FAB lança documentário sobre tragédia do voo Gol 1907

O documentário ‘Voo 1907, 10 anos depois – Bastidores da maior operação de resgate da FAB‘ relembra os 44 dias de operação da Força Aérea Brasileira (FAB), na Floresta Amazônica, por causa do acidente aéreo que matou 154 pessoas, no Mato Grosso. Em 38 minutos de filme, a produção revive o trabalho de mais de 800 homens, entre militares e civis, que se deslocaram para o norte do Estado para após o desastre de 29 de setembro de 2006.


O material reúne cenas inéditas e relatos de militares envolvidos na operação, assim como famílias das vítimas do acidente. O documentário foi coordenado por jornalistas, publicitários e relações públicas do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER).

Tragédia

O Boeing 737, que fazia o voo 1907, da Gol, partiu de Manaus em direção ao Rio de Janeiro, mas nunca chegou ao destino final. Quando sobrevoava a cidade de Peixoto de Azevedo, no Mato Grosso, foi atingido por um jato Legacy-600, da Embraer, conduzido pelos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino. Todos os passageiros e tripulantes do avião morreram. O jato pousou em segurança e os pilotos voltaram aos Estados Unidos, onde vivem hoje e nunca foram foram punidos.

Em outubro de 2015, os norte-americanos foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 3 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Mas até a data de lançamento do documentário, 29 de setembro de 2016, ainda não tinham sido notificados sobre a sentença. Os advogados dos americanos atribuem a culpa do acidente a erros do sistema de controle aéreo brasileiro.

Além de Lepore e Paladino, cinco controladores de tráfego brasileiros, que trabalhavam no dia do acidente, foram investigados, denunciados e absolvidos. O sargento da Aeronáutica, Jomarcelo Fernandes dos Santos, foi condenado na Justiça Militar, a um ano e dois meses de prisão por homicídio culposo. Mas a pena não foi cumprida.

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