Corredeiras do Bem-Querer, santuário ecológico em Roraima

As quedas d'água estão situadas na região do médio rio Branco, no único trecho que possui grandes quantidades de blocos de rochas, formando corredeiras e cachoeiras durante o verão. 

As Corredeiras do Bem-Querer são quedas d’água situadas no município de Caracaraí, ao sul do Estado de Roraima, à margem direita do Rio Branco, a 125 Km de Boa Vista. Situada na região do médio rio Branco, no único trecho que possui grandes quantidades de blocos de rochas, formando corredeiras e cachoeiras durante o verão. 

Possui pinturas rupestres e vestígios dos primitivos habitantes, em contraste com a riqueza natural e seu ecossistema, tornando a região um santuário ecológico. O local conta com infraestrutura de apoio e serviços.

As corredeiras do Bem-Querer ficam a 125km de Boa Vista, capital de Roraima, na região do município de Caracaraí. Ao chegar na placa, vicinal Bem Querer, entrar à esquerda e seguir por uma estrada de barro até chegar a uma fazenda à beira do Rio Branco. Irá passar por uma mata fechada e ao chegar na porteira do restaurante, avistará uma placa com o nome sítio arqueológico corredeiras do Bem-Querer. Pronto! Chegou!

Placa na BR-174 na entrada para a vicinal Bem-Querer. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Placa na entrada do restaurante que dá acesso às corredeiras. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

O restaurante serve almoço e tira-gosto, além de vender bebidas e um açaí bem gostoso. Chegando lá, contratamos o seu Chico para ser nosso barqueiro (negociamos o valor pelo tempo que iríamos ficar navegando pelo rio). Ele nos levou por entre as corredeiras e pense numa água agitada. Dizem que em certas épocas do ano, nesta região, formam-se cachoeiras também.

O barqueiro nos levou pelas corredeiras. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Pedra do Ó. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Corredeiras. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Seguimos até a Pedra do O, que tem marcações circulares (quinta foto). Também nos apresentou algumas frutinhas como maracujá e tamarindo selvagem, além de uma feirinha que a árvore fica praticamente toda submersa chamada camu camu (alto teor de vitamina C).

Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Paramos em uma prainha pelo percurso. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Seguimos até uma prainha, admiramos a paisagem e seguimos de volta ao restaurante para almoçar (ah, se for almoçar por lá, peça seu almoço antes de sair no passeio de barco).

Voltamos até o restaurante para almoçar. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Informações sobre o sítio arqueológico. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

O sítio arqueológico das Corredeiras do Bem-Querer, você conhece? E, na região das corredeiras do Bem-Querer, temos o sítio arqueológico protegido pelo @iphangovbr, que apresenta uma área com algumas bacias de polimento. Estas mesmas bacias eu vi numa apresentação do sítio arqueológico do Homem de Sambaqui na região de Florianópolis, mais precisamente na ilha de Campeche.

Bacias de polimento. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Área onde ficam as bacias de polimento e onde encontraram cerâmicas pigmentadas. Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Estas bacias de polimentos eram usadas por nossos ancestrais para produzir utensílios e amolar facas e machados. Também na região das corredeiras foram encontrados alguns vestígios de cerâmica pintada, que deixa claro que por ali passaram nossos antepassados. Logo próximo à entrada do restaurante há uma placa com diversas informações sobre o sítio arqueológico.

Foto: Gildo Júnior/Bora de Trip

Sobre o autor

Gildo Júnior é fotógrafo, videomaker, aventureiro e colecionador de roteiros no Bora de Trip e colunista no Portal Amazônia. Para o servidor público federal, “o mundo é imenso, repleto de lugares para conhecer, de coisas para fazer, de culturas para admirar, comidas para provar e pessoas para conhecer”.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

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