Ciclismo, boxe, poker, futebol viram séries e documentários esportivos de destaque

O esporte tem a capacidade de gerar histórias que ficam marcadas para sempre e que não perdem a riqueza de detalhes com o passar do tempo

As modalidades esportivas proporcionam grandes momentos de emoção e mobilizam bilhões de pessoas para assistir um único evento, como acontece nos Jogos Olímpicos a cada quatro anos. Além disso, entre uma mistura de alegrias e tristezas, o esporte tem a capacidade de gerar histórias que ficam marcadas para sempre e que não perdem a riqueza de detalhes com o passar do tempo.

Sendo assim, separamos cinco documentários/séries de destaque na crítica que exploram as diferentes nuances do esporte, como o lado histórico, a superação, a performance individual e coletiva de atletas e também o lado obscuro.

Ícaro (2017)

Vencedor do Oscar na categoria Melhor Documentário em 2018 e dirigido por Bryan Fogel, “Ícaro” explora o mundo das irregularidades no ciclismo competitivo, no qual ciclistas utilizam substâncias proibidas para ganho de performance esportiva.

Grande sucesso de público e crítica, a Netflix comprou os direitos de distribuição de “Ícaro” logo após a repercussão positiva que o documentário teve depois de ser exibido no Festival Sundance de Cinema.

O documentário se passa como um thriller, com Fogel indo atrás de fatos que comprovam as irregularidades no ciclismo de alto de desempenho — e que terminou em um dos maiores escândalos da história da modalidade.

Sunderland Até Morrer (2018)

O rebaixamento do Sunderland da Premier League (liga de elite do futebol inglês) para a segunda divisão na temporada 2016-17 foi um momento triste na história recente do clube. A série documental “Sunderland Até Morrer” acompanha a luta do time na temporada seguinte (2017-18) para retornar à primeira divisão do Campeonato Inglês e dá aos espectadores uma visão interna da dedicação dos fãs dos Black Cats (apelido dado aos torcedores do Sunderland).

Além de mostrar ao mundo a dedicação que os torcedores do Sunderland têm com a equipe, “Sunderland Até Morrer” também consegue explorar muito bem em oito episódios o impacto que um rebaixamento pode causar em um clube sem tantos recursos financeiros. A diferença no dinheiro de TV da Premier League para a segunda divisão é monumental e alguns times sofrem anos com o “tranco”.

O documentário fez tanto sucesso que impulsionou o número de seguidores do clube inglês nas redes sociais. Somados os adeptos que a equipe tem no Twitter, Facebook e Instagram, atualmente o Sunderland conta com aproximadamente 3 milhões de seguidores.

KidPoker (2016)

Em 2016, a Netflix lançou em sua plataforma de streaming o documentário esportivo “KidPoker”. O nome da produção se refere ao jogador canadense Daniel Negreanu, considerado por muitos especialistas como um dos maiores nomes da história do poker mundial.

Daniel Negreanu (Foto: Joe Giron/PokerNews)

“KidPoker” vai além do esporte das cartas e narra a trajetória de sucesso de um jovem canadense que teve grande força de vontade e talento nato para concretizar os seus sonhos sob grande pressão.

“Esta história mostra claramente a determinação e intenção que tive quando as probabilidades estavam contra mim, em especial nos primeiros anos. Quis que este filme fosse inspirador para que quando as pessoas o vissem sentissem que também podem perseguir os seus sonhos”, disse Negreanu, em declarações à imprensa logo após o lançamento do documentário.

Vale destacar que Negreanu se encaixa na prateleira dos competidores que ganharam o evento WSOP (equivalente à Copa do Mundo dessa modalidade) com menos de 25 anos. Ao vencer o título do WSOP em 1998, o canadense se tornou um dos profissionais mais relevantes da história da modalidade.

Além disso, a consistência e solidez de Negreanu em mais de 20 anos de carreira renderam ao jogador mais de US$ 40 milhões conquistados em premiação.

All or Nothing: Manchester City (2018)

“All or Nothing: Manchester City” é uma série documental de oito episódios com produção original da Amazon — segundo o portal britânico Radio Times, a empresa estadunidense pagou £ 10 milhões aos Citizens para ter aos bastidores da equipe. 

A série mostra com detalhes os bastidores e a trajetória vitoriosa do Manchester City (equipe de futebol da primeira divisão da Inglaterra) na temporada 2017-18, em que venceu dois dos quatro troféus disputados e quebrou uma série de recordes de desempenho relacionadas à Premier League.

Do primeiro ao oitavo episódio o treinador do Manchester City, Pep Guardiola, é a principal atração da série. O primeiro episódio, por exemplo, é um retrato do técnico e mostra como ele tentou implementar sua filosofia de jogo na Premier League, um dos campeonatos mais disputados do mundo.

Em alguns trechos de “All or Nothing: Manchester City”, Guardiola é chamado de gênio, artista e até mesmo de “Michelangelo” do futebol. É importante destacar que toda a edição do documentário ficou por conta da Amazon e não contou com influência do Manchester City nesse aspecto. Até por isso, a produção da série teve liberdade para captar vários detalhes importantes da rotina do clube inglês.

A série também conta com histórias semanais que se desenrolam na vida dos jogadores, oferecendo aos fãs de futebol um acesso mais próximo às estrelas do Manchester City, como Kevin de Bruyne. Sergio Aguero, David Silva e Gabriel Jesus, atacante da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo.

Eu Sou Ali (2014)

“Eu sou Ali” narra a trajetória de um dos maiores pugilistas de todos os tempos, o estadunidense Muhammad Ali. Produzido em 2014, o documentário conta com participação de atletas lendários como Mike Tyson e George Foreman.

Arquivos pessoais, entrevistas marcantes de sua carreira como atleta e palavras de amigos e familiares também não faltam no documentário — além de enfatizar todos os feitos de Ali como pugilista.

Um dos pontos altos em “Eu Sou Ali” é mostrar como Ali utilizou o tempo em que foi banido do boxe, entre 1967 e 1971, para tentar promover a sua imagem com palestras, entrevistas, sessão de fotos e opiniões fortes contra o seu país.

Para quem conhece afinco toda a jornada de Ali, talvez o documentário deixe um pouco a desejar, pois ele pode soar como muito convencional. Em contrapartida, “Eu Sou Ali” tem a capacidade de mostrar muito bem a importância que o pugilista teve para o esporte no século XX e o que a figura dele representa até os dias de hoje.

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