Infestação do Aedes em Manaus é mantida como médio risco

O resultado do 1º Diagnóstico da Infestação do Aedes aegypti de 2019, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), no mês de fevereiro, apontou que Manaus apresenta um índice de infestação de 2,2%, permanecendo em médio risco para as doenças transmitidas pelo mosquito. O número aponta uma redução em relação ao primeiro diagnóstico de infestação realizado no mesmo período do ano 2018, quando o índice registrado foi de 3,0%.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, explica que o diagnóstico de infestação do Aedes é realizado periodicamente e o índice tem permanecido em médio risco, o que compreende valores entre 1,0% e 3,9%.

“Nesse primeiro diagnóstico do ano, equipes de agentes de endemias visitaram 28.814 imóveis em todos os bairros de Manaus, envolvendo cerca de 380 profissionais da Semsa. A estratégia de trabalho abrangeu, por meio de visita domiciliar, a identificação e coleta de formas imaturas (larvas) do mosquito, assim como a eliminação e tratamento de potenciais criadouros do Aedes”, informou Marcelo Magaldi.
 

Foto: José Nildo/Semsa 

Bairros

O diagnóstico apontou também que, dos 63 bairros oficiais do município, oito podem ser considerados com alta infestação: São José, Coroado e Armando Mendes (zona Leste); o bairro da Glória (zona Oeste); Adrianópolis, São Francisco, Santa Luzia e Colônia Oliveira Machado (zona Sul).

“São bairros que apresentaram indicadores de maior infestação do Aedes aegypti e, consequentemente, com maior risco para a transmissão de zika, dengue e chikungunya. Esses bairros são áreas indicadas para intensificação das ações de controle do mosquito no município de Manaus, seguido dos bairros em média e baixa infestação”, informou o secretário.

Segundo o diagnóstico, Manaus registra 39 bairros classificados em média infestação: Vila Buriti, Morro Liberdade, Betânia, Centro, Praça 14, Chapada, Cachoeirinha, Educandos, Crespo, São Lázaro, Japiim, Parque 10, Aleixo, Nossa Senhora das Graças, Flores, Petrópolis e Raiz (zona Sul); Tarumã, Lírio do Vale, São Jorge, São Raimundo, Compensa, Vila da Prata, Dom Pedro, Da Paz, Redenção e Alvorada (zona Oeste); Cidade Nova, Colônia Santo António, Santa Etelvina, Novo Israel, Novo Aleixo, Cidade de Deus e Colônia Terra Nova (zona Norte); e Colônia Antônio Aleixo, Zumbi, Tancredo Neves, Gilberto Mestrinho e Jorge Teixeira (zona Leste).

Os bairros de baixa infestação foram 16: Distrito Industrial I, Nossa Senhora de Aparecida, Presidente Vargas e São Geraldo (zona Sul); Tarumã Açú, Ponta Negra, Santo Agostinho, Nova Esperança, Planalto e Santo Antônio (zona Oeste); Monte das Oliveiras, Nova Cidade e Lago Azul (zona Norte); e Mauazinho, Puraquequara e Distrito Industrial II (zona Leste).

Ações

O período considerado epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é o que vai de novembro a maio, e o calor e as chuvas são condições ideais para a proliferação do mosquito. “Por isso, é importante que a população colabore com cuidados simples e com a aplicação do Check List 10 minutos contra o Aedes, com verificação semanal da própria residência para manter o ambiente domiciliar livre de larvas do mosquito”, recomenda Marcelo Magaldi.

O secretário destaca ainda que os tipos de depósitos que mais contribuíram para a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Manaus, segundo dados do primeiro diagnóstico do ano, são recipientes vazios, lixo, garrafas, latas, ferro velho, com 34,4%.

Além disso, o diagnóstico apontou aumento nos depósitos encontrados dentro das residências, como vasos, pratos de planta, bebedouros e outros frascos com água. No primeiro levantamento de infestação do Aedes em 2018, o índice desse tipo de depósito foi de 17,9%, passando para  20,4% no realizado em outubro do ano passado e ficando em 23,6% no levantamento feito este ano.

“São depósitos encontrados dentro de residências e os moradores precisam ficar atentos para o grande risco que isso representa para toda a família”, reforça Marcelo Magaldi.

Casos

Em 2018, o município de Manaus registrou 419 casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya, representando uma redução de 54,05% em comparação com 2017, quando foram confirmados 912 casos. Em comparação a 2017, os dados do ano passado mostraram que os casos confirmados de dengue reduziram em 79%, os de zika vírus diminuíram em 10,29% e a redução de chikungunya chegou a 91,7%. 

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