Homem solta pit bull para livrar esposa de assaltantes em Vilhena

“É uma sensação de raiva, de nojo. Ele apalpou meu corpo, procurando meu celular. A gente acorda de madrugada, para conseguir o pão de cada dia, e vem alguém nos roubar”, lamenta uma balconista, de 23 anos. O crime foi registrado pela Polícia Militar (PM) no domingo (10), em Vilhena (RO), na região do Cone Sul.

Segundo informações do G1 Rondônia, Ela havia acabado de sair de casa, quando foi abordada por três homens. O marido, que a observava do portão, viu o crime e soltou o pit bull da família, para livrar a mulher dos assaltantes. Os criminosos fugiram e ainda não foram encontrados.

Foto: Jean Carlos/Rede Amazônica
A mulher trabalha em uma padaria e começa o expediente mais cedo nos finais de semana. No domingo, ela saiu de casa por volta das 5h20 da manhã, quando ainda era noite. O marido ficou observando do portão, enquanto ela caminhava sentido ao trabalho.

Quando a mulher chegou na equina de casa, três homens a abordaram. Os ladrões estavam em duas bicicletas, pediram o celular da balconista e falaram para ela não gritar. “Eu não estava levando o celular para o trabalho, mas o homem que estava na garupa da bicicleta, desceu e me deu uma gravata por trás. Enquanto ele estava com um braço no meu pescoço, ele apalpava meu corpo com a outra mão, procurando o celular”, relata.

O marido da mulher viu a ação criminosa, chamou o cachorro da família e soltou o animal. “Depois de me apalpar e não encontrar nada, ele me derrubou no chão e me deu um soco na cabeça. Quando cai, bati as costelas no meio-fio e comecei a gritar. Meu marido soltou o Taurus [cachorro] e veio junto com ele, na minha direção. O Taurus veio latindo, muito bravo. Nisso, os bandidos montaram nas bicicletas e fugiram”, lembra.

A vítima ressalta que, naquele horário, não havia ninguém na rua e que o marido soltou o cachorro para salvá-la, em virtude dos gritos por socorro. O cachorro tem dois anos de idade e convive com as duas filhas da vítima, uma de 9 anos e outra de 1 ano. “As pessoas têm preconceito com essa raça, mas tudo é a forma que você cria o animal. A gente leva o Taurus para passear, e ele é muito amoroso e protetor com a gente”, destaca a mulher.

Conforme a PM, um dos suspeitos foi identificado, mas nenhum deles foi localizado até o momento. A Polícia Civil investiga o caso.

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