Segundo a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo do Estado de Roraima, a varredura deve durar o dia todo e envolve a participação de 20 homens do Grupo de intervenção Tática, 20 agentes penitenciários, 170 policiais militares e efetivo do Exército da 1ª Brigada de Infantaria e Selva.
Em nota, a secretaria disse que os detentos estão sendo retirados das celas para a varredura. “Estão sendo empregados detectores de metais de chão e de parede para auxiliar nos serviços”, informa a nota, acrescentando que uma ação semelhante foi feita em dezembro de 2015 na unidade.”
Agentes da Força Nacional patrulham a área externa do presídio. De acordo com a Secom, para reforçar a segurança no local as visitas continuarão suspensas.
Rebeliões
As rebeliões em unidades prisionais na região Norte, logo no início do ano evidenciaram a fragilidade do sistema prisional no país. Antes do conflito em Roraima, no dia 6 de janeiro, o estado do Amazonas teve rebeliões em três unidades prisionais, que resultaram em 65 mortes e a fuga de 225 internos, nos primeiros dias de janeiro.
Na quinta-feira (26), a Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas divulgou um balanço das ações e informou que dos 225 presos foragidos desde o dia 1º de janeiro, 91 foram recapturados. Também voltaram para o presídio 19 foragidos de datas anteriores do 1º dia do ano, que ocorreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e no Instituto Penal Antônio Trindade, ambas situadas no km 8 da BR-174, em Manaus.
Após revista feita no Centro de Detenção Provisória Masculino, situado no km 8 da BR-174, para a recontagem dos detentos, foram apreendidos 14 celulares e 115 porções de drogas. Também foram encontrados 56 estoques – um tipo de arma branca feita artesanalmente -, 16 marteletes e R$ 500 em espécie, bem como carregadores de celulares e cachimbos.
Os presos das unidades localizadas no km 8 da BR-174 e da Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus, poderão receber visitas neste sábado (28) e domingo (29).
Nos últimos dias também foram registradas rebeliões e fugas em unidades prisionais em São Paulo, onde mais de 150 presos fugiram de uma penitenciária em Bauru. Em Pernambuco, ocorreram quatro fugas e no Rio Grande do Norte, onde uma rebelião na penitenciária estadual de Alcaçuz resultou na morte de 26 detentos.