Eles atuarão em operações de salvamento e gestão do desastre no país africano. De acordo com a corporação, os militares são referência mundial neste tipo de resgate por causa das técnicas desenvolvidas nas tragédias de Mariana, na região central de Minas Gerais, e de Brumadinho, no mesmo Estado.
Dentre os militares, três pertencem ao Corpo de Bombeiros do Pará – major Wagner Silva, subtenente Silvestre Araújo e sargento Marinaldo dos Santos -, todos especializados em operações aquáticas e mergulhos de resgate. A equipe deve atuar no local por 30 dias, contados a partir de hoje, prazo que pode ser prorrogado.Os trabalhos começarão no próximo domingo (31).
Os militares serão levados por uma aeronave das Forças Armadas, e os materiais (dois veículos, dois botes, três drones e ferramentas pesadas usadas em buscas), também serão transportados até o local.O pedido de apoio humanitário foi feito diretamente pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro.
O ciclone Idai atingiu o sudeste da África há duas semanas e já provocou a morte de pelo menos 750 pessoas em Moçambique, Zimbabwe e Malawi.O Brasil ainda enviará remédios para o atendimento de até nove mil pessoas, pelo período de um mês. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, assinou a portaria que autoriza o envio da Força Nacional de Segurança Pública, publicada na edição de hoje no Diário Oficial da União.
O comandante da força-tarefa será o tenente-coronel Vandernilson Peres, do Corpo de Bombeiros do Acre, tendo como subcomandante o major Wagner Silva. Os dois oficiais comandaram a força-tarefa em Brumadinho. A tropa é especialista em salvamento em soterramentos, enchentes, inundações, estruturas colapsadas e operações aéreas. O envio da tropa foi articulado pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores.