O Ministério do Meio Ambiente (MMA) apoiará a ação articulando a participação dos movimentos sociais de extrativistas do bioma no evento. A ideia é reunir lideranças comunitárias, organismos estaduais e federais e todos os setores do governo federal que atuem nas questões de gênero.
A secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do MMA, Juliana Simões, explica que o encontro é importante para o avanço do processo de inclusão das mulheres da Amazônia. “As quebradeiras de coco, extrativistas, pescadoras artesanais e agricultoras familiares, que formam a base que sustenta milhares de famílias ribeirinhas, em assentamentos e pequenas comunidades, contribuem para a preservação ambiental no bioma”, afirma.
Violência
A ideia de realizar o evento surgiu a partir de levantamento feito pela SEPM, que detectou subnotificação de chamadas pelo telefone 180, o disque denúncia de crimes contra a mulher, nos nove estados da Amazônia. “Não há nenhum estudo ainda sobre as causas da subnotificação, mas acreditamos que a cultura, a falta de conhecimento sobre a defesa dos direitos e o acesso às políticas públicas estejam entre elas”, avalia Ericka Filippelli, secretária de articulação da SPEM.
A partir dessas informações, o órgão decidiu ampliar o leque de temas, para promover a integração das políticas públicas para o setor. “Decidimos voltar o olhar para a Amazônia, para melhorar a vida das mulheres”, explica Ericka Filippelli. A data do encontro ainda será definida. “Queremos avançar na construção de políticas públicas voltadas para as mulheres da Amazônia”, conclui.