Ao longo de cinco horas, a berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi saudada com chuva de papeis picados do alto dos edifícios, foguetório, canções religiosas e orações. Desde 2014, o Círio de Nazaré é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, certificado concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Em vários pontos do percurso, os católicos disputaram um espaço na corda das promessas que conduz a romaria. Para conseguir um lugar privilegiado é preciso chegar de madrugada na Praça da Catedral. Neste ano, a missa campal começou às 6h, e a procissão saiu logo após o encerramento, por volta das 7h.
Tapete vermelho
Outros romeiros percorreram de joelhos trechos da procissão, amparados em cabos de madeiras ou por familiares e amigos, para agradecer a interseção de “Nazinha”, como a santa é carinhosamente chamada pelos paraenses.
Ao longo do trajeto, os fieis saudaram a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré: “Viva a Rainha da Amazônia”.
Por volta do meio-dia a imagem de Nossa Senhora chegou à Praça do Santuário, onde fieis se acumulavam para homenageá-la. “Vem, Maria, vem. Vem nos ajudar”, entoavam os religiosos. Um tapete vermelho foi estendido até a entrada do templo para receber a imagem.
O Círio de Nazaré acontece anualmente no segundo domingo de outubro.