Cerca 5,5 mil caranguejos foram devolvidos à natureza durante o período de defeso, que encerrou nessa segunda-feira (25), no Pará. Os crustáceos foram apreendidos por fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em parceria com batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e as prefeituras dos municípios de Marapanim, Vigia, São Caetano de Odivelas e Santo Antônio do Tauá.
As equipes encontraram os animais vivos sendo transportados em sacas. Para tentar fugir da fiscalização, alguns vendedores fizeram o transporte durante a noite e de madrugada, mas mesmo assim foram encontrados.
O major Isaac Roffé, subcomandante do BPA, considera de grande importância a defesa do Caranguejo-Uçá. “É muito importante garantir o ciclo de vida desses animais, lutar pela continuidade da espécie e do equilíbrio ecológico. O BPA e outros órgãos participam dessa defesa do meio ambiente e estamos sempre à disposição para a proteção dessa e de outras espécies, que precisem da nossa ação”, garante.
O período de defeso deste ano foi estabelecido pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente em 2017. A proibição abrange o estado do Pará, Maranhão, Piauí, Ceara, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. No decreto, ficou proibida a captura, transporte, beneficiamento, industrialização e a comercialização da espécie Ucides Cordatus, conhecida popularmente como Caranguejo-Uçá, durante a época da ”andada”.
“O Defeso é um período estipulado para a reprodução destes animais. Essa época do ano é quando os crustáceos saem das tocas para se reproduzirem. É fundamental para a continuidade da espécie manter a preservação nesse momento. Quem é flagrado fazendo a captura, transporte ou beneficiamento durante o período do defeso, sem ter autorização legal, pode ser autuado e obrigado a pagar multa que pode chegar a R$ 500 por crustáceo, além de ter a carga apreendida”, explicou Solange Chaves, diretora e fiscalização da Semas.
Os próximos ciclos de defeso do caranguejo estão previstos para o mês que vem, entre os dias 7 e 12 e de 21 a 26 de março. Este ano ainda deve ser realizada uma reunião entre os órgãos ambientais para que seja estipulado o calendário dos próximos 2 anos.
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