A atividade de observar aves na natureza envolve 100 milhões de observadores no mundo, e em Roraima o número de observadores tem crescido a cada dia.
Desde os tempos remotos, as aves têm sido uma das classes de animais que mais fascinam a humanidade, despertando os mais diversos interesses e admiração, sendo de grande valia para sensibilização no atual contexto mundial para a conservação da biodiversidade.
Prática originária nos Estados Unidos e Inglaterra, trata-se da observação de pássaros em geral, em seu habitat natural, praças, parques e terrenos próprios para a atividade. Conhecimentos sobre ornitologia, do local e dos ecossistemas são necessários.
O birdwatching pode ser praticado por qualquer pessoa, é divertido, emocionante, incentivo ao passeio e proporciona um maior contato com a natureza.
Observando aves em Roraima. Foto: Francisco Diniz de Oliveira.
Por que praticar o birdwatching ou passarinhar?
A observação de aves, ou birdwatching, é o passatempo de quem gosta de admirar as aves. No mundo todo, milhões de pessoas se divertem com um binóculo ou luneta e, cada vez mais, com as câmeras digitais. O Brasil tem mais de 1.800 espécies de aves. Somos um destino famoso mundialmente, mas os próprios brasileiros só começaram a descobrir essa riqueza há pouco tempo.
Na observação de aves o indivíduo tem a oportunidade de ser expectador de um grande espetáculo da natureza, além de poder sentir, observar e conhecer comportamentos naturais da avifauna diretamente no campo, sempre acompanhado de um especialista. Nessa tarefa, muitos observadores já conseguiram oferecer importantes subsídios à sua comunidade e à Ciência.
A atividade de observar aves na natureza vem crescendo bastante em numero de adeptos, envolvendo 100 milhões de observadores no mundo e em Roraima o número de observadores tem crescido a cada dia, como uma prática de lazer, que pode ser aproveitada por toda a família. A região neotropical é considerada a área com o maior número de espécies de ave do mundo.
Observando aves em Roraima. Foto: Francisco Diniz de Oliveira.
Por que praticar a observação em Roraima?
Estima-se que, nessa região, sejam encontradas aproximadamente 900 espécies. O Estado de Roraima é a porção brasileira mais setentrional, ocupando uma área total de 225.116,10 km². O Estado pode ser dividido em três grandes formações vegetais (florestas, lavrados e campinaranas), nas quais podem ser encontradas 736 espécies de aves, que representam 57% de todas as aves encontradas na Amazônia.
O número de espécies registradas por unidades biogeográficas no Estado é: Tepuis (389 espécies), florestas do baixo Rio Branco (578 espécies) e região de savanas (298 espécies). Além disso, somente em Boa Vista, é fácil observar por volta de 40 espécies que existem exclusivamente na região, como: teu-téu-da-savana (Burhinus bistriatus), Pedrocelouro (Sturnela magna), uru-do-campo (Colinus cristatus), chororó-do-rio-branco (cercomarcra carbonária), joãobarba-grisalha (Synallaxis kollari), entre outras.
A região das Serras possui uma diversidade de aves muito interessante e como característica muitas dessas são endêmicas da região, estamos aqui falando de aves que vivem em altitudes superiores as 900mts, dentro deste ambiente consideramos a região do Amajari, mais especificamente a serra do Tepequém, Pacaraima que é fronteira com a Venezuela e local onde a transição entre a floresta amazônica e savanas baixas com a Gran Savana venezuelana, e a serras de Mucajaí.
Observando aves em Roraima. Foto: Francisco Diniz de Oliveira.
Roteiro
Os roteiros para essa prática são personalizáveis, ao desejo do cliente, mas segue abaixo um roteiro padrão de lugares a visitar em nosso Roraima.
1º dia – Chegada em Boa Vista, observação em Boa Vista e áreas de entrono (pernoite em Boa Vista);
2º dia – Observação no Cantá com deslocamento de aproximadamente 60km no período da manhã e tarde deslocamento de 160km a Caracaraí (pernoite em Caracaraí);
3º dia – Deslocamento para o PARNA Viruá 40km, observação no Parque e retorno no final do dia. (Pernoite em Caracaraí);
4º dia – Deslocamento para o PARNA Viruá 40km, observação no Parque e retorno no final do dia. (Pernoite em Caracaraí);
5º dia – Observação em Caracaraí no período da manhã e após almoço retorno a Boa Vista 160km (pernoite em Boa Vista);
6º dia – Deslocamento para Apiaú 150 km, observação na estrada com paradas em alguns pontos, e no sopé da serra, pick nick no local e tarde deslocamento de volta a Boa Vista (pernoite em Boa Vista);
7º dia – Manhã de deslocamento de 210km para o Tepequém, observação na estrada com paradas em alguns pontos, como o rio Uraricoera, e campos na estrada, chegada no final do dia (pernoite no Tepequém);
8º dia – Observação no Tepequém, trilhas locais e entorno, Final do dia retorno a Boa Vista 230km. Fim de nossos Serviços.
Obs.: esta é apenas uma sugestão de roteiro que engloba o maior número de ambientes da região, ele pode e deve ser alterado de acordo com a demanda do cliente e especificidade da lista de aves que o mesmo sugerir.
Observando aves em Roraima. Foto: Francisco Diniz de Oliveira.
Recomendações
Leve roupas leves, calçado adequado para caminhada em ambiente natural, chinelo, toalha, protetor solar, repelente, óculos escuros, chapéu ou Boné, câmara fotográfica e dinheiro em espécie (trocado).
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Sobre o autor
Gildo Júnior é fotógrafo, videomaker, aventureiro e colecionador de roteiros no Bora de Trip e colunista no Portal Amazônia. Para o servidor público federal, “o mundo é imenso, repleto de lugares para conhecer, de coisas para fazer, de culturas para admirar, comidas para provar e pessoas para conhecer”.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista