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Cicatrizante criado a partir de projeto maranhense recebe pedido de patente em Portugal

Produto cicatrizante, criado a partir de projeto de pesquisa no Maranhão, está em fase de registro de patente em Portugal. A iniciativa partiu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), campus Imperatriz, em parceria com o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC/ESTeSC).

O estudo, conduzido pela professora do Ifma, Ana Angélica Macêdo, contou com apoio de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e é o primeiro a originar solicitação de registro de patente em outro país.

O presidente da Fapema, Nordman Wall, reconhece a conquista, que teve a contribuição da instituição, e a visibilidade que representa para a ciência e a pesquisa no estado. “Para nós, é sempre uma grande satisfação quando um pesquisador maranhense vai além das fronteiras do nosso estado, e neste caso, do país. Nossos parabéns à professora Ana Angélica, que tem uma série de estudos de forte impacto na população. Esperamos que ela possa levar esse conhecimento mais adiante e a Fapema será sempre parceira desta, e outras iniciativas”, pontuou.

Nomeado de ‘Hidrocolóide cicatrizante e antimicrobiano’, o produto combina propriedades cicatrizantes e antimicrobianas, utilizando sementes de Adenanthera pavonina L., popularmente conhecida como “olho de dragão”, “carolina”, dentre outros. A planta já tem aplicações medicinais.

O medicamento une função cicatrizante e antimicrobiana. Além disso, apresenta baixo custo, por ser à base de sementes. O pedido de registro patente está no Instituto Nacional de Propriedade Industrial de Portugal.

Os estudos sobre o produto tiveram início há oito anos, após ser selecionado no edital de Cooperação Internacional, da Fapema. A pesquisa teve a parceria internacional do professor do IPC/ESTeSC, Fernando Mendes.

Em relação aos próximos passos, a equipe aguarda a publicação da patente para a continuidade de outros testes.

Além da pesquisa realizada pelo seu grupo ter resultado na primeira carta patente do Ifma, concedida em dezembro de 2022, outros 19 pedidos de patente da pesquisadora estão em andamento.

*Com informações da Fapema

Limpeza do igarapé garante segurança para competidores no XTERRA Amazônia

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O XTERRA Amazônia 2024, realizado em Novo Airão, no Amazonas, proporciona aos competidores muito além de corridas e trilhas de bike. Nesta edição, para os nadadores, a novidade é um percurso em igarapé.

A natação é uma das atividades desafiadoras que os atletas amadores e profissionais podem enfrentar nessa etapa do XTERRA. Os rios e igarapés da região amazônica são diferenciados: galhos, troncos e cipós fazem parte da composição natural desses ambientes. 

Pensando na segurança dos aventureiros do evento, a equipe realizou uma varredura de limpeza em todo o percurso da prova de natação no local conhecido como “Igarapé da Freguesia”, reforçando a proteção e bem estar dos competidores. “Segurança acima de tudo […] a gente já passou uma corda pra saber se tem galho ou algo do tipo e não temos, podem nadar seguros”, informa o gerente de Projetos do XTERRA Brasil, André Jubão.

A largada do Triathlon, prova em que a natação está incluída, está prevista para 7h do dia 20 de julho. Veja algumas informações de segurança necessárias para quem vai competir:

Roupa de borracha (neoprene/poliuretano) – O uso será permitido ou não de acordo com decisão da direção de prova, baseada na temperatura da água medida em até duas horas antes da largada. As condições são: Proibido – temperatura da água acima de 24.6°C; Permitido – temperatura da água entre 16°C e 24.5°C; e Obrigatório – temperatura da água abaixo de 16°C.

Roupas liberadas – Entende-se como roupa para provas em águas abertas, roupas de banho (skinsuits/speedsuits) com material 100% têxtil (fios naturais e/ou sintéticos, nylon ou lycra). 

Boias – Qualquer atleta que deixar de contornar uma boia, deixando de passar por ela, poderá ser desclassificado ou penalizado de acordo com a gravidade da infração.

Acessórios – Não será permitido o uso de acessórios que deem vantagem aos atletas, como nadadeiras, palmares e boias.

Óculos – para natação são permitidos.

Touca de natação – A organização do XTERRA fornece toucas para os competidores e seu uso é obrigatório. Não é permitido o uso de outra touca que não seja a fornecida pela organização. O atleta que decidir usar outra touca será desclassificado. 

Foto: Gustô Alves

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

Estudo aponta bioativos de cogumelos amazônicos para eliminar radicais livres e prevenir doenças

Foto: Ceci Sales/Acervo pessoal

Um estudo coordenado pela pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Ceci Sales da Gama Campos, espera compreender sobre a síntese de compostos bioativos específicos pelos cogumelos, e verificar possíveis potenciais de aplicações na área farmacológica ou nutricional.

Amparada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa Universal – Edital Nº 006/2019, a pesquisa avança com resultados importantes. Segundo as primeiras análises já é possível dizer como cultivar os fungos para que produzam a massa desejada, assim como, obter esses ativos e a identidade química deles.

Ela adianta que quanto aos resultados práticos sobre tumores ou células de câncer, já foram feitos testes em poucas linhagens celulares, mas é preciso ampliar os testes em diferentes tipos de células de câncer. Futuramente, o estudo tem intenção de desenvolver um suplemento de cogumelo 100% nacional, mas, para isso, todo o processo de ampliar a escala de cultivo tem que estar bem desenhado e funcionando.

“Positivamente sabemos quais são as proteínas de defesa que estes compostos estimulam o sistema imune a produzir”, disse Ceci Campos, acrescentando que os ativos dos cogumelos podem ajudar a eliminar os radicais livres, impedindo que eles danifiquem as células do corpo, prevenindo o aparecimento de doenças.

Até o momento pesquisa já produziu, em escala piloto, cogumelos comestíveis de importância nutricional, com elevado teor de proteína, fibra e baixo teor de lipídeos, importantes para a saúde humana.

Os bioativos obtidos (frações polissacarídicas) de duas linhagens de cogumelos estudadas apresentaram potencial imunomodulador, a partir da redução de moléculas inflamatórias, um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento do câncer.

De acordo com a pesquisadora, os compostos naturais fortalecem as defesas do corpo, podendo contribuir significativamente no tratamento do câncer, mas alguns desses ativos, como os polissacarídeos podem atuar matando as células tumorais. Porém, ainda são necessários mais estudos para compreender melhor a forma de ação dessas biomoléculas.

Foto: Ceci Sales/Acervo pessoal

“Futuramente podemos usar esses ativos como um complemento, uma ajuda para melhorar a condição do paciente como um todo. Dessa forma, esses medicamentos podem ajudar a imunidade do paciente e, assim, o próprio sistema de defesa do organismo ajuda no combate à doença”, observou a coordenadora, explicando que os ativos podem fazer com que as células do sistema imunológicos produzam proteínas que vão até as células tumorais e fazem uma espécie de marcação e, essas células tumorais marcadas são identificadas pelo corpo e eliminadas.

Processo

Ceci Sales disse que para chegar aos primeiros resultados a um possível potencial dos cogumelos na prevenção e tratamento de células tumorais cancerígenas, foram utilizados os cogumelos nativos da Amazônia, que inicialmente foram coletados, isolados e mantidos em meio de cultura para a produção em escala.

Depois foram submetidos a dois processos de cultivo: cultivo em meio sólido (fermentação em estado sólido), em câmaras especiais com controle de temperatura, umidade e luminosidade para a obtenção dos cogumelos, os quais foram coletados, processados e submetidos às diferentes análises e, o cultivo em meio líquido, também conhecido como fermentação em estado líquido, sendo este último, conduzido em equipamento especial conhecido como biorreator, até obter uma massa denominada micélio, a qual também foi coletada, processada e seguiu para as análises.

*Com informações da Fapeam

Primeira rota de integração sul-americana ligará a Região Norte à Colômbia, Peru e Equador

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a primeira das cinco rotas de integração entre Brasil e países vizinhos deverá operar já em 2025, e que, até 2026, outras duas serão concluídas. A Rota 2, primeira a ser inaugurada, ligará toda a Região Norte e parte do Nordeste à tríplice fronteira com Colômbia, Peru e Equador.

“Com isso, vão se interligar ao maior investimento feito pela China na América do Sul, um dos maiores portos da América do Sul, que está sendo construído no Peru”, disse a ministra.

A integração com esse porto, lembrou a ministra, facilitará o escoamento da produção brasileira para o mercado asiático como um todo e, em especial, com a China.

“Falta pouca coisa. Apenas uma dragagem no rio. Já está inclusive dada a ordem de serviço. Aí, colocaremos na tríplice fronteira uma alfândega”, acrescentou ao lembrar que esta rota terá algo muito especial. “Será a mais ecológica, porque é toda hidroviária. Levará desenvolvimento sem levar poluição ou derrubar árvores”, completou .

A ministra lembrou que, só com o mercado sul-americano, os produtos brasileiros terão acesso a 200 milhões de pessoas. “É o mesmo número de habitantes que temos no Brasil. Portanto, teremos a possibilidade de vender produtos brasileiros para quase um novo Brasil, além de chegar mais rápido para a China e para o mercado asiático”, destacou.

As cinco rotas têm, segundo o governo federal, o duplo papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e seus vizinhos e a Ásia.

Rotas de integração

  1. Rota da Ilha das Guianas, que inclui integralmente os estados de Amapá e Roraima e partes do território do Amazonas e do Pará, articulada com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela;
  2. Rota Multimodal Manta-Manaus, contemplando inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligada por via fluvial à Colômbia, Peru e Equador;
  3. Rota do Quadrante Rondon, formado pelos estados do Acre e Rondônia e por toda a porção oeste de Mato Grosso, conectada com Bolívia e Peru;
  4. Rota de Capricórnio, desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, a Paraguai, Argentina e Chile; e
  5. Rota Porto Alegre-Coquimbo, abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, Uruguai e Chile.

Índice de Progresso Social aponta Porto Velho como pior capital para viver no Brasil

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Porto Velho foi classificada como a pior capital para viver no Brasil, segundo o relatório do Índice de Progresso Social (IPS) de 2024. A cidade rondoniense ocupa a última posição no ranking de qualidade de vida das 26 capitais do país e o Distrito Federal.

O Índice de Progresso Social (IPS) é uma ferramenta que avalia o desempenho social e ambiental de territórios em diversas geografias (países, estados, municípios). O IPS Brasil é uma iniciativa para gerar esse índice em uma escala subnacional.

O levantamento inclui dados sobre a qualidade de vida em todas as cidades brasileiras. No ranking das capitais, Porto Velho ocupa a última posição, com uma média de IPS de 57,10. Isso ocorre porque, quanto menor a média da cidade, pior é a qualidade de vida na região.

Rankings das capitais amazônicas com menores IPS do Brasil

CapitalUF IPS Posição no ranking
Rio BrancoAC 62,6823
Belém PA 62,51 24
Macapá AP 58,03 26
Porto Velho RO 57,10 27
Fonte: Índice de Progresso Social 2024

Ranking positivo não conta com cidades da região amazônica

Entre as capitais, a melhor nota foi a da cidade de Brasília (DF), seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR).

O levantamento filtrou mais de 300 indicadores e chegou a 53 deles para analisar a qualidade de vida de cada cidade. O IPS foi dividido em três dimensões, são elas: necessidades humanas básicas; fundamentos para o bem-estar; oportunidades. Esse grupo de dimensões fez com que cada cidade tivesse uma média final.

Conforme o levantamento, no ranking das unidades federativas do Brasil, Rondônia ocupa o 25º lugar (média IPS de 55,67) ficando à frente apenas dos estados do Acre e Pará.

Falta de saneamento básico e segurança pessoal

O índice categoriza os municípios em nove tiers (níveis), com base em suas pontuações médias. Cada tier representa um grupo de municípios com níveis de progresso semelhantes. Porto Velho está classificada como “Tier 5” (amarelo): municípios com desempenho intermediário no progresso social.

Já em relação aos componentes que influenciam a média total dos municípios no IPS, os piores indicadores de Porto Velho em relação às capitais, são:

  • Saneamento básico: 32,93 (a menor taxa das capitais do Brasil)
  • Segurança pessoal: 39,57 (2° pior, ficando atrás apenas de Manaus)
  • Qualidade do meio ambiente: 43,29 (pior índice )
  • Liberdades individuais: 49,89 (2° menor taxa)

Na última edição do estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, a capital rondoniense também aparece na pior colocação no ranking de saneamento básico do país: apenas 9,89% da população recebe o serviço de tratamento de esgoto e mais da metade dos moradores vivem sem acesso à água tratada.

Sobre o IPS Brasil

O IPS Brasil foi desenvolvido por uma rede colaborativa de instituições, liderada pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em parceria com a Fundação Avina, Amazonia 2030, Anattá Pesquisa e Desenvolvimento, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative.

Essa iniciativa subnacional tiveram como referência o IPS Amazônia desenvolvido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) em 2014.

O Progresso Social foi definido por um grupo de especialistas acadêmicos e sintetizado pelo Social Progress Imperative como “a capacidade da sociedade em satisfazer as necessidades humanas básicas, estabelecer as estruturas que garantam qualidade de vida aos cidadãos e dar oportunidades para que todos os indivíduos possam atingir seu potencial máximo”.

*Por Emily Costa, da Rede Amazônica RO

5 curiosidades que tornam Novo Airão uma cidade popular entre turistas

Localizada às margens do Rio Negro, no Amazonas, a cidade de Novo Airão é um dos principais destinos culturais e turísticos do Norte do Brasil. A “cidade dos botos”, como é popularmente conhecida, é até mesmo um verdadeiro paraíso para pesquisadores da fauna e flora amazônicas.

Em 2024, a cidade passa a fazer parte da lista de escolhidas para levar aventura e desafios aos atletas amadores. Ficou curioso? Confira:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

Novo patrimônio cultural de Palmas: conheça o Mirante do Limpão

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O Mirante do Limpão é um dos atrativos turísticos de Palmas que acaba de ser reconhecido como patrimônio histórico, turístico e cultural da capital de Tocantins. O morro é famoso entre os praticantes de esporte por proporcionar uma visão panorâmica da cidade e ser ponto de encontro entre os admiradores do pôr do sol.

São 420 metros de altitude e 170 metros acima do nível da cidade, que também proporcionam uma visão da Serra do Carmo. A subida é relativamente íngreme por uma trilha bem definida e sem muitos obstáculos.

Carros podem subir até o alto do morro por uma estrada de terra batida, mas a indicação para os que desejam contemplar o local é deixar o carro no ponto de apoio e seguir o percurso andando. Também existe uma trilha alternativa por onde passam as bicicletas.

Seguindo pela TO-050, sentido Lajeado, há uma entrada à esquerda e mais 5 km de estrada de chão até chegar à serra. Do centro da cidade ate o ponto de apoio são aproximadamente 10 km.

O projeto para torná-lo patrimônio é do vereador José do Lago Folha Filho (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Palmas, e a lei (Lei nº 3.091, de 1º de julho de 2024) foi sancionada pela prefeita Cinthia Ribeiro.

Estudo realizado por pesquisadores do Pará e São Paulo sequencia primeiro genoma do cupuaçu

Com o sabor levemente açucarado e toque simultâneo de notas ácidas, o cupuaçu vem conquistando o paladar de consumidores no mercado nacional e internacional. Sua natureza multifacetada possibilita uma variedade de combinações para o preparo de doces, compotas, bolos, sorvetes, mousses, tortas e muito mais. O fruto originário da Região Amazônica é considerado um dos principais impulsionadores da economia do Norte do país e, recentemente, teve o seu primeiro sequenciamento de genoma publicado no repositório bio.Rxiv.org e aceito no periódico científico GigaScience, da Universidade de Oxford. A pesquisa foi desenvolvida pelos professores Vinicius Abreu (Faculdade de Computação/UFPA) e Alessandro Varani (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/Unesp), em parceria com pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental e da Universidade de São Paulo.

O estudo foi realizado no âmbito do projeto ‘Genoma e Transcriptoma do Theobroma grandiflorum (Cupuaçu): uma abordagem comparativa, evolutiva e funcional’, que buscou sequenciar o genoma do fruto amazônico, compreender sua estrutura genômica, suas características evolutivas e as relações filogenéticas entre os grupos de organismos. Além desses objetivos, a pesquisa ainda procurou desvendar a evolução de famílias gênicas, que estão diretamente relacionadas à composição química dos frutos e aos mais variados mecanismos de defesa desenvolvidos pelas plantas.

Pesquisadores utilizam tecnologia de ponta para atingir resultados

Inclinados a realizar a montagem do genoma do cupuaçu, os pesquisadores decidiram empregar ferramentas mais avançadas de sequenciamento genômico, como PacBio HiFi e a análise de interação cromatina-genoma, por meio da técnica Hi-C que, ao longo dos dois anos de pesquisa, possibilitou sequenciar a informação genética de ponta a ponta, formando um genoma completo.  Além dessas tecnologias, ainda foi utilizada a técnica Illumina NextSeq, uma ferramenta de sequenciamento de DNA e RNA que aplica tecnologia de próxima geração (NGS) para ler as sequências de nucleotídeos presentes em uma amostra biológica.

Foto: Divulgação/Embrapa

Entre as conclusões alcançadas, está a identificação de 31.381 genes, que revelaram uma alta similaridade do cupuaçu com o cacau, indicando 65% de sintenia gênica de uma história evolutiva conservada com variações genômicas únicas. Também foram detectados genes específicos relacionados às características dos frutos e sementes, e à resistência de doenças voltadas aos cupuaçuzeiros, como a vassoura de bruxa, uma das principais pragas que afetam o crescimento da espécie Theobroma grandiflorum.

Para os resultados, a pesquisa ainda contou com a colaboração do engenheiro agrônomo Rafael Moysés Alves, da Embrapa Amazônia Oriental, e do professor Antônio Figueira, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo (Cena/USP). “Com o desenvolvimento do genoma do cupuaçuzeiro, o programa de melhoramento ganha uma ferramenta poderosa para a obtenção de cultivares mais produtivas, mais resistentes às pragas e doenças. Some-se a isso a redução de prazo para o desenvolvimento de uma nova variedade por um custo substancialmente menor, se comparado aos processos clássicos ora empregados”, destaca Alves.

Genoma do cupuaçu pode ser usado como referência em novas pesquisas

O impacto dos resultados publicados reflete não somente nas pesquisas na Amazônia, mas também no desenvolvimento científico brasileiro.  Ao apresentar um genoma de referência, a pesquisa proporciona uma base para novos estudos e medidas de conservação nessa área, contribuindo com a agenda da bioeconomia, isto é, mantendo a floresta em pé e, ao mesmo tempo, produtiva.

À vista desses efeitos, fica evidente que o primeiro sequenciamento de planta da Amazônia pode levar ao desenvolvimento de novas tecnologias e terapias baseadas no cupuaçu e em outras plantas, gerando um impacto expressivo na saúde e bem-estar de diversas populações. Assim, o estudo auxilia a conservação das espécies de cupuaçuzeiros, promovendo a economia ecológica e a sustentabilidade na agricultura.

Sobre a pesquisa: O projeto de pesquisa ‘Genoma e Transcriptoma do Theobroma grandiflorum (Cupuaçu): uma abordagem comparativa, evolutiva e funcional‘ foi desenvolvido por Vinicius Abreu, da Faculdade de Computação/UFPA, e Alessandro Varani, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/ Unesp, no período de 2020 a 2023. O estudo contou com o apoio do Centro Paraense de Computação Distribuída de Alto Desempenho (CCAD/UFPA) e com a colaboração do engenheiro agrônomo Rafael Moysés Alves (Embrapa Amazônia Oriental) e do professor Antônio Figueira, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena/USP).

*O conteúdo foi originalmente publicado pelo Jornal Beira do Rio, da UFPA, edição 171, escrito por Victoria Rodrigues

Testes identificam praias impróprias para banho nos distritos de Belém

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Nesta época do ano, período de férias escolares e veraneio, o aumento do fluxo de pessoas nas praias do município de Belém (PA) exige mais atenção à qualidade da água nessas localidades. Os testes de balneabilidade realizados por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em parceria com o Instituto Evandro Chagas, concluíram que a praia de São Franscisco, em Mosqueiro; Praia do Amor e Belo Paraíso, em Outeiro; e praia do Cruzeiro, em Icoaraci, estão impróprias para banho.

Segundo o diretor-geral da Semma, Leonardo Farias, a parceria com o Instituto Evandro Chagas agrega confiabilidade e segurança aos testes de balneabilidade executados pela Secretaria, e ainda permite a possibilidade de fazer análise continuada nas praias para verificar os níveis de poluição existentes ou não nesses locais.

Testes de balneabilidade identificam praias impróprias para banho em Belém. Foto: Ascom Semma

Campanha e alerta nas praias

Além de viabilizar os testes de balneabilidade, durante o mês de julho a Semma vai estar nas praias desenvolvendo campanha de educação ambiental para prevenir os banhistas nos casos de praias impróprias para banho, além de orientar que as pessoas recolham o lixo produzido e contribuam para a limpeza e preservação dos balneários.

Parceria entre a Prefeitura de Belém e Instituto Evandro Chagas garantem segurança aos resultados dos testes de balneabilidade. Foto: Ascom Semma

Análise e controle de qualidade

Na ilha de Cotijuba os testes de balneabilidade foram aplicados nas praias do Vai Quem Quer, do Amor, Funda, Farol e Praia da Saudade e todas estão aptas para banho. Já em Mosqueiro os testes foram feitos nas praias do Areião, Chapéu Virado, Farol, Murubira, Praia do Marahú e São Francisco. Todas estão aptas, com exceção da praia de São Francisco, que apresentou inconsistência nos testes e por esse motivo não está recomendada para banhos.

Na ilha do Outeiro as praias verificadas foram as da Brasília, Belo Paraíso, Praia do Amor e Praia Grande. Somente as Praias da Brasília e Grande estão aptas para banho. A praia do Cruzeiro em Icoaraci encontra-se imprópria para banho.

Além dos testes habituais para detectar principalmente a presença de coliformes fecais na água, este ano também foi verificado se há poluição causada por metais pesados  como microplásticos pesticidas, óleos e combustíveis. Esses poluentes podem causar diversos problemas de saúde, como doenças gastrointestinais, respiratórias e de pele, além de prejudicar a fauna e a flora aquáticas.

*Com informações da Agência Belém

Cinco festivais curiosos que acontecem na Colômbia

A Colômbia gosta de um bom festival e há centenas dessas celebrações realizadas todos os anos, com dança, carros alegóricos, música, rainhas da beleza e atividades culturais homenageando diferentes elementos da cultura local. Mas alguns festivais são mais conhecidos do que outros.

Se você está procurando por algo um pouco diferente, por que não visitar um desses festivais colombianos? Confira:

Festival do Morcego

Os morcegos são populares graças ao Halloween e ao Conde Drácula, o que significa que a maioria das pessoas não tem consciência de seu papel no ecossistema. Eles não só podem comer seu próprio peso corporal em insetos, controlando pragas como mosquitos, como também polinizam plantações, incluindo bananas, abacates e mamões. Tudo isso é celebrado no Festival de Morcegos realizado todo mês de outubro.

Foto: Reprodução/Governo da Colômbia

Festival do Mel

Oiba, em Santander, é o paraíso do mel da Colômbia e sedia o Festival do Mel todo mês de janeiro para celebrar o trabalho extraordinário das abelhas colombianas. Seu destaque é o Honey Pageant, quando os concorrentes vão para as ruas em carros alegóricos coloridos. Os visitantes do desfile também são presenteados com iguarias regionais e, claro, muito mel local, além de, geralmente, participarem de uma viagem para a caverna Cachalú, a cachoeira Chaguatá e o morro San Miguel, nas proximidades.

Foto: Reprodução/Governo de Colômbia

Festival do Burro

O Festival do Burro da Colômbia é irônico, especialmente seu Concurso de Beleza do Burro, que coroa um Rei e uma Rainha entre os burros reunidos, que estão completamente enfeitados para a ocasião em elaboradas fantasias. O festival, realizado toda Páscoa em San Antero, Córdoba, inclui música ao vivo, dança, comida e artesanato. O Rei e a Rainha Burro são batizados com novos nomes assim que são coroados.

Foto: Reprodução/Governo da Colômbia

Festival de Astronomia

Milhares de entusiastas do espaço, amadores e internacionais, reúnem-se todos os anos para o Festival de Astronomia da Colômbia, que acontece em Villa de Leyva, Boyacá, todo mês de fevereiro. O festival é organizado pela Associação de Astronomia da Colômbia (ASASAC), que explora os céus há mais de 50 anos. A associação trabalha com a cidade para garantir que ela apague as luzes e ofereça as melhores condições possíveis para observação de estrelas.

Foto: Reprodução/Governo da Colômbia

Festival de la Subienda

Todo mês de fevereiro, o povo de Honda, Tolima, a “Cidade das Pontes ”, sedia o Festival “Coming Up” (Festival de la Subienda) para marcar a chegada dos peixes em sua seção do Rio Magdalena. A temporada, quando os peixes deixam as áreas mais pantanosas da Colômbia e nadam rio acima, dura cerca de quatro meses. O festival inclui demonstrações culturais e de pesca e celebra o trabalho dos pescadores da cidade, que pescam durante a noite, na subida, para garantir sua captura.

Foto: Reprodução/Governo da Colômbia

*Com informações do Governo da Colômbia