Delação da JBS cita propina para 5 governadores e ex-governadores da região

Delação premiada de Wesley Batista. Foto: Reprodução/Agência Brasil

Em delações premiadas ao Ministério Público Federal (MPF), integrantes do grupo JBS, entre eles os irmãos Joesley e Wesley Batista, relataram pagamento de propina para ex-governadores ou governadores de pelo menos cinco estados da Amazônia: Acre, Roraima, Pará, Mato Grosso e Tocantins.

Durante a delação Wesley Batista afirmou que, “Dos quase 600 milhões de reais, tirando esses 15 milhões de reais, o resto tudo é propina, tudo tem promessa, tudo tem alguma coisa. Nos doamos para 28 partidos que foi desmembrado para 1829 candidatos. Eleitos foram 179 deputados estaduais de 23 estados diferentes, 167 deputados federais, demos propina para 28 senadores, e demos propina para 16 governadores eleitos”, afirma.

Wesley Batista não deixa claro se os pagamento a que se referem são caixa dois, ou foram feitos como doações oficiais. Em seu depoimento, ele se limita a dizer que todos os valores pagos envolviam, de alguma maneira, valores em troca de favores políticos. Em outro depoimento, o dono da JBS afirma que esses pagamentos aconteceram em 2012.

Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

Segundo documento da Procuradoria Geral da República (PGR), uma lista escrita a mão mostra o nome de alguns dos governadores eleitos em 2014. Segundo Wesley, esses nomes teriam recebido propina da JBS mediante algum tipo de acordo ou promessa.

Um dos delatados é ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Segundo o empresário, o ex-governador recebeu cerca de R$ 30 milhões em propina em troca de concessão de créditos de ICMS no valor de mais de R$ 70 milhões. Os pagamentos foram feitos entre 2012 e 2014.

Silval Barbosa em resposta afirma que os fatos não são verdadeiros e vai prestar os esclarecimentos necessários quando for convocado. Os governadores Tião Viana, do Acre; Simão Jatene, do Pará; Marcelo Miranda, do Tocantins; e Suely Campos, de Roraima ainda não deram resposta sobre o caso.

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