Diante dos prejuízos, a Amazonas Energia será notificada pela força-tarefa nesta quarta-feira (24) para que restabeleça o fornecimento de energia em no máximo 48 horas, sob pena de sofrer medidas judiciais. A notificação também recomenda a criação de um canal de Solução Extrajudicial que possibilite o ressarcimento de prejuízos aos moradores dos dois municípios.
A falta de energia na região afeta diretamente cerca de 200 mil pessoas. “Encontramos alguns locais com muita dificuldade, como a farmácia, que tem produtos e remédios que não podem ficar foram de climatização, picolés sendo vendidos foram descartados, fora da refrigeração e impróprios para o consumo. Realmente, um prejuízo muito grande para o comércio”, disse o chefe da Fiscalização do Procon Amazonas, Pedro Malta.
O comerciante de Iranduba, Levemilton Mendonça, disse que o rendimento médio diário da loja que ele administra caiu de R$ 900 para R$ 50 por dia. “6h [18h] a gente já tem que estar fechando porque corria a notícia de que estão fazendo arrastão na rua. Então como a gente guarda um certo dinheiro no caixa, a gente tem que fechar. E tudo isso foi prejuízo que nós tivemos”, conta.
A falta de energia em Iranduba e Manacapuru também afeta o abastecimento de água, já que as bombas dependem de geradores. As aulas na rede pública de ensino foram canceladas e os hospitais funcionam com geradores.
Em nota, a Amazonas Energia informou que enviou cinco grupos de geradores para as duas cidades afetadas. Eles serão usados no sistema de água, nos hospitais e no Fórum de Justiça. Uma usina termelétrica na Rodovia Manoel Urbano será reativada para tentar garantir a retomada de parte do abastecimento.
Dez mergulhadores atuam no Rio Negro para reparar um cabo subaquático danificado, que é apontado como a causa da interrupção do fornecimento da energia. Ainda assim, a empresa afirma que a distribuição só será normalizada no final desta semana.