O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MP-MT), que acompanha o caso, informou nesta segunda-feira (12) que Souza está preso em Rondônia, após o advogado do suspeito negociar a entrega do cliente às autoridades. O G1 não conseguiu localizar a defesa de Moisés até a publicação da reportagem.
De acordo com a nota divulgada pelo MP, o homem, que era conhecido como ‘Moisés da COE’, se entregou na cidade de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, no final do mês de maio. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12). Moisés foi um dos cinco denunciados pelo MP e era considerado foragido até então por ter participado das mortes no assentamento.
Ainda segundo o MP-MT, Valdelir João de Souza, apontado como mandante, e Ronaldo Dalmoneck, acusado de ser um dos executores, continuam procurados pela polícia. Na denúncia consta que eles foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, mediante pagamento, tortura e emboscada.
No dia 19 de abril, dia da chacina, quatro pistoleiros, entre eles Moisés, foram até a Linha 15 com armas de fogo e arma branca e executaram nove pessoas. A denúncia diz que os executores percorreram cerca de nove quilômetros da linha, matando com requintes de crueldade todos quem encontravam pelo caminho.
De acordo com o MP, o objetivo dos crimes seria a extração de recursos naturais na localidade. A ideia do mandante era assustar os moradores da área, expulsá-los e posteriormente ocupar as terras.
O G1 entrou em contato com a Polícia Civil em Colniza (MT) e de Ariquemes (RO) mas não obteve a confirmação do local onde Moisés Ferreira está preso. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, Moisés Ferreira de Souza aguarda uma decisão judicial sobre sua transferência.