No helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA), a mulher que já estava em trabalho de parto evoluiu com as contrações e, com o apoio da equipe, deu à luz nos ares, faltando cerca de 15 minutos para pousar. Ela foi levada da Vila Progresso, principal comunidade do arquipélago, até a capital amapaense em um transporte que durou um pouco mais de 40 minutos.
De acordo com o subtenente da Polícia Militar Waldecir Teles, tripulante operacional, a jovem teve um descolamento de placenta, o que ocasionou diversas complicações, colocando em risco a vida da mãe e do bebê. Ele falou que aprendeu no treinamento de operações aéreas algumas técnicas de procedimento de socorro a mulheres em trabalho de parto, mas que aos 12 anos de carreira não esperava que um dia fosse ocorrer.
Com o apoio do tripulante, uma enfermeira realizou o parto quando não dava mais para a mulher segurar. A mãe da jovem acompanhou a situação. O helicóptero pousou por volta de 16h30, no Aeroporto Internacional de Macapá. Em seguida, Shirlana e a recém-nascida foram encaminhadas para o Hospital da Mulher Mãe Luzia. “Todo o risco de morte deixou de existir, graças ao trabalho da profissional de saúde com a equipe do GTA. Foi possível garantir a vida da mãe e também a da menina. Vidas foram salvas”, comemorou o subtenente.
Ainda segundo Teles, mãe e filha passam bem. Para ele, o caso marcou a história do GTA. Emocionado, o militar contou que ainda está surpreso com o ocorrido. “Este é o primeiro parto em voo que eu tenho conhecimento e ainda tive a oportunidade de dar auxílio. Foi uma experiência única que vou levar para o resto da minha vida. Melhor ainda, com um resultado positivo. Realmente, é algo que nenhum de nós estávamos esperando”, finalizou.