Em um comunidade, emitido nessa segunda, a Associação dos Povos Indígenas Waiana e Aparai disse que índios dos povos Aparai, Akuriyo, Tiriyo e Waiana, pertencentes às terras indígenas do Parque do Tumucumaque e do Rio Parú D’Este, vão continuar a procura do avião.
Veja o comunicado:
Os indígenas já haviam iniciado as buscas pela mata, no dia 19 de dezembro, após a Força Aérea Brasileira (FAB) suspender a procura pela aeronave e vítimas, após 14 dias de sobrevoo, no estado do Amapá.
A aeronave desapareceu entre a aldeia Mataware, no Parque do Tumucumaque, no Pará, e Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, com oito pessoas a bordo, sendo sete indígenas e o piloto. É nessa área que os indígenas concentraram as buscas, que também haviam sido interrompidas por eles.
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Segundo a Apoianp, na segunda-feira, sete indígenas da aldeia Matawaré desceram o rio Parú em direção à aldeia Bona, ponto de encontro das buscas. Garimpeiros vindos do Laranjal do Jari também são aguardados para integrar a equipe. A expectativa é reunir pelo menos 15 homens nas buscas por terra.
Kutanan Waiana, coordenador executivo da Apoianp, informou que a maioria dos voluntários são familiares dos índios que estavam no monomotor de prefixo PT-RDZ e querem uma resposta definitiva do caso. Para se guiar na mata densa, o grupo leva rádios comunicadores, GPS e bússola.
A Associação dos Povos Indígenas disse que só encerrará a procura quando encontrar os desaparecidos, com ou sem vida. Com a ajuda de amigos e familiares dos índios e do piloto, e do dono do avião, alimentos estão sendo arrecadados para garantir a permanência dos voluntários o tempo que for necessário na floresta.
Avião levava crianças e família indígena
Uma associação indígena confirmou, quatro dias após o desaparecimento, que dentro da aeronave estava uma família da etnia Tiryó, com três crianças, além de outros dois índios Akurió.
A aeronave tinha como destino Laranjal do Jari. Pelos registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião tinha capacidade para seis passageiros. Porém, a Organização de Povos Indígenas do Amapá e norte do Pará informou que ela estava com sete pessoas a bordo.
Era uma família, com pai, mãe e três filhos, dois deles de 4 anos e um de 2 anos, que tinham ido até lá para resolver assuntos bancários e fazer compras para a aldeia. Além deles, também estava uma idosa aposentada e o genro dela, que tinham ido resolver problemas no INSS.