de risco. “A situação piora para as pessoas que estão em lugares de difícil acesso ou com uma infraestrutura precária, já que os totais de chuva são suficientes para encharcar o solo e levar risco a população, principalmente, em encostas”, afirmou.
Bipolaridade
Muitas pessoas podem achar que o clima em Manaus é bipolar, afinal, de manhã pode fazer um calor intenso na cidade, e pela tarde, cai aquele toró. De acordo com Oliveira, a região amazônica possui áreas de instabilidade de chuva. “No Amazonas, a chuva é um sinal do calor. Por esse motivo que o manauara reclama, mas não existe nada de anormal nessa questão”, explicou o meteorologista.
El Niño
Oliveira contou que o fenômeno El Niño será o responsável pela diminuição da chuva no Amazonas, mas que até agora, o mesmo não vingou. “A condição oceânica aponta para ele, porém, até o momento não aconteceu nada. Talvez, em fevereiro, se o fenômeno El Niño influenciar o clima, as chuvas deem uma trégua para a região”, garantiu.