Lugares incríveis por onde passei ao atravessar as fronteiras da Amazônia Internacional, que vão desde a maior cachoeira do mundo, uma montanha colorida, o deserto de sal que está mais elevado acima do nível do mar e até mesmo fazer turismo de compras.
Lugares incríveis por onde passei ao atravessar as fronteiras da Amazônia Internacional, que vão desde a maior cachoeira do mundo, uma montanha colorida, o deserto de sal que está mais elevado acima do nível do mar e até mesmo fazer turismo de compras.
Que a nossa Amazônia é riquíssima em atrativos turísticos, de culturas únicas e culinárias que enchem nos fazem salivar, disso já sabemos, além de ter um povo acolhedor e feliz. Mas, ao atravessar as fronteiras de nosso país, o que encontraremos do outro lado, quais idiomas iremos falar e como é a receptividade daquela outra nação, será que teremos alguma semelhança nas culturas, culinárias e até mesmo da receptividade que o povo brasileiro tem?
Podemos começar falando das fronteiras de cada Estado que gira a nossa Amazônia Brasileira, onde temos sete Estados pela Amazônia (Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e nove, pela Amazônia Legal (além dos sete já citados, Mato Grosso e Maranhão).
Roraima ao Amazonas
Ao atravessar o Estado de Roraima (onde vivo), para o do Amazonas, chegamos a uma cidade repleta de cachoeiras e atrativos naturais, onde a natureza impera e recebe turistas do mundo todo. Presidente Figueiredo é uma cidade com mais de cem cachoeiras descobertas, muitas com fácil acesso, mas, para que você aproveite cada segundo na cidade, sendo direcionado a cada cachoeira ou atrativo natural de forma correta, visite o CAT (Centro de Atendimento ao Turista) que fica próximo ao posto de gasolina, na entrada da cidade, para quem vai de Roraima.
Outra dica também é contratar os condutores locais, que eu super indico que são:
Romero Júnior: @romero_tour
Bio Tur Amazonas: @bioturamazonas
Daniel Adventure: @daniel.adventurepf
São parceiros de muitos anos, que representam e apresentam Presidente Figueiredo como ninguém, sempre com um sorriso no rosto, e contam lendas e histórias de cada pedacinho da região. Quer ir pra PF (conhecida carinhosamente) e aproveitar bastante, siga com eles.
Pará, Maranhão e Tocantins
Já no final de 2021, passei por três Estados da Amazônia Legal de carro, saindo de Carolina no Maranhão, onde pude passar o natal e curtir demais a Chapada das Mesas, destino turístico equivalente ao Jalapão, repleto de belezas naturais, cachoeiras e poços com águas extremamente azuladas e transparentes.
De lá, atravessei para o Estado de Tocantins, onde fomos passando por diversas cidades, inclusive uma que tem um museu dedicado à floresta petrificada que existe ne região. De lá seguimos até Araguaína, uma das maiores cidades de Tocantins, e aproveitamos para lanchar, conhecer um pouco a cidade e acelerar o passo, pois teríamos que chegar até Xambioá, município que faz divisa com São Geraldo do Araguaia, separados pelo rio Araguaia, onde de um lado temos o Estado de Tocantins e do outro, o Pará.
Roraima, Amazonas, Rondônia e Acre
Já em nossa trip pela América do Sul (dezembro de 2019), resolvemos fazer via terrestre (com apenas um trecho aéreo). Saímos de Boa Vista/Roraima, dia 26 de dezembro de 2019, numa viagem entre cinco amigos, saindo do ponto inicial com quatro, o quinto irá se juntar mais à frente.
Fomos de carro de Boa Vista/Roraima, até o Amazonas, dando aquela paradinha em Presidente Figueiredo para almoçar e rever nosso amigo (Romero Júnior: @romero_tour). Após o almoço, seguimos para a cidade de Manaus, capital do Amazonas, onde aproveitamos para dar um rolê pelo Manauara Shopping, enquanto esperávamos a hora para seguirmos para o aeroporto, onde seguiríamos até a cidade de Porto Velho, em Rondônia.
Lembram do quinto componente da turma que estava faltando? Pois, ele mora em Rondônia, e já estava nos esperando na rodoviária com as passagens para seguirmos de busão até a cidade de Rio Branco, no Acre.
Seguimos viagem, os cinco amigos, de Porto Velho/RO, até Rio Branco/AC. Em alguns momentos na estrada estávamos em Rondônia, em outros no Amazonas e por fim, no Acre.
Após atravessar naquela época a balsa (hoje já tem a ponte de Apunã), seguimos viagem até chegar num auto posto Camarini, já no Acre, para tomar um café da manhã reforçado, pois não sabíamos quanto tempo ainda levaria té chegar à capital (Rio Branco), pouco menos de 2h.
De lá da rodoviária já conseguimos um táxi, que nos levou até a fronteira do Brasil com o Perú, Assis Brasil/AC, que faz divisa com Iñapari no Perú, por onde seguimos nossa viagem até Cusco, que será a segunda parte de nossas viagens pela Amazônia Internacional.
Viagens pela Amazônia Brasileira
O trânsito entre os Estados da Amazônia podem ser feitos por via terrestre e utilizando a malha viária, mas o meio mais utilizado entre os morados das regiões que ficam distantes dos grandes centros amazônicos é via fluvial, onde os barcos, lanchas e balsas são seus principais e em alguns lugares, únicos meios de transporte.
De Roraima até o Amazonas, temos a BR-174, que interliga os estados. O trajeto dura entre 9 a 12h (a depender do estado da estrada). Outra forma de serguir até a outra capital é via aérea, tendo uma duração máxima de 1h. Sempre faço este trajeto via terrestre com a empresa Caburaí Transportes que tem dois onibus saindo diariamente de Boa Vista a Manaus e vice versa.
Já do Amazonas ao Pará, o meio mais utilizado pelo morados da região, é o transporte fluvial, entre lanchas, barcos, navios e balsas. Além de temos trecho das tão sonhada TransAmazônica que está parada a décadas, o que proporcionaria um fluxo melhor entre as cidades, o delocamento de produtos e remédios, além de facilitar o acesso de muitos morados destas regiões do Baixo Amazonas a educação e saúde.
A ida de Manaus a Belém, varia de acordo com a embarcação, podendo chegar de 4 a 6 dias, e os passageiros podem escolher se irão dormir em rede, em camarote ou em suite. Os preços também variam entre as empresas que fazem o trajeto. Ah, caso deseje ir de Manaus a Santarém, conhecer Alter do Chão, o principal atrativo turístico do Brasil em 2021, a empresa Erlonav tem uma lancha rápida que leva em média 15h de Manaus/AM a Santarém/PA.
Já de Manaus/AM até Porto Velho/RO, seguimos também com as três opções, ir de avião, levando uma média de 1h25, e os preços variam de acordo com o período e as empresas aéreas. Já pela BR-319, existem trechos que estão em obras, mas já trafegável, perfazendo uma distância de quase 900km entre as duas capitais, variando de 13h a 20h de viagem, dependendo por qual transporte vá se deslocar. E, há também via fluvial, e a distância pode variar de acordo com as condições do rio e se está subindo o rio (6 a 7 dias) ou descendo o rio (5 a 6 dias).
De Belém/PA a Macapá/AP, só há duas vias, ir pela fluvial, ou pela malha aérea. Os barcos variam de preço e a duração do trajeto é de 24h entre as cidades. Nos barcos, existem três tipos de acomodações, rede (que são as mais baratas, num custo médio de R$ 250,00), camarote para 2 pessoas, custando entre R$ 750,00 e camarotes para 3 pessoas R$ 900,00. Já de avião, o trajeto dura entre 55min a 1h de voo.
Por fim, não poderíamos deixar de falar da terra do Jalapão, de Tocantins, que tanto pode-se chegar de Belém/PA por via terrestre. Saindo de Belém pela BR-010/BR-316, percorrerá um trajeto de mais de 1.200km, passando por várias cidades, pontos históricos e com muita coisa para se fazer pelo caminho. Também, poderá seguir pela via aérea de Belém/PA até Palmas/TO, e chegando lá, poderá conhcer a linda capital onde fica o centro geodésico do Brasil.
Algumas orientações sobre nossa geografia
– Roraima é RR, e é o único Estado que está quase que completamente acima da Linha do Equador, faz divisa com a Guiana e com a Venezuela, e fica acima do Estado do Amazonas. Ah, o nome de seu rio principal que corta o Estado é o Rio Branco;
– Rondônia, leva este nome em homenagem ao Marechal Rondon, e sua sigla é RO, fica abaixo do Estado do Amazonas e faz divisa com a Bolívia, o nome de seu rio pincipal é o rio Madeira;
– Acre, o nome de sua capital é Rio Branco (mesmo nome do rio de Roraima), cuja sigla é a AC, e faz divisa com o Peru e a Bolívia. Ah, e o Acre já pertenceu à Bolívia até 1903, quando foi ocupado por seringueiros e tropas militares.
Sobre o autor
Gildo Júnior é fotógrafo, videomaker, aventureiro, colunista, articulista e colecionador de roteiros. Para o servidor público federal, o mundo é imenso, repleto de lugares para conhecer, de coisas para fazer, de culturas para admirar, comidas para provar e pessoas para conhecer, por isso afirma que “por mais que o mundo gire, a única coisa que não posso fazer é ficar parado”.
*O conteúdo é de responsabilidade do colunista