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Avenida Umberto Calderaro e viaduto Josué Cláudio de Souza começam a receber obras de esgotamento sanitário a partir desta segunda-feira (05)

A avenida Umberto Calderaro Filho, localizada no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul da cidade, irá receber obras de ligação nova de esgoto, a partir desta segunda-feira (05). O viaduto Josué Cláudio de Souza, que dá acesso da avenida Boulevard para Umberto Calderaro, também receberá intervenções para implantação de rede coletora. Os serviços ocorrem no período noturno, das 22h às 5h, e têm previsão para serem concluídos na segunda quinzena de agosto.

Durante as intervenções, agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) irão atuar com orientações aos motoristas que trafegam pelo local. No viaduto, serão implantados cerca de 100 metros de rede coletora. Lá, os serviços se concentram na faixa da esquerda, deixando as outras faixas livres para o trânsito.

Na outra frente de obra, na avenida Umberto Calderaro Filho, o serviço ocorrerá primeiramente na faixa da direita, entre as ruas Marciano Armond e Salvador, com serviços de execução de ligações novas. Posteriormente, a intervenção será realizada me mesmo trecho, na faixa da esquerda.

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Os serviços ocorrem no período noturno e devem durar cerca de 20 dias. Foto: Águas de Manaus

Todo esgoto coletado nesta área será transportado até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Educandos. Na unidade o efluente irá passar por um minucioso tratamento para, posteriormente, ser devolvido à natureza livre de contaminações. Atualmente, são tratados 62 milhões de litros de esgoto por dia.

As obras fazem parte do programa Trata Bem Manaus, que irá universalizar os serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.

*Por Águas de Manaus

Amazônia Cine Sol: projeto de cinema itinerante movido a energia solar chega a Manaus

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O primeiro cinema itinerante movido por meio de energia solar projetado para o estado do Amazonas chega à capital. Após uma série de exibições no interior do Estado e em comunidades indígenas, o Projeto Amazônia Cine Sol começa a ser apresentado em Manaus e iniciou esta segunda fase de exibições na comunidade indígena Wotchimaücü, no bairro Cidade de Deus, no último sábado (3) (saiba quando são as próximas sessões abaixo).

A programação é gratuita e aberta à população local. Durante a ação, o projeto, contemplado em edital da Lei Paulo Gustavo, faz distribuição gratuita de guloseimas, pipocas e refrigerante aos participantes.

Para a idealizadora do projeto, a jornalista e engenheira eletricista Liliane Costa, criar toda a atmosfera de uma sala de cinema também envolve cheiros e sabores, que são fundamentais para a experiência de quem nunca frequentou um cinema. Por isso, o projeto Amazônia Cine Sol procura sempre oferecer ao seu público uma experiência sensorial e emocional completa.

Foto: Divulgação

Produção regional

O evento busca valorizar a produção cinematográfica regional amazonense e temas de conservação e preservação da Amazônia. As exibições usam a energia do sol por meio de placas solares, para dar toda a eletricidade necessária em lugares de difícil acesso. Para cada exibição na capital, serão projetados curtas e longas com temas regionais amazônicos, de classificação livre para atender principalmente o público infantil.

Ao final das exibições, a palhacinha Lilika faz perguntas sobre temas ambientais exibidos durante o filme, faz sorteio de brindes e distribui doces para a garotada, terminando a ação em um clima de muita emoção e alegria.

Além das exibições dos filmes, os participantes assistem a palestras sobre a utilização de energia limpa e metodologias de conservação e preservação do meio ambiente.

Próximas sessões

No dia 10 de setembro, a exibição será no Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy – (Eamaar), e no dia 17 de setembro na Comunidade do Alvorada II – Beco Liatmis, entre as Ruas 12 e 13 do Bairro da Alvorada II.

*Com informações da Secretaria de Cultura do Amazonas

Títulos verdes: entenda as vantagens e riscos dos títulos sustentáveis

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Os títulos verdes (green bonds) são títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações multilaterais para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade. De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de 1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.

A primeira emissão de títulos públicos sustentáveis deverá superar US$ 1 bilhão, é o que afirma o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Segundo ele, o volume exato não pode ser informado por questões de mercado.

Títulos federais lançados no exterior, os papéis são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Em vez de receber meros juros financeiros, investidores estrangeiros receberiam os rendimentos de um projeto sustentável, que ficariam entre 6,15% e 8% para os compradores dos títulos.

As emissões de títulos ligados a projetos de sustentabilidade ou a metas de governança ambiental e social bateram recorde no Brasil. Segundo estimativas pelo Banco Central (BC), em 2020 e 2021 foram lançados US$ 20 bilhões por meio desse tipo de papel.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As empresas não financeiras são as principais emissoras de títulos sustentáveis. Desde 2016, elas concentram 88% dos papéis desse tipo lançados no mercado externo e 89% do volume doméstico. “Os setores de papel e celulose e alimentos e bebidas são predominantes nas emissões no mercado externo, enquanto o de energia elétrica destaca-se nas emissões no mercado doméstico”, ressalta o relatório.

A maior parte dos recursos levantados vem do exterior. O mercado internacional representa 74% do volume financeiro arrecadado pelas empresas desde 2015, com o mercado doméstico respondendo pelos 26% restantes. “Em 2021, cerca de apenas 7% das emissões no mercado doméstico apresentaram características de sustentabilidade, sendo tal proporção de 47% no caso das emissões externas”, explicou o relatório do BC.

No mercado doméstico, os green bonds (títulos verdes) concentram a maior parte dos títulos sustentáveis. A maior parte das emissões ocorre por meio de debêntures (68%) e de letras financeiras (8%), mas também via outros instrumentos de investimento, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Fundos de Investimento Imobiliários (FII), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) e empréstimos.

Risco cambial

Apesar de as emissões ocorrerem em dólares, o secretário do Tesouro disse que a operação não traz risco cambial para o Brasil, aumento da dívida por causa de uma eventual desvalorização do real. Segundo Ceron, se o dólar dobrar de valor, o país diminui sua dívida líquida porque as reservas internacionais se valorizariam ao serem convertidas em reais.

Atualmente em US$ 342,732 bilhões, as reservas internacionais servem como uma espécie de seguro em caso de desvalorização cambial por abaterem o cálculo da dívida líquida, que confronta os ativos e os passivos do governo. A dívida bruta, no entanto, sobe em caso de alta do dólar.

Apesar do volume recorde, o BC alerta para riscos na emissão de títulos sustentáveis para os emissores e tomadores. Os principais são o risco financeiro e o de imagem.

“O risco financeiro decorre do aumento no custo da dívida em caso de descumprimento das metas quando o financiamento acontece sob a forma de SLB. O risco de imagem pode ser associado tanto ao descumprimento das metas como ao greenwashing [lavagem de dinheiro por meio de instrumentos verdes], prática que coloca em risco a própria reputação do mercado de emissões sustentáveis”, conclui a autoridade monetária.

Fundo Clima

O Conselho Monetário Nacional regulamentou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). Com R$ 10 bilhões previstos para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, o fundo, existente desde 2009 e operado pelo Ministério do Meio Ambiente, terá taxas de retorno de 6,15% a 8%, as mesmas das emissões dos títulos verdes. Essas são as taxas que os projetos financiados deverão gerar para o fundo.

O nível mínimo de 6,15% considerou os juros da última emissão de papéis do Tesouro no exterior. Anteriormente, as taxas de retorno dos empréstimos para o Fundo Clima estavam entre 0,1% e 3%.

Haverá exceção para projetos em áreas com demanda menor por recursos e menos atrativas. Nesse caso, as taxas poderão ser de no mínimo 1%. Entre os tipos de projetos na lista de exceções, estão os destinados ao desenvolvimento sustentável de florestas nativas e à proteção de recursos hídricos. A expectativa é que os projetos de menor atratividade consumam apenas 8% dos recursos do Fundo Clima.

Em relação aos projetos mais atrativos, que terão taxas de retorno maiores e consumirão os 92% restantes do fundo, estão empreendimentos de transição energética, indústria verde e gestão de resíduos sólidos. A resolução aprovada pelo CMN entra em vigor em 1º de setembro.

Pesquisa mapeia experiências de estudantes em bibliotecas acadêmicas em Mato Grosso

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O aprimoramento das bibliotecas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é o principal ponto da pesquisa desenvolvida por Carolina Alves Rabelo no Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia de Produção (PPGPEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) por meio de parceria com a UFMT.

A mestranda, que também é supervisora da Biblioteca da UFMT no Câmpus de Sinop, busca compreender as diversas dimensões da experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas.

O estudo, que inclui também uma pesquisa diretamente com os estudantes, inclui aspectos físicos, afetivos, cognitivos, sociais e tecnológicos, bem como o impacto dessa experiência na satisfação e no sucesso acadêmico dos estudantes. 

Foto: Divulgação/UFMT

O levantamento de dados acontece para mapear melhor a experiência de estudantes na bibliotecas.

“Embora a experiência seja subjetiva, o método quantitativo adotado na pesquisa nos permite obter uma compreensão mais ampla das experiências dos estudantes nas bibliotecas.Nosso objetivo é entender como diversos elementos associados à biblioteca incluindo o conforto físico, os aspectos afetivos, os recursos tecnológicos, as interações sociais e os fatores cognitivos – influenciam as percepções sobre o uso das bibliotecas”, relata a supervisora sobre o questionário que leva menos de 8 minutos para ser concluída.

O estudo acadêmico garante o anonimato dos participantes e está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O levantamento também permite compreender a relevância da biblioteca para você ajudará a melhorar os serviços e criar um ambiente mais acolhedor e eficiente para todos. 

Estudo é aberto para todos os câmpus da UFMT

Carolina Alves Rabelo comenta que devido à missão da biblioteca de fornecer suporte ao processo educacional, há uma atenção especial nas relações com os estudantes.

“Assim, temas como qualidade, satisfação e, mais recentemente, a experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas têm ganhado destaque na pesquisa científica. Estudos recentes têm focado em compreender como a experiência em bibliotecas pode afetar a satisfação, a retenção e o sucesso acadêmico dos estudantes”, destaca acrescentando que investigar a experiência também é crucial para entender o valor e a relevância da biblioteca para a comunidade acadêmica, avaliando como ela atende às necessidades e a qualidade dos serviços oferecidos.

A pesquisa está aberta para pessoas que acessam as bibliotecas da UFMT nos câmpus  Araguaia, Cuiabá, Sinop e Várzea Grande. 

“Com a nossa pesquisa buscaremos validar um modelo conceitual sobre a avaliação da experiência do estudante em bibliotecas acadêmicas, inexistente na literatura sobre o tema. O modelo proposto ampara o formato de avaliação que poderá ser utilizado por bibliotecas que querem compreender a experiência dos estudantes, podendo ser aplicado de forma contínua por essas instituições”, relata a Carolina Alves Rabelo.

*Com informações da UFMT

Estiagem: município amazonense tem aumento de 100% em preços de alimentos e vê poço secar

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A seca que atinge o Amazonas continua castigando o município de Envira, localizado na região sudoeste do estado. Um relatório da Defesa Civil municipal divulgado na terça-feira (30) aponta que nove comunidades rurais estão isoladas e o comércio sofre com o aumento desenfreado dos preços por conta da escassez de alimentos. Um poço que atende moradores da área urbana da cidade também secou.

O fenômeno já atinge mais de 10 mil pessoas e tem causado desabastecimento na cidade. O cenário vivido em Envira é esperado para todo o estado. Isso porque, o governo do Amazonas prevê que a situação neste ano pode ser ainda pior do que a vivida no ano passado, quando foi registrada a maior seca da história do estado.

Até o momento, 20 das 62 cidades do Amazonas já estão em situação de emergência. Na capital Manaus, o Rio Negro desceu 1,61 metros só em julho.

A reportagem do Grupo Rede Amazônica teve acesso ao relatório de monitoramento da estiagem no município feito pela Defesa Civil. No documento, o chefe do órgão, Ismael Dutra, disse que pelo menos nove comunidades rurais estão isoladas:

  • Comunidade Niterói (Rio Envira) – 56 afetados;
  • Comunidade Lago do Zé Anjo (Rio Envira) – 112 afetados;
  • Comunidade Aldeia Macapá (Rua Alto Tarauacá) – 509 afetados;
  • Comunidade Lago dos Patos (Rua Alto Tarauacá) – 24 afetados;
  • Comunidade Brisa (Rua Alto Tarauacá) – 39 afetados;
  • Comunidade Aty III (Rua Alto Tarauacá) – 280 afetados;
  • Comunidade Igarapé do Rato (Rua Baixo Tarauacá) – 80 afetados;
  • Comunidade Igarapé do Repartimento (Rua Baixo Tarauacá) – 100 afetados;
  • Comunidade Amarram (Rua Baixo Tarauacá) – 56 afetados.

A seca também tem provocado o aumento desenfreado dos preços de alimentos e itens de materiais de construção na cidade. Segundo Dutra, o preço do fardo de farinha, com 50 quilos, que, anteriormente podia ser adquirido por R$ 120, hoje é vendido por R$ 270. “Frangos congelados aumentaram 25%, verduras, frutas, legumes tiveram aumento de 100%”, explicou.

Além disso, materiais de construção civil também estão desaparecendo dos comércios. “Tá faltando cimento e ferro. O pouco que tem aumentou em 25%. É uma situação complicada”, explicou.

O chefe da Defesa Civil disse que um dos seis poços artesianos que atendem à sede do município secou. Para atender às comunidades foi preciso deslocar um caminhão pipa.

Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal

A reportagem questionou a Defesa Civil estadual para saber as medidas adotadas para minimizar os impactos da estiagem em Envira, e aguarda resposta.

Ações preventivas

As previsões indicam que a seca em 2024 pode ser tão severa quanto a de 2023. Por isso, o governo estadual decretou estado de emergência em 20 municípios, situados nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões.

O governo também decretou emergência ambiental no estado devido a queimadas registradas no sul do Amazonas, Manaus e região metropolitana. Os decretos têm validade de 180 dias.

Ainda conforme o governo, ações voltadas para o abastecimento de água potável, insumos e medicamentos para a saúde, produção rural, logística para a manutenção do funcionamento da rede estadual de educação, ajuda humanitária e dragagem dos rios são os principais focos do cronograma de atividades do plano de contingência do governo.

Municípios da calha do Juruá já estão recebendo medicamentos e insumos para a saúde, como Guajará, Envira e Ipixuna, segundo a Secretaria de Saúde do Amazonas. Nas localidades, com a vazante dos rios, o transporte fluvial já está sendo prejudicado.

*Com informações da Rede Amazônica AM

Seis povos indígenas brasileiros expõem peças de artesanato em Brasília e pedem visibilidade

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No pescoço da artesã indígena Airy Gavião, de 68 anos, o colar com o muiraquitã (pequena pedra em forma de rã) significa muito mais do que um adereço que ela produz. “É o amuleto das mulheres guerreiras. Isso tem um significado muito forte para mim”.

Tão forte que faz lembrar quando, aos 18 anos, decidiu deixar, com saudade, a comunidade de Aturiaí, no Pará, para tentar a vida em Brasília. Chegou com o muiraquitã e contava sua história a quem não conhecia, dizendo que o artesanato que aprendeu em casa era o símbolo da própria vida. 

Até sexta-feira (9), o Dia Internacional dos Povos Indígenas, artesãos como Airy expõem seus trabalhos em uma feira organizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no prédio onde está sediado o órgão, no centro da capital.

Bruno Peres. Foto: Agência Brasil

Airy Gavião trabalha com todo tipo de artesanato, inclusive pinturas figurativas de indígenas e natureza. Ela ensinou a arte aos três filhos, que nasceram em Brasília. Os trabalhos que ela cria também são uma forma de voltar a se sentir na comunidade no Pará. “Tenho saudades de quando fazia farinha escaldada. De estar lá junto. De brincar. Todo mundo junto e cantando. Sinto falta do sentido de coletividade”.

Conhecimentos ancestrais

Na mostra, estão à venda peças feitas por indígenas dos povos Gavião, Pataxó, Kariri Xocó, Guajajara e Bororo.

Segundo diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, a feira pode colaborar com a geração de renda e o fortalecimento das atividades produtivas que  enriqueçam a cultura indígena.

“[É] sempre bom ressaltar que tudo que se vê em uma feira indígena é fruto dos conhecimentos ancestrais representados nos pequenos objetos que se pode ver nessa exposição”, afirmou Lucia Alberta. 

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A artesã Murian Pataxó, de 49 anos, que vive em uma comunidade indígena na região administrativa do Paranoá, diz que esse saber ancestral representa modo de vida e de renda para eles. Murian lembra que tudo o que aprendeu foi com os pais e avós em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, e fazem recordam de quando foram ensinadas a reunir as sementinhas de morototó e de açaí, por horas a fio no cordão.

Gerações

As gerações mais novas garantem que não deixarão essa arte secar com o passar do tempo. A artesã Bruna Togojebado, de 30 anos, diz que tem felicidade de explicar o que aprendeu para a filha, de 9 anos. “Estou grávida e quero o melhor para quem vai vir depois da gente. A gente passa de pais para filhos essa sabedoria”.

Uma novidade é  que os mais novos estão ensinando os mais velhos a vender os produtos pela internet.

Aliás, o local de exposição e venda dos produtos foi motivo de descontentamento para os indígenas no primeiro dia da da feira. Os artesãos reclamaram para a Funai que gostariam de um espaço com mais visibilidade no próprio Edifício Parque Cidade Corporate.

A artesã Jacy Pataxó, de 50 anos, afirma que as peças estão expostas em um corredor onde há pouca movimentação de visitantes e que é preciso fazer um ajuste. “A gente depende das vendas. Queremos um lugar mais visível”. Consultada pela reportagem sobre esse tema, a Funai não se manifestou.

*Com informações da Agência Brasil

Entenda a importância da ingestão de líquidos durante atividades físicas no calor da Amazônia

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O calor chegou na região amazônica. Com os termômetros variando de 33 a 35 graus na Amazônia, a perda de líquidos e sais minerais durante as atividades físicas fica ainda mais intensa. Por isso, com a chegada da época mais quente do ano na região, a nutricionista da Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, chama a atenção da população aos principais cuidados que devem ser tomados para manter a saúde e a hidratação em dia.

A nutricionista Alessandra Macedo alerta que com o verão amazônico chegando é preciso cuidado e uma boa hidratação já que 45 a 75% do peso do corpo é de água. “É por isso que em elevadas temperaturas e atividades físicas, se faz necessário um consumo de água adequado. A recomendação geral é de pelo menos 2 litros de água por dia para um adulto saudável”, explicou.

A profissional também dá outra dica. Para calcular o consumo de água ideal, basta multiplicar o peso do corpo por 35 ou 40 ml, e o resultado é a quantidade que deve ser consumida diariamente. O alerta também é válido para quem pratica atividades físicas.

Foto: Rogério Uchoa/Agência Pará

Riscos

No entanto, a nutricionista chama a atenção para consumo inadequado de água que pode levar ao risco de desidratação, onde os principais sintomas são: sede intensa; boca seca; fadiga; tontura; mudança da elasticidade da pele; alteração na cor da urina. Além disso, há risco de queda de pressão arterial, observada quando a pessoa percebe tontura ao se levantar da posição deitada para em pé.

“Por isso, use garrafinhas de água nos espaços que você mais permanece durante o dia, como quarto, sala, cozinha, academia e trabalho. Pequenos cuidados ajudam muito na sua saúde”, finaliza a profissional.

*Com informações da Agência Pará

‘Belém: capital do Turismo do G20’: série apresenta experiências turísticas da cidade

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Em setembro, a cidade de Belém, capital do Pará, será palco da reunião de ministros do Turismo do G20. A escolha da cidade para sediar o encontro reflete o reconhecimento da riqueza do estado e destaca o potencial turístico de toda a Região Norte. Conhecida por sua diversidade, cultura vibrante e belezas naturais, Belém está se preparando para receber turistas e participantes desse evento global.

Para receber os visitantes nessa jornada cultural, o Ministério do Turismo está empenhado em garantir que Belém esteja pronta para impressionar a todos. Além de apoiar melhorias na infraestrutura turística e investimentos na rede hoteleira local, o ministério lançará uma forte campanha promocional para mostrar ao mundo o que o Pará tem de melhor.

O MTur apresentará uma série de vídeos promocionais em suas redes sociais, destacando o turismo, a diversidade e a pluralidade da região. Com a assinatura “Belém: capital do Turismo do G20”, os vídeos têm o objetivo de mostrar ao mundo a singularidade e a riqueza cultural de Belém, enfatizando suas tradições, festivais, gastronomia, música, além das belezas naturais da Amazônia.

Em oito capítulos, os turistas poderão viver verdadeiras experiências e sentir toda a atmosfera que envolve a cultura e as tradições paraenses. Perceber como é fazer um passeio de barco até a Ilha das Onças, atravessando a Baía do Guajará até a casa de um morador ribeirinho ou, ainda, sentir a energia ao se banhar em águas que cortam a Amazônia com um banho de cheiro perfumando por ervas e plantas locais.

O paladar estará sempre à prova, pois em cada novo episódio, a culinária paraense, com origem na cozinha indígena marajoara e dos povos da floresta, se fará presente trazendo a força do açaí ou a delicadeza do sabor dos seus peixes. As delícias da Cairu, com destaque para o carimbó, sabor premiado como o melhor sorvete do Brasil, também marcam presença.

Leia também: Sorvete de açaí feito no Pará é eleito um dos mais icônicos do mundo pela segunda vez

A vida urbana pujante da cidade também será destacada, com espaços como a Casa na Mata, palco para artistas locais exporem fotografias, esculturas e toda a diversidade amazônica, ou o Ôvibe, que reúne música, entretenimento, cultura, arte e moda autoral agitando todos que chegam ao local.

Então se prepare e embarque nessa viagem à capital do Turismo do G20. Embarque na energia paraense e na vibrante atmosfera de valorização cultural de Belém como um destino turístico de destaque no cenário internacional.

Confira o primeiro vídeo da série:

*Com informações do Ministério do Turismo

Resoluções da ANA que declaram situação de escassez hídrica nos rios Madeira e Purus entram em vigor

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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) publicou no Diário Oficial da União as resoluções nº 202/2024 e nº 203/2024 que declaram respectivamente a situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos no rio Madeira (RO/AM) e no rio Purus (AC/AM) e seus afluentes: os rios Acre e Iaco.

Ambos os normativos entraram em vigor no dia 31 de julho e têm sua vigência até 30 de novembro com o objetivo de intensificar os processos de monitoramento hidrológico dessas bacias, identificando impactos sobre usos da água e propondo eventuais medidas de prevenção e mitigação desses impactos em articulação com diversos setores usuários de água.

As declarações também buscam comunicar aos governantes e à população a gravidade da situação de seca na região, permitindo que instituições gestoras e diferentes usuários de recursos hídricos no rio Madeira e na bacia do rio Purus adotem medidas preventivas para mitigar os impactos nos diversos usos da água.

Além disso, elas buscam sinalizar aos usuários que a ANA, se necessário, poderá alterar regras de uso da água e condições de operação de reservatórios estabelecidas em outorgas emitidas pela Agência, entre outras medidas.

A vigência de ambas as declarações poderá ser prorrogada, mediante análise técnica, caso persistam as condições críticas de escassez de recursos hídricos nas bacias do Madeira e do Purus. Esses documentos também poderão ser suspensos, caso ocorram condições hidrológicas mais favoráveis que levem à elevação dos níveis d’água do rio Madeira ou do rio Purus e seus afluentes: o rio Acre e o rio Iaco.

De acordo com os institutos de climatologia, as chuvas acumuladas nas bacias do rio Madeira e do rio Purus ao longo do período chuvoso, de novembro de 2023 a abril de 2024, foi caracterizada por precipitações abaixo da média, tendência que continua no atual período seco.

As anomalias negativas de chuva afetaram os níveis dos rios da região, que se mantêm próximos aos valores mínimos históricos. Como resultado, os usos da água estão sendo impactados, especialmente aqueles que dependem de níveis adequados nos corpos hídricos, como a navegação e a geração hidrelétrica, além do abastecimento público de água.

Os cenários hidrometeorológicos para este ano indicam a possibilidade de serem atingidos níveis de criticidade semelhantes ou piores aos enfrentados em 2023, razão pela qual as propostas de Declaração de Situação de Escassez Quantitativa de Recursos Hídricos no rio Madeira e na bacia do rio Purus foram aprovadas com o objetivo de alertar os gestores estaduais e municipais e demais usuários de água a respeito da situação, subsidiando a adoção de medidas necessárias.

O transporte aquaviário desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e social da Região Amazônica, particularmente na Hidrovia do Rio Madeira. Além de possibilitar o escoamento de cargas – incluindo produção agrícola, alimentos, medicamentos e combustíveis –, os rios são as principais vias de acesso para muitas comunidades amazônicas, permitindo o deslocamento para serviços essenciais, como saúde e educação.

Segundo a Lei nº 9.984/2000, que criou a Agência, compete à ANA “declarar a situação crítica de escassez quantitativa ou qualitativa de recursos hídricos nos corpos hídricos que impacte o atendimento aos usos múltiplos localizados em rios de domínio da União, por prazo determinado, com base em estudos e dados de monitoramento”.

Rio Madeira

O rio Madeira é um dos afluentes do rio Amazonas pela margem direita e possui uma área de drenagem de 1,42 milhão de quilômetros quadrados, sendo que 43% dessa área está em território brasileiro e 57% em território estrangeiro (7,6% no Peru e 49,4% na Bolívia). O período chuvoso na bacia se estende normalmente de novembro a abril, enquanto o período seco vai de maio a outubro, sendo este um mês de transição. A chuva média anual é da ordem de 2.088mm, a vazão média de longo termo é de 34.425m³/s e a disponibilidade hídrica de 8.074m³/s em sua foz, segundo relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil de 2021, editado pela ANA.

Duas importantes usinas hidrelétricas estão localizadas no rio Madeira: Jirau e Santo Antônio. Ambas operam a fio d’água – ou seja, as vazões que chegam são praticamente iguais às que saem dos reservatórios – e totalizam potência instalada de 7.318MW, o que corresponde a 6,7% do Sistema Interligado Nacional (SIN).

O rio Madeira serve, ainda, como importante hidrovia usada para transporte fluvial de carga e passageiros, com trecho navegável de 1.060km entre Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM) e volume transportado de 6.538.079 toneladas em 2022, o que corresponde a 9,2% do total transportado por vias interiores no Brasil, conforme estatístico aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). O Madeira também é utilizado como manancial de abastecimento de água de Porto Velho, com cerca de 460 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Rio Purus

A bacia do Purus cobre aproximadamente 368.000km² e se localiza dentro dos limites territoriais do Brasil e Peru, com mais de 90% de sua bacia inserida no Amazonas e no Acre. O rio Purus nasce no território peruano nas regiões de Ucayali e Madre de Diós e entra no Brasil no município de Santa Rosa do Purus (AC). Em seu percurso, o curso d’água possui um extenso número de meandros e milhares de lagos distribuídos em uma gigantesca planície de alagamento e tem sua foz no rio Solimões entre os municípios amazonenses de Anori e Beruri.

Declaração de escassez hídrica

Esse instrumento foi utilizado pela primeira vez em 2021 na Região Hidrográfica do Paraná, por meio da Resolução ANA nº 77/2021. Naquele cenário, a RH do Paraná – que ocupa 10% do território brasileiro, abrangendo áreas de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal – vinha acumulando chuvas abaixo da média, impactando negativamente os volumes armazenados nos reservatórios.

Essa situação colocou em risco o atendimento dos usos múltiplos da água, especialmente a geração hidrelétrica, o que poderia comprometer todo o Sistema Interligado Nacional e a navegação. Por isso, a ANA emitiu a primeira Declaração de Escassez Hídrica.

*Com informações da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico

Jovens indígenas e ribeirinhos mostram a realidade da Amazônia através de plataforma on-line

Um banco de imagens com mais de 700 fotos da Amazônia e uma startup de impacto social, feito por e para jovens indígenas e ribeirinhos, além de fotógrafos entusiastas que vivem na região. Essa é a ideia da empresa ‘Amazônia Stock’, produzida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa de Apoio à Inovação Tecnológica – Finep (Tecnova II), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O coordenador da startup e mestre em Design de Artefatos Digitais, Ricardo Alessandro Regis Tavares, afirmou que diferentemente do mercado internacional, que utiliza taxas de administração muito altas, a plataforma eleva o valor compartilhado com os fotógrafos em 25% e compartilha 20% com as comunidades cadastradas do interior da Amazônia, que atualmente se encontram nos rios Negro e Solimões, além de comunidades do Acre. O restante do valor é reinvestido para esforço de marketing, vendas, aprimoramento da tecnologia e dos recursos humanos.

A ideia para criar a plataforma surgiu da necessidade de suprir a carência da produção fotográfica autoral na hora de criar e veicular alguma peça publicitária.

O Amazônia Stock está em operação, sendo possível adquirir fotos e, também, vendê-las. Para este último caso, basta realizar o cadastro no site, criar o perfil e subir fotos produzidas em algum lugar da Amazônia Legal.

Experiências

Os relatos sobre a experiência dos fotógrafos e comunitários ribeirinhos são bastante diversos.

“Alguns jovens têm apreciado a participação por se sentirem bastante valorizados, com olhar sobre suas culturas, conhecimentos ancestrais e modo de vida. Outros sentem que com o equipamento e a plataforma, podem ter voz para suas ambições ou simplesmente para se expressarem de forma visual, por meio da arte da fotografia”, afirma Ricardo Alessandro.

Modelo de negócio social

O mercado internacional domina cerca de 80% do segmento fotográfico. Com esse modelo de negócio social e de economia criativa, a plataforma propõe um conteúdo totalmente nacional e da Amazônia, para que o valor das vendas fique no Norte do país, promovendo a economia circular.

Foto: Reprodução/Nathalie Brasil.

Dados da plataforma

O projeto já faturou, aproximadamente, mais de R$ 86 mil em acesso a novos recursos e vendas de fotos até o momento, desde o seu lançamento oficial no final de 2023, em apoio às oficinas de fotografia em duas novas localidades em Benjamin Constant (distante a 1.121 km da capital) e no Lago do Acajatuba, localizado em Iranduba (a 27 quilômetros da capital).

O Programa Tecnova II visa selecionar propostas empresariais para subvenção econômica à pesquisa e desenvolvimento de processos e/ou produtos inovadores no Amazonas, que envolvam significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado dentro dos temas delimitados no edital.

*Com informações da Fapeam