Nesse período após o incidente, comissões parlamentares e uma força tarefa de ministérios públicos foram criadas mas, para os moradores, ainda não há uma solução concreta no caso.
Dona Ângela Vieira explica que, de fevereiro até agora, a situação dos moradores só piorou.
“Muita quantidade de câncer dentro da comunidade, tuberculose também, dentro das comunidades, problemas de pele, muito problema de pele, muita coceira, feridas na pele das crianças, da coceira que dá. Não teve nada de melhora”, conta.
Relembre
No dia 17 de fevereiro, após forte chuva na região, moradores de Barcarena denunciaram ao Ministério Público do estado possível transbordamento de resíduos vindos da empresa Hydro Alunorte, produtora de alumina, atingindo vários pontos do município. No mesmo dia, o Ministério Público do Pará fez inspeções na área e, já no dia seguinte, uma força tarefa foi criada para investigar a situação e os possíveis danos.
A contaminação foi confirmada pelo Instituto Evandro Chagas, no mês de março, que apontou níveis consideráveis de metais tóxicos nas amostras analisadas como arsênio, chumbo, mercúrio, além de alumínio, ferro e cobre.