Saiba como ajudar e fazer doações às vítimas do incêndio que atingiu casas do Educandos
O Corpo de Bombeiros deflagrou um plano emergencial de contingência e acionou efetivo que estava de folga e caminhões de combate a incêndio de Iranduba e Rio Preto da Eva para atuar no controle do incêndio. Ao todo, 14 caminhões de combate a incêndio atuaram no local.
Os bombeiros informaram, por meio de assessoria de imprensa, que foram acionados por volta de 20h34 e cerca de cinco minutos depois a primeira viatura chegou ao local para o atendimento. Os reforços chegaram em seguida.O incêndio de grandes proporções ocorreu na Rua Nova, beco São Francisco. As equipes dos bombeiros montaram três pontos distintos de trabalho para o combate ao incêndio. A região é de difícil acesso e as residências de madeira, construídas coladas, acabam facilitando a proliferação do fogo e dificultando o combate.
Segundo o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Josemar Santos, todo o poder operacional foi usado. O incêndio foi controlado, conforme os bombeiros, por volta das 00h40 da madrugada desta terça-feira (18). Foram mais de três horas de um intenso trabalho de combate, que envolveu todo o efetivo da capital e reforços da Região Metropolitana de Manaus.
Para agilizar o deslocamento das equipes do Corpo de Bombeiros, os agentes do Manaustrans interditaram todos os acessos para o bairro de Educandos. A partir da ponte da avenida 7 de Setembro/av. Leopoldo Peres; rua Felismino Soares; avenida Lourenço da Silva Braga e Ponte de Educandos, os acessos foram suspensos. Um efetivo de 50 agentes foi deslocado para atender a ocorrência.
Nos primeiros atendimentos realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), quatro pessoas foram socorridas, uma delas foi encaminhada ao hospital e pronto-socorro 28 de Agosto, em Adrianópolis, zona Centro-Sul. A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informou que, até às 00h, registrou nos serviços de emergência o atendimento de algumas vítimas do incêndio no bairro Educandos, todas com sintomas de intoxicação por inalação de fumaça. Nenhuma delas em estado grave.
Segundo o secretário de segurança, coronel Amadeu Soares, informações preliminares apontam que o incêndio teria iniciado após a explosão de uma panela de pressão em uma das residências. “As informações preliminares dão conta de que o incêndio começou com uma panela de pressão. O vento estava muito forte na hora e ajudou a alastrar e se transformou nesse incêndio de grandes proporções”, disse.
Saiba como ajudar e fazer doações às vítimas do incêndio que atingiu casas do Educandos
A Polícia Civil vai abrir uma investigação para apurar as causas do incêndio, disse o delegado Divanilson Cavalcante. O caso ficará no 2° DIP. O Instituto de Criminalística será responsável pela perícia para identificar as causas do incêndio.
“O trabalho agora é o rescaldo do incêndio e o redirecionamento das famílias para os abrigos. A Polícia Militar vai permanecer no local para evitar que ocorram crimes, como furtos na área. A Polícia Militar interviu de maneira célere. Muitas pessoas já foram para casas de parentes e outras serão redirecionadas para abrigos”, afirmou o secretário de segurança.
Cerca de 50 policiais militares foram deslocados para a área, segundo o subcomandante da PM, Coronel Ayrton Norte. Além da contenção, os policiais também viabilizaram a remoção de veículos estacionados e que dificultavam a entrada dos bombeiros. O incêndio ocorreu na Rua Nova, em uma comunidade denominada Favela do Bodozal, no Educandos.
Famílias desabrigadas
O secretário executivo da Defesa Civil do Estado, Hermógenes Rabelo, disse que com o controle do incêndio as ações se voltam ao trabalho de identificação das famílias. Imagens de satélite da área deverão ajudar a identificar as residências. A estimativa inicial é que cerca de 600 moradias tenham sido destruídas. “Esse pode ser o maior incêndio urbano da cidade de Manaus”, comentou o secretário.
“Depois de controlado o sinistro, vamos fazer o levantamento das famílias desalojadas, identificar cada família para que o governo e a prefeitura façam o atendimento e iniciem a ajuda humanitária”, disse Rabelo.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que três escolas serão disponibilizadas para receber as famílias desabrigadas. São as escolas estaduais Estelita Tapajós, Diana Pinheiro e o Ceti Gilberto Mestrinho. A Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) também disponibilizará o hotel da Vila Olímpica.
Outras duas escolas e um centro social da Prefeitura de Manaus foram colocados à disposição dos desabrigados, que receberam atendimento das equipes do Fundo Manaus Solidária, Semasc e Defesa Civil, responsáveis por efetuar cadastro social das vítimas.
Calamidade pública
“Irei assinar um decreto de calamidade pública, para comprar com agilidade, sem a necessidade do burocrático processo de licitação, tudo o que for necessário, neste momento para ajudar estas famílias que perderam o pouco que tinham neste incêndio”, disse o prefeito.
Veja mais imagens do incêndio: