Mais de cem indígenas foram assassinados em 2017 no Brasil, aponta Conselho Indigenista

Cento e dez indígenas foram assassinados em 2017. É o que aponta relatório divulgado nesta quinta-feira pelo Cimi Conselho Indigenista Missionário. O documento também destaca que ocorrências de apropriação indevida das terras tradicionais, casos de suicídio e mortalidade na infância continuam a preocupar. As informações são da Agência Brasil.

Foto:Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil constatou um aumento na maioria dos 19 tipos de violência contra a pessoa, o patrimônio e a omissão do poder público.

De acordo com o Cimi, ano passado, foram registrados oito assassinatos a menos que em 2016.

Mas conselho ressalta que usa dados repassados pela Secretaria de Saúde Indígena e que a própria Sesai informou que os números são parciais pois ainda há possibilidade de receber notificação de novos assassinatos.

De acordo com a antropóloga Lucia Rangel e uma das organizadoras do estudo, os assassinatos estão relacionados diretamente com os conflitos de ocupação de terras.

O Cimi identificou 20 conflitos relativos aos direitos territoriais em 2017.

Entre os destaques, o ataque de 200 pessoas contra o povo Akroá-Gamella, no Maranhão. Dois indígenas foram baleados e outros dois tiveram as mãos decepadas.

Laércio Gamela destaca que a comunidade pretende resistir e conquistar o território.

Os três estados responsáveis por 70 por cento dos assassinatos de indígenas são Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul.

Com relação as mortes por omissão do estado, o Cimi apontou 702 casos de mortalidade na infância.

Outra questão considerada dramática pelo Conselho é a quantidade de registros de suicídio: 128 casos, um aumento de 20 por cento em um ano. Segundo o ministério da Saúde, a taxa de suicídios entre indígenas é 3 vezes superior à média do país.

Antes de embarcar, os venezuelanos passam por procedimentos de regularização de documentos e atualização da caderneta de vacinação.

O major Tássio de Oliveria, chefe de Comunicação da Operação Acolhida, diz que as metas do programa de interiorização estão sendo cumpridas.

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