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3 coisas que você só encontra em Parintins, a “ilha da magia” 

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Foto: Michael Dantas/SEC-AM

A festiva cidade de Parintins, no Amazonas, é conhecida como “ilha da magia”. Em 15 de outubro de 2024, a cidade comemora 172 anos. Também conhecida como Ilha tupinambarana, fica localizada a 369 quilômetros da capital Manaus e é famosa, mundialmente, por ser a cidade que realiza o maior evento folclórico a céu aberto do mundo: o Festival Folclórico de Parintins. 

Além da disputa dos bois-bumbás Garantido e Caprichoso, que tradicionalmente acontece no último fim de semana de junho, Parintins tem algumas particularidades que você só encontra nela:

Você sabia que a cidade é dividida literalmente em duas cores? 

O azul do boi Caprichoso e o vermelho do boi Garantido também dividem a cidade na localização geográfica, onde a catedral de Nossa Senhora do Carmo é o ponto de partida. O lado azul conhecido como reduto do Caprichoso, inclui bairros da cidade onde está localizado o curral Zeca Xibelão. E o lado vermelho, conhecido como Baixa do São José, é onde está situado o curral Lindolfo Monteverde, no complexo Cidade Garantido. 

Saiba mais detalhes:

Festa de Nossa Senhora do Carmo

Por falar em Nossa Senhora do Carmo, as festividades em homenagem a Maria, Mãe de Jesus, honrando sua função como padroeira da Ordem dos Carmelitas, é uma atração à parte da cidade. 

A Catedral em sua homenagem foi tombada por sua importância cultural pela Lei Nº 618/2004. Trata-se do maior templo católico do Médio Amazonas, e o festejo é celebrado no dia 16 de julho, quando atrai romeiros de vários lugares do Amazonas.

Entenda a importância:

Triciclo, meio de transporte mais popular da Ilha de Parintins 

Como falar em Parintins e não lembrar do tradicional triciclo? Este meio de transporte tão característico da ilha é considerado Patrimônio Cultural e Imaterial do Amazonas. São estruturas de metal cobertas por uma lona, movidas pelo guidão de bicicletas ou motos encontrados pelas ruas da cidade. O veículo é um importante gerador de renda para dezenas de famílias do município, principalmente no período do Festival Folclórico.

Conheça mais sobre essa atração: 

Alvos de normas de redução e extinção, unidades de conservação em Rondônia são destruídas por incêndios

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Incêndio no Parque Guajará-Mirim, em Rondônia. Foto: Reprodução/Ibama

Em 2024, Rondônia bateu recordes de queimadas, sobretudo em áreas protegidas. O Parque Estadual Guajará-Mirim e a Estação Ecológica Soldado da Borracha, por exemplo, perderam milhares de hectares de vegetação. Além da destruição causada por incêndios criminosos, as unidades de conservação possuem algo em comum: ambas foram alvos de normas que tinham a intenção de reduzir e/ou extinguir suas áreas.

O Parque Estadual Guajará-Mirim possui cerca de 216 mil hectares de floresta protegida localizada em Nova Mamoré (RO). Desse total, mais de 100 mil hectares foram destruídos por queimadas ao longo dos últimos três meses. O parque é uma das maiores unidades de conservação do estado.

A Estação Ecológica Soldado da Borracha tem uma área de 178.948 hectares e se divide pelos municípios de Porto Velho e Cujubim. A unidade foi criada para preservar a natureza e propiciar o desenvolvimento de pesquisas científicas. Os incêndios já destruíram 163 mil hectares de floresta na região onde a estação está localizada.

O processo de destruição são os mesmos: desmate, incêndio e grilagem. Mas o que torna essas unidades de conservação alvos tão frequente de crimes ambientais? De acordo com o promotor de justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, o Gaema, Pablo Hernandez Viscardi, o que tem incentivado os invasores são “eventuais apoios políticos”.

A reportagem do Grupo Rede Amazônica questionou ao governo de Rondônia quais medidas ele tem adotado para apontar que não apoia crimes ambientais, sobretudo em unidades de conservação, e que eles devem ser combatidos, mas nenhuma resposta foi apresentada até a última atualização desta reportagem.

Para entender a importância de preservação do Parque e da Estação, cabe ter conhecimento que dentro das unidades existem diversas espécies, seja da flora ou da fauna, que são ameaçadas de extinção, quase ameaçadas ou vulneráveis. Ao redor da área existem reservas extrativista e Terras Indígenas.

Garrafa encontrada próximo aos focos de incêndio no Parque Guajará-Mirim. Foto: Divulgação

Em chamas

Nas primeiras semanas do incêndio no Parque Guajará-Mirim, o Ibama informou que o fogo já tinha consumido 70 hectares. Em um mês, as chamas se espalharam e atualmente a área queimada é mais que 1,4 mil vezes maior que àquela informada inicialmente.

Os incêndios cresceram de forma tão significativa que se tornaram o maior registro ativo em Rondônia e contribuíram para colocar o estado nos piores índices de queimadas dos últimos 14 anos.

Documentos que a equipe da Rede Amazônica teve acesso mostram que as chamas foram identificadas no dia 11 de julho. A Sedam acionou o Ibama no dia 12; seis dias depois, uma equipe do Prevfogo se deslocou para atuar no local. Ou seja, quando o combate foi iniciado, o parque já queimava há pelo menos uma semana.

A equipe inicial de combate era formada por 12 pessoas, utilizando apenas meios terrestres. Desde então, os brigadistas já apontavam que a quantidade de agentes era pouca.

A falta de apoio aéreo foi outro grande problema. A exaustão de se deslocar a pé para onde os focos estão concentrados e a dificuldade em chegar aos pontos mais isolados passou a fazer parte do cotidiano dos brigadistas.

A Sedam informou que “fez tratativas” para que o Núcleo de Operações Aéreas (NOA), da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) fosse enviado ao local, mas que “devido ao mau tempo” e a falta de visibilidade causada pela fumaça, o pedido não pode ser atendido.

Na primeira semana de setembro, quase dois meses depois que as chamas foram identificadas, o governo de Rondônia pediu apoio aéreo para o governo federal.

Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), há uma análise em andamento para entender se com o orçamento que a Sedam tinha, “ela poderia ter feito mais”.

“Com certeza houve um atraso. Eu não posso dizer agora que o Estado foi omisso, mas com certeza houve uma demora. Essas medidas poderiam ter sido adotadas desde bem antes”, aponta o promotor Pablo Hernandez Viscardi.

O governo apontou que fez uma parecia com projeto que visa a recuperação de áreas degradadas e escolheu o Parque Estadual Guajará Mirim como alvo. E entretanto os incêndios acabaram atingindo parte da área atendida pelo projeto.

Foto: Silas Paixão/Ministério Público de Rondônia

Incêndios criminosos

Desde que identificou os incêndios no Parque, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) já apontava a possibilidade de ações criminosas. A hipótese foi reforçada quando garrafas de combustíveis foram encontradas próximas aos focos de incêndio, além de pegadas.

Segundo o promotor Pablo Hernandez Viscardi, os indícios apontam que os incêndios foram causados como retaliações às fiscalizações ambientais, sobretudo àquelas realizadas na Operação Mapinguari, realizada pelo MP-RO: a maior ação de desocupação em unidades de conservação já realizada em Rondônia.

Na ocasião, pelo menos 10 pessoas foram presas, mais de 2 mil cabeças de gado foram retiradas do local e centenas de estruturas irregulares de invasores destruídas.

“Sabemos que os incêndios são criminosos, sabemos que esses criminosos que atuam lá atuam de forma organizada, de forma articulada, já temos linhas investigativas nesse sentido. Não há incêndio acidental, não há incêndio voluntários, há dolo, há crimes”, apontou o promotor.

Para ajudar a combater as queimadas em Rondônia, o Ministério Público de Rondônia, através do Gaema, colocou em prática outra operação: Temporã. O objetivo é responsabilizar criminalmente os envolvidos. Segundo Pablo Hernandez Viscardi, a ação se fez necessária em meio a uma “falta de nexo de interlocução entre os órgãos responsáveis”.

“A gente detectou um aumento muito grande nos focos de calor e então a gente marcou uma reunião com todos esses órgãos para que a gente alinhasse uma atuação estratégica para diminuir os focos e daí surge a Operação Temporã”.

Mais de 200 agentes se envolveram na operação, incluindo membros do Ibama, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Comando de Fronteira do Exército, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec.

Segundo a Sedam, os incêndio dentro do Parque Estadual Guajará-Mirim tiveram uma queda significativa após a ação coordenada pelo MP-RO. Entretanto, ao longo desta semana foram registrados novos focos de calor dentro da unidade.

O combate não é fácil. Para dificultar a ação dos brigadistas, os invasores espalham armadilhas pelo caminho, como árvores derrubadas e objetos pontiagudos para furar os pneus dos veículos.

“É um artefato caseiro chamado de ouriço que eles utilizam nas estradas para evitar a fiscalização, pequenas lanças que furam geralmente os quatro pneus das caminhonetes”, relata o tenente da Polícia Militar Ambiental, Paulo Henrique.

Fotos: Silas Paixão/Ministério Público de Rondônia

E não para por aí…

A Estação Ecológica Soldado da Borracha também foi consumida pelo fogo por mais de dois meses, segundo documentos que a reportagem teve acesso. Agentes do Prevfogo encontraram áreas derrubadas e galões de veneno na unidade de conservação durante uma das ações;

Os focos de incêndio na Estação foram identificados no dia 12 de julho. No dia 8 de setembro, quase dois meses depois, o Ibama foi acionado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam). O combate foi iniciado 4 dias depois.

No dia 18 de setembro, durante o combate às chamas, os agentes do PrevFogo perceberam uma grande concentração de calor. Ao chegarem no local, encontraram a vegetação derrubada para aplicação de veneno. Galões com a substância foram encontrados próximos a uma residência.

Quase extintas e/ou reduzidas

Parque Estadual Guajará-Mirim e Estação Ecológica Soldado da Borracha: ambas unidades tiveram suas áreas afetadas por normas estaduais que tinham a intenção de reduzi-las e/ou extingui-las

O decreto nº 27.565, publicado no Diário Oficial (Diof) no dia 28 de outubro, foi assinado pelo governador Coronel Marcos Rocha. O documento cita que o governo “desistiu” da criação da Estação Soldado da Borracha pela falta de orçamento para indenizar as pessoas que tem propriedades no local. Na época, a unidade tinha cerca de 700 imóveis para indenização e desapropriação.

O MP-RO entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apontando que o documento ofende o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a proibição do retrocesso ambiental. Cerca de um mês depois, o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) suspendeu os efeitos da norma.

O Parque Guajará-Mirim e a Reserva Extrativista Jaci Paraná se tornaram alvo de uma lei semelhante, de autoria do governador Marcos Rocha, aprovada na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) e sancionada em maio de 2021. Logo após a sanção, o Ministério Público do Estado (MP-RO) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).

A partir da aprovação da norma, as duas áreas de preservação citadas sofreram uma redução de aproximadamente 220 mil hectares.

Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), apontam que no ano seguinte à aprovação da lei, o Parque Estadual Guajará-Mirim esteve dentre as 10 unidades de conservação mais desmatadas de toda Amazônia Legal.

A ONG WWF Brasil também apontou o prejuízo ambiental: as duas áreas juntas perderam, de janeiro a outubro de 2021, 127 km² e quase todo este desmatamento aconteceu depois da aprovação da norma estadual.

Conforme os dados da WWF, o Parque Estadual Guajará-Mirim não teve sequer um km² desmatado entre janeiro e abril do mesmo ano. Após a aprovação da lei, o desmatamento na área já chega a 40 km².

A norma foi declara inconstitucional em novembro de 2021. De acordo com o desembargador Jorge Ribeiro da Luz, relator do processo, o governo justificou a redução apontando que existem pessoas que se ocuparam de vários espaços das unidades, até mesmo para a criação de gado. No voto, ele cita que o Estado não pode simplesmente renunciar o dever de proteger o meio ambiente diante da situação.

A reportagem questionou se o governo enxerga que a lei e o decreto contribuíram para a grande quantidade de incêndios criminosos em unidades de conservação, sobretudo no Parque Guajará, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Recordes de queimadas e seca extrema

Em 2024, Rondônia bateu recordes de queimadas. Entre janeiro e 5 de setembro foram registrados 7.282 focos: a maior quantidade dos últimos 14 anos para o período.

As queimadas expressivas ocorrem em um período de estiagem e seca extremas. Pela primeira vez, desde que começou a ser monitorado em 1967, o rio Madeira ficou abaixo de um metro. A imensidão de água no rio Madeira foi substituída por bancos de areia gigantes e montanhas de pedras. O nível mais baixo já observado foi o de 19 centímetros, na sexta-feira (11): 19 centímetros.

Os moradores das comunidades ribeirinhas viram os poços amazônicos secos, assim como o rio. Muitas famílias vivem com menos de 50 litros de água por dia para abastecer toda a residência. A quantidade é menos da metade dos 110 litros por dia considerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como necessários para suprir as necessidades básicas de apenas uma pessoa.

Além disso, o céu azul, citado no hino de Rondônia, foi substituído pelo “cinza” causado pelas queimadas na Amazônia. O pôr do Sol “abraçando” o rio Madeira, por exemplo, que fazia parte do dia a dia da população, passou a ser raras ou inexistentes.

*Por Jaíne Quele Cruz, da Rede Amazônica RO

“Trabalho inédito”: pesquisadores realizam expedição na Reserva Iratapuru no Amapá

Foto: Márcia do Carmo/GEA

Em parceria com o Governo do Amapá, pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e do Botanical de Nova Iorque (EUA) estão no Estado para participar da 4ª expedição de campo do ‘Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – Programa Monitora’, que vai coletar amostras de novas espécies para a criação do primeiro banco de dados da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, no Vale do Jari, na região Sul.

A expedição também vai capacitar a equipe local na área de pesquisa. A equipe iniciou o deslocamento no dia 8 de outubro. A coordenadora da equipe de pesquisadores, Rafaela Fersozza, explica que a partir da coleta de plantas, será elaborada uma lista de espécies para criar o banco de dados da reserva.

Durante o trabalho de campo, que será realizado até o dia 26 de outubro, os pesquisadores farão a marcação das árvores que serão monitoradas e, a cada cinco anos, elas serão “remedidas”. Esse acompanhamento vai revelar se ocorreu incorporação de carbono e se há mortalidade de plantas acima do esperado. É um diagnóstico de saúde da floresta com informações detalhadas e precisas.

Foto: Márcia do Carmo/GEA

Para o pesquisador do Botanical de Nova Iorque, Flávio Obermuller, a expedição é muito valiosa para a troca de experiências e conhecimento. Além de ser um verdadeiro inventário da biodiversidade do Sul do Amapá.

Os pesquisadores irão demarcar áreas previamente selecionadas, onde serão coletadas amostras e folhas para análises posteriores em laboratórios. O trabalho de campo também vai utilizar sistemas de GPS para o georeferenciamento, garantindo precisão da localização. Os resultados irão compor o banco de dados do Programa Nacional, além de gerar publicações para a comunidade científica e acadêmica.

“As ações do programa de monitoramento da biodiversidade na RDS do Rio Iratapuru é uma ferramenta muito importante para a gestão dessa Unidade de Conservação, onde tornará possível criar estratégias para atenuar as pressões sobre essa área e, inclusive, ajudar a entender como as mudanças climáticas afetarão as nossas florestas”, explica o coordenador de Gestão de Unidades de Conservação e Biodiversidade, Euryandro Costa. 

Programa Monitora

O Programa Nacional Monitora, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Dividido em três subprogramas – terrestre, aquático continental e marinho e costeiro – ele é executado dentro das Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e atua através de expedições de campo, contribuindo para a proteção dos ecossistemas florestais e para o avanço do conhecimento científico sobre as plantas lenhosas na região amazônica.

Foto: Márcia do Carmo/GEA

Reserva do Rio Iratapuru

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru é uma unidade de conservação estadual localizada nos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão e Pedra Branca do Amapari.

A expedição é uma ação do Governo do Estado, coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) com o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Programa Arpa) que visa garantir informação de qualidade para a avaliação contínua da efetividade da Unidade de Conservação.

Desde 2020, o Programa vem sendo executado dentro da RDS do Rio Iratapuru com o monitoramento de aves cinegéticas, borboletas frugívoras e mamíferos de médio e grande porte.

*Com informações da Sema AP

Ministério do Turismo intensifica mapeamento do turismo em comunidades indígenas de todo o país

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Comunidade Raposa I. Foto: Divulgação/MTur

O Ministério do Turismo está liderando um projeto de mapeamento das comunidades indígenas que atuam no turismo em todo o território nacional. A iniciativa, que faz parte do Projeto “Brasil Turismo Responsável”, começou em julho de 2024 e resulta da cooperação técnica entre MTur, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O objetivo do mapeamento é identificar as comunidades indígenas que desenvolvem atividades turísticas baseadas nos princípios do turismo de base comunitária, além de catalogar e promover boas práticas, sempre com a concordância das comunidades.

Leia também: Conheça primeira agência de etnoturismo do Brasil criada e coordenada por povos indígenas

Para facilitar a coleta de informações, foi disponibilizado um formulário eletrônico que pode ser preenchido até o dia 31 de outubro de 2024. O documento pode ser acessado por comunidades indígenas, organizações públicas e privadas que tenham informações sobre atividades turísticas envolvendo povos indígenas.

A ação tornará possível compilar dados detalhados sobre as iniciativas em desenvolvimento, possibilitando um diagnóstico mais preciso das necessidades dessas comunidades e promovendo os produtos turísticos gerados por elas. Acesse o formulário aqui: https://forms.gle/hHZwxhKG5TjDYpD17.

O Ministério do Turismo pretende não só ampliar o Mapa Brasileiro do Turismo Responsável, mas também contribuir para o fortalecimento de uma rede de turismo sustentável, inclusivo e culturalmente rico, respeitando os saberes tradicionais e a autonomia das comunidades indígenas.

*Com informações do Ministério do Turismo

Histórias e receitas de tacacazeiras da Região Norte são documentadas em produção audiovisual

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Produção do documentário. Foto: Divulgação/Iphan

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está avançando no processo de registro do Ofício de Tacacazeira como Patrimônio Cultural do Brasil. Como parte das ações, o Instituto financia projeto de pesquisa e documentação sobre os saberes e fazeres associados ao tacacá nas capitais dos sete estados da Região Norte. Este trabalho, coordenado e produzido por uma equipe da Universidade Federal do Oeste do Pará, teve o investimento de R$ 388 mil, oriundo de emenda parlamentar.

Leia também: Iphan inicia pesquisa para registro do ofício de tacacazeira como Patrimônio Cultural do Brasil

O projeto iniciou em 2024 e tem produzido vídeos que integrarão o dossiê que irá será apresentado pelo Iphan ao Conselho Consultivo, órgão colegiado de decisão máxima do Instituto e que é responsável pelo registro da manifestação como Patrimônio Cultural. Serão oito vídeos, sete curta-metragens e um média-metragem, com histórias de vida e receitas de mais de 60 tacacazeiras e tacacazeiros das cidades de Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus, Palmas, Porto Velho e Rio Branco. O projeto também inclui a produção de fotos e documentação acerca do ofício, como parte da construção do dossiê de registro.

O trabalho busca reunir conhecimentos sobre o bem cultural, que será a base da análise do Conselho Consultivo do Iphan, que decidirá pelo registro. Na fase final do projeto, uma petição online foi lançada pela equipe da Ufopa para coletar assinaturas em apoio ao registro, acessível pelo link: Petição Registro do Ofício de Tacacazeira. A iniciativa visa demonstrar o reconhecimento público do valor cultural do tacacá e do trabalho dos profissionais que o preparam.

Processo de registro

Em 2010, o Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), responsável pelo inventário das celebrações e saberes da cultura popular, no qual se destacaram as práticas e modos de fazer relacionados à mandioca no Pará, incluído no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) em 2006, entrou com o pedido de registro do Ofício de Tacacazeiras na região Norte no Livro dos Saberes.

Com o início do trabalho de pesquisa e construção do dossiê em 2024, em parceria com a Ufopa, foi dado mais um passo para o processo de reconhecimento como Patrimônio Cultural.

Raízes indígenas

O tacacá é uma combinação de tucupi (um caldo extraído da mandioca), goma de mandioca, camarões secos e temperos como o jambu. Com suas raízes na cultura indígena, é tradicionalmente servido quente, conhecido por seu sabor único e suas propriedades medicinais.

Ao longo dos anos, o tacacá tornou-se parte fundamental da identidade gastronômica do Pará e de outras regiões da Amazônia, servindo não apenas como alimento, mas também como símbolo de celebrações e festividades. No dia 13 de setembro, comemora-se o dia das tacacazeiras, que homenageia as profissionais responsáveis por sua produção.

*Com informações do Iphan

Saiba quais foram as maiores vazantes do Rio Acre em Rio Branco

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Rio Acre já subiu mais de um metro em outubro de 2024. Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica AC

O Rio Acre subiu mais de um metro em 24 horas na capital acreana e voltou a passar dos 2 metros após 122 dias em 2024. O nível chegou a 2,70 metros segundo a medição das 7h de 14 de outubro. No domingo (13), o rio estava em 1,59 metro.

Segundo a Defesa Civil do Acre, essa foi a primeira vez desde 1971, quando iniciou a medição do manancial, que as águas permanecem tanto tempo abaixo da cota de 2 metros: mais de 3 meses.

Em 13 de junho, o nível do Rio Acre estava com 2,06 metros na capital. No dia seguinte, as águas baixaram para 1,99 metro. A partir de então, o nível do manancial seguiu baixando e chegou a estabilizar em algumas épocas, contudo, não voltou a ficar mais acima da cota de 2 metros.

“É o período que ele passou com o tempo maior, mais de 3 meses, abaixo da cota de 2 metros. O nível deu uma subida de sexta-feira [27], quando estava com 1,27 metro, subiu para 1,41 [no sábado,28], hoje [segunda-feira, 30] baixou para 1,38 metro. Já voltou a abaixar novamente”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.

Ainda segundo o coordenador, a subida repentina ocorreu por conta de chuvas isoladas em algumas regiões do estado. “E a tendência é que essas chuvas isoladas, pequenos volumes, continuem ocorrendo. Então, chuvas com maior significado, em volumes maiores, as previsões mostram só para depois do dia 15 de outubro. Mas, pode ocorrer nesse intervalo chuvas significativas, mas em pequenas áreas”, diz o coronel.

No dia 21 de setembro, o Rio Acre bateu 1,23 metro na capital acreana, a menor marca registrada nos últimos 53 anos e estabeleceu a seca de 2024 como a maior da história do estado. O manancial em Rio Branco se encontra abaixo de 4 metros há mais de 4 meses.

O governo do Acre decretou emergência por conta da seca em 11 de junho, com validade até 31 de dezembro deste ano. Já a capital publicou o decreto em 28 de junho, com situação reconhecida pelo governo federal quase um mês depois, em 24 de julho.

Para evitar uma crise no abastecimento da capital, o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), construiu uma barragem próxima da captação das bombas da Estação de Tratamento de Água (ETA) II.

*Por Victor Lebre, da Rede Amazônica AC

Mortandade de peixes é investigada por governo do Acre e prefeitura de Rio Branco 

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Foto: Carina Castelo Branco/Sema AC

O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), e a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia), estão investigando um evento de mortandade de peixes no Rio Acre, registrado no início da semana por moradores da região da Estrada do Quixadá, zona rural da capital acreana.

Uma equipe composta por técnicos e biólogos da Sema, Imac e da Semeia realizou uma vistoria no Rio Acre no dia 9 de outubro, para análises detalhadas da temperatura e qualidade da água, a fim de identificar possíveis causas do ocorrido.

Foto: Carina Castelo Branco/Sema AC

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, destacou a importância das análises técnicas e explicou que a situação vem sendo enfrentada com planejamento e coordenação de forma integrada.

De acordo com a chefe do Departamento de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental da Sema, a bióloga Ana Negreiros, o trabalho incluiu a coleta de amostras da água e entrevistas com moradores, que relataram o aparecimento de peixes mortos nos últimos dias.

O pescador Pedro Ferreira, 57 anos, morador do Ramal do Oriente, na Estrada do Quixadá, relatou ter percebido peixes mortos às margens do rio no último domingo.

Foto: Carina Castelo Branco/Sema AC

As amostras coletadas serão submetidas a análises laboratoriais, e o resultado embasará uma nota técnica, que será elaborada em conjunto pelas instituições envolvidas. O documento esclarecerá as possíveis causas da morte dos peixes e orientará as ações necessárias.

Foto: Carina Castelo Branco/Sema AC

A ação também contou com o apoio da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC).

*Com informações da Agência Acre

Combate à estiagem e incêndios florestais no Amazonas e Pará recebe ações e equipes da Defesa Civil Nacional

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Foto: Divulgação

O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, intensificou as ações da Defesa Civil Nacional nos 62 municípios amazonenses prejudicados pela forte estiagem e incêndios florestais. A pasta escalou uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) para oferecer apoio estratégico e operacional ao governo do Amazonas, buscando mitigar os impactos causados pelas mudanças climáticas na região. Além disso, outras duas equipes foram enviadas ao Pará.

Para o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, a prioridade é garantir que a população afetada pela estiagem e pelos incêndios, especialmente as comunidades mais isoladas, receba o suporte necessário de forma rápida e eficaz.

No Amazonas, a equipe vem realizando reuniões com os principais órgãos do governo estadual, incluindo secretarias de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, com foco em identificar as necessidades mais urgentes. As demandas incluem ajuda humanitária, fornecimento de equipamentos de proteção individual, apoio logístico para atender as comunidades mais remotas, entre outras.

Desafios

Um dos principais desafios enfrentados pela equipe é a logística envolvida na prestação de assistência aos locais mais remotos e de difícil acesso, como comunidades ribeirinhas e povos originários que vivem em áreas de preservação. Como a estiagem afetou severamente os rios, muitos trechos estão completamente secos, dificultando a chegada de suprimentos e apoio por hidrovias

Leia também: Especialista fala sobre causas e consequências dos incêndios na Amazônia: “proposital”

Diante do cenário, o Gade está apoiando a articulação e a coordenação das ações com diferentes esferas do governo, além de trabalhar em conjunto com organizações locais.

Pará

Duas equipes do Gade também foram mobilizadas para prestar apoio aos municípios do Pará. Uma vai atuar em Belém e nas cidades vizinhas e a outra foi deslocada para Santarém, que sofre com a redução drástica dos níveis dos rios Tapajós e Amazonas, essenciais para a vida econômica e social da região. A equipe chegou ao município para alinhar as estratégias de resposta ao desastre e realizar visitas a diversas comunidades afetadas pela estiagem.

Articulação com entes

Em reuniões com autoridades locais, como o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, e o secretário de governo do estado, João Pingarilho, foram discutidas medidas emergenciais para minimizar os danos e prejuízos à população. Entre as ações previstas, estão o fortalecimento da articulação entre os sistemas estadual e municipal de Proteção e Defesa Civil e o apoio na captação de recursos federais, necessários para enfrentar o desastre e acelerar a resposta.

Além de Santarém, a Defesa Civil Nacional atua prestando assistência aos demais municípios paraenses impactados pela estiagem. O esforço conjunto busca não apenas atender às necessidades imediatas, mas também estabelecer um plano de ação contínuo que possa reduzir o sofrimento das populações afetadas e garantir maior resiliência frente aos eventos climáticos futuros.

*Com informações da Secretaria de Comunicação do Governo

Onça-pintada que caiu em poço desativado de fazenda no Mato Grosso é resgatada

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Foto: Divulgação/Sema-MT

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) resgataram onça-pintada macho, adulto, na tarde do dia 11 em Santa Cruz do Xingu. O animal havia caído em um poço desativado com cinco metros de profundidade, localizado em uma fazenda na zona rural do município.

A força-tarefa durou cerca de 10 horas entre o deslocamento da equipe que saiu de Cuiabá até o local do acidente, e envolveu 12 pessoas, entre veterinários, bombeiros, policiais e seguranças.  

O coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema-MT, Eder Toledo, explicou que foi acionado pela equipe de uma clínica conveniada de Confresa sobre o ocorrido.

Eder explicou que a equipe do Corpo de Bombeiros desceu até o local onde estava o animal e o içou para a superfície. A onça já havia sido sedada por agentes da ONG Ampara Silvestre.

Ainda segundo o coordenador, havia marcas de unhas na parede do poço, o que indica que o animal teria tentado subir o poço, mas deve ter cansado e desistido. 

O médico veterinário Jorge Salomão apontou que a onça apresentava ferimentos pelo corpo, que podem ter sido ocasionados por outro animal, mas o prognóstico somente poderá ser confirmado depois de exames clínicos detalhados. 

O animal foi levado para o espaço da Ampara Silvestre, na Estrada Parque Transpantaneira, e será acompanhado pela equipe multidisciplinar da Sema e da instituição. 

Também apoiaram a força-tarefa o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), policiais militares e seguranças da propriedade onde o animal foi localizado.

*Com informações do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso

Mudanças climáticas: secas e chuvas intensas afetam gravemente a pecuária no Equador

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Foto: Reprodução/Agência Andina

A Assembleia Anual dos Pecuaristas do Equador, que aconteceu no dia 7 de outubro, reuniu-se para analisar os principais desafios que este setor enfrenta, entre os quais estão as mudanças climáticas, a crise energética, a mudança geracional e o roubo de gado. O diretor-geral da Associação dos Criadores de Pecuária da Serra e do Oriente, Juan Pablo Grijalva, destacou que um dos principais desafios do setor são as alterações climáticas que, com eventos extremos como secas cada vez mais intensas e chuvas profundas, afetam gravemente os criadores de gado.

Grijalva referiu-se ainda aos problemas da mudança geracional com uma “juventude que já não quer estar no campo (…), quer sair para a cidade” e o roubo ou furto de gado pelos quais, disse, as explorações agrícolas sofrem ataques de ladrões que amordaçam trabalhadores e roubam máquinas e gado. ”Por fim, a crise energética que atravessa o Equador, que obrigou o Governo a decretar cortes de energia elétrica de até 11 horas por dia em diversos setores do país desde 25 de setembro, dificulta tarefas como a refrigeração”.

Isto, indicou Grijalva, tem causado perdas e custos, especialmente para os pequenos produtores, o que pode ser verificado ao longo do tempo no aumento dos preços dos alimentos nos mercados.

Novos mercados

Na abertura da Assembleia, Grijalva falou sobre a possibilidade de abertura a novos mercados, como a China, para os quais, indicou, já se encontram em processo de certificação de várias fábricas para exportar para este país asiático, fruto do acordo de comércio livre que entrou recentemente em vigor entre a China e o Equador.

Grijalva assegurou que os próprios pecuaristas devem “tomar o futuro nas suas próprias mãos e decidir o que devem fazer”, com vista a procurar soluções e novas oportunidades para o futuro.

Sobre o potencial do Equador na produção de leite, Ariel Londinski, secretário-geral da Federação Pan-Americana de Lacticínios, mencionou aos jornalistas vários dos fatores que o país já possui, como uma tradição no setor ou uma multiplicidade de climas e raças pecuárias.

Para promover o aumento da participação da região latino-americana nos mercados internacionais, Londinski indicou que é preciso trabalhar questões como qualidade, produtividade, capacitação e profissionalização dos produtores. Participaram deste espaço representantes de diversos sindicatos, reunindo cerca de 400 pecuaristas nacionais, além de expositores internacionais.

*Com informações da Agência Andina