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Belém da Saudade, as memórias que o tempo não apaga

Por Abrahim Baze – literatura@amazonsat.com.br

Querida Belém!

Nos últimos dias tenho pensado na ultima viagem que aí estive a convite da poetiza Sarah Rodrigues, era um momento especial, acontecia a feira Pan Amazônica do livro. Tive oportunidade de participar da feira, rever amigos e fazer outros amigos, muito especial os imortais da Academia Paraense de Letras, revendo e vivenciando a Belle Époque dos teus casarões, que a modernidade dos teus sonhos não apagou, os teus desenganos e, porque não, o teu amanhã de uma Amazônia iluminada

O meu sonho de te encontrar em traje de soirée o dernier cri do Paris n’América, te vejo a assistir La Bohéme, no esplendor do teu Teatro da Paz. Em êxtase, a bailar nos saraus do Palacete Pinho, onde impecáveis acepipes foram encomendados à Casa Carvalhaes. Soberbamente cocotte, a mostrar sua arquitetura construída no período do látex. Tardes alegres na matinée do Cinema Olympio e, necessariamente depois, saborear o charlotine, na terrasse do Grande Hotel, às 17h a espera da tradicional chuva da tarde.

Ah! Belém, quanta saudade! E perdoe-me a pretensão de querer ver-te na sedução do teu passado.

Academia Paraense de Letras. Foto: divulgação

Também te vejo e nem por isso menos querida em estamparia de chita, a seduzir a sonolência da cidade velha com a frivolidade do teu comercio pujante. A luz das lamparinas e lampiões perdendo seus brilhos para o sol que acabara de nascer reluzindo frenesi de suor na pele morena de tuas meninas moças, nos batuques, dos arrabaldes da grã-finagem.

Ah! Belém, quanta saudade da hora do ângelus e o quanto das cigarras, cúmplice da missa das 18h da Matriz, com a participação da população simples e dos acadêmicos membros de tua intelectualidade.

Belém querida, me afogo em nostalgia do teu passado glorioso e desperto para o teu amanha venturoso. Preservar os teus retratos, guardar tuas memórias e principalmente recolher tuas ruínas transformando-os os teus pedaços e a partir deles reinventar os teus sonhos.

Permaneço na minha Manaus, a continuar sentindo saudades, com fortes lembranças do tempo que te conheci, lembrando a sombra das mangueiras frondosas da Avenida Nazaré, do Sírio de Nazaré, do carimbó, da tua culinária, que é só tua.

Quero te fotografar na minha mente e apropriar-me de retratos múltiplos e variados na beleza dos tempos de antanho. Teus imortais da Academia Paraense de Letras com seus discursos inflamados promovem as realizações do espírito para cultivar o saber e as artes, que se reveste de uma importância ainda maior. Isso evidencia o compromisso e as responsabilidades dos membros desta casa consagrada ao saber, que trabalham incansavelmente os valores, os bens espirituais e a construção de uma sociedade esclarecida e cidadã.

Academia Paraense de Letras

Abrahim Baze em visita à Belém do Pará, Ivanildo Ferreira Alves, Presidente da Academia Paraense de Letras, Sara Rodrigues, membro da Academia Paraense de Letras e Nazaré de Melo, também membro da Academia Paraense de Letras na Feira Pan Amazônica do livro. Foto: Acervo Abrahim Baze.

“[…] Fundada em 3 de maio de 1900, por um grupo de escritores e teve como primeiro presidente Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará. A mais importante entidade literária do Estado do Pará, é a terceira mais antiga do Brasil, depois da Academia Cearense e da Academia Brasileira de Letras.

Os principais objetivos da Academia Paraense de Letras são fomentar o desenvolvimento da literatura e da produção cultural regional, estimular a pesquisa em linguística e literatura e homenagear as realizações de ilustres escritores e estudiosos paraenses. Promove eventos literários, conferências e palestras, além de conceder prêmios literários de prestígio para reconhecer obras de destaque em diferentes gêneros.

A Academia Paraense de Letras (APL) é uma instituição cultural que tem como objetivo promover e preservar a literatura e a cultura paraense, além de reconhecer e homenagear os escritores e intelectuais do estado.

A instituição realiza diversas atividades, como sessões solenes, lançamentos de livros, conferências, debates e premiações literárias. Além disso, a Academia Paraense de Letras mantém uma biblioteca com um acervo significativo de obras literárias paraenses e brasileiras.

A Academia Paraense de Letras desempenha um papel importante na preservação e valorização da cultura e literatura do Pará, promovendo a produção literária local e incentivando o estudo e a divulgação das obras dos escritores paraenses”.

Ivanildo Ferreira Alves – Jurista, atual presidente da Academia Paraense de Letras, tem uma trajetória de conquistas de vários prêmios em seus trabalhos literários. Nasceu na cidade de Maracanã, em 1961, no Estado do Pará.

Ivanildo Ferreira Alves, Presidente da Academia Paraense de Letras. Foto: Divulgação

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

Estudantes paraenses publicam artigo científico sobre tamanho da degradação florestal na Ilha de Caratateua

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O Programa Forma Pará, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), tem gerado resultados em todo o Estado. Na Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira (Funbosque), alunos do curso de Tecnologia em Geoprocessamento lançaram um artigo científico visando medir o tamanho da degradação florestal na Ilha de Caratateua (Outeiro), além de divulgar meios de intervenção para este problema.

Com o título ‘Estimativa e implicação do déficit da cobertura florestal na ilha de Caratateua na Amazônia paraense por técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto’, o artigo foi publicado na revista Caderno Pedagógico, que atualmente está classificada como um periódico de excelência internacional pelo Índice Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Foto: Divulgação

Um dos autores envolvidos na realização do artigo, o aluno Rodrigo Soares, esclareceu que a pesquisa foi feita por meio de técnicas de análise de imagens de satélite, como o geoprocessamento e o sensoriamento remoto. A partir das imagens, registradas entre 1986 e 2023, foram obtidos dados sobre o solo, cobertura vegetal de toda a área florestal da ilha e o crescimento populacional desenfreado, que vem acarretando problemas para todo o ecossistema local.

Rodrigo pontuou a importância de tratar sobre a questão da degradação ambiental para que se tenha uma reflexão de medidas que busquem solucionar esta problemática.

Foto: Divulgação

O aluno Douglas Souza afirmou que o artigo surgiu da necessidade de produzir algo voltado para preservação ambiental na Ilha de Caratateua. Ele informou que durante o curso de Tecnologia em Geoprocessamento foram ofertadas uma série de disciplinas direcionadas para as áreas que estão precisando de profissionais no mercado de trabalho, como cartografia temática, branco de dados e programação. “Eu já sou formado na área de Gestão Ambiental. Então, eu vi nessa graduação uma oportunidade de poder potencializar minha vida profissional”, acrescentou Douglas.

Segundo o professor e coordenador, Paulo Melo, o curso de Tecnologia em Geoprocessamento formará profissionais capacitados para atuarem na gestão e planejamento ambiental dentro e fora do Pará. Ele afirma que a graduação já tem gerado resultados excepcionais. “Os alunos estão realizando os seus estágios profissionais em instituições de renome e têm participação em grupos de pesquisas da faculdade e participado de publicações de artigos científicos em revistas indexadas pela CAPES”, concluiu o professor.

O curso de Tecnologia em Geoprocessamento, oferecido pelo Programa Forma Pará na Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira (Funbosque) é ofertado na modalidade intensiva com duração de três anos. Atualmente, a graduação conta com um total de 22 alunos matriculados no quinto período letivo. 

*Com informações da Agência Pará

Avenida Umberto Calderaro e viaduto Josué Cláudio de Souza começam a receber obras de esgotamento sanitário a partir desta segunda-feira (05)

A avenida Umberto Calderaro Filho, localizada no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul da cidade, irá receber obras de ligação nova de esgoto, a partir desta segunda-feira (05). O viaduto Josué Cláudio de Souza, que dá acesso da avenida Boulevard para Umberto Calderaro, também receberá intervenções para implantação de rede coletora. Os serviços ocorrem no período noturno, das 22h às 5h, e têm previsão para serem concluídos na segunda quinzena de agosto.

Durante as intervenções, agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) irão atuar com orientações aos motoristas que trafegam pelo local. No viaduto, serão implantados cerca de 100 metros de rede coletora. Lá, os serviços se concentram na faixa da esquerda, deixando as outras faixas livres para o trânsito.

Na outra frente de obra, na avenida Umberto Calderaro Filho, o serviço ocorrerá primeiramente na faixa da direita, entre as ruas Marciano Armond e Salvador, com serviços de execução de ligações novas. Posteriormente, a intervenção será realizada me mesmo trecho, na faixa da esquerda.

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Os serviços ocorrem no período noturno e devem durar cerca de 20 dias. Foto: Águas de Manaus

Todo esgoto coletado nesta área será transportado até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Educandos. Na unidade o efluente irá passar por um minucioso tratamento para, posteriormente, ser devolvido à natureza livre de contaminações. Atualmente, são tratados 62 milhões de litros de esgoto por dia.

As obras fazem parte do programa Trata Bem Manaus, que irá universalizar os serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.

*Por Águas de Manaus

Amazônia Cine Sol: projeto de cinema itinerante movido a energia solar chega a Manaus

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O primeiro cinema itinerante movido por meio de energia solar projetado para o estado do Amazonas chega à capital. Após uma série de exibições no interior do Estado e em comunidades indígenas, o Projeto Amazônia Cine Sol começa a ser apresentado em Manaus e iniciou esta segunda fase de exibições na comunidade indígena Wotchimaücü, no bairro Cidade de Deus, no último sábado (3) (saiba quando são as próximas sessões abaixo).

A programação é gratuita e aberta à população local. Durante a ação, o projeto, contemplado em edital da Lei Paulo Gustavo, faz distribuição gratuita de guloseimas, pipocas e refrigerante aos participantes.

Para a idealizadora do projeto, a jornalista e engenheira eletricista Liliane Costa, criar toda a atmosfera de uma sala de cinema também envolve cheiros e sabores, que são fundamentais para a experiência de quem nunca frequentou um cinema. Por isso, o projeto Amazônia Cine Sol procura sempre oferecer ao seu público uma experiência sensorial e emocional completa.

Foto: Divulgação

Produção regional

O evento busca valorizar a produção cinematográfica regional amazonense e temas de conservação e preservação da Amazônia. As exibições usam a energia do sol por meio de placas solares, para dar toda a eletricidade necessária em lugares de difícil acesso. Para cada exibição na capital, serão projetados curtas e longas com temas regionais amazônicos, de classificação livre para atender principalmente o público infantil.

Ao final das exibições, a palhacinha Lilika faz perguntas sobre temas ambientais exibidos durante o filme, faz sorteio de brindes e distribui doces para a garotada, terminando a ação em um clima de muita emoção e alegria.

Além das exibições dos filmes, os participantes assistem a palestras sobre a utilização de energia limpa e metodologias de conservação e preservação do meio ambiente.

Próximas sessões

No dia 10 de setembro, a exibição será no Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy – (Eamaar), e no dia 17 de setembro na Comunidade do Alvorada II – Beco Liatmis, entre as Ruas 12 e 13 do Bairro da Alvorada II.

*Com informações da Secretaria de Cultura do Amazonas

Títulos verdes: entenda as vantagens e riscos dos títulos sustentáveis

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Os títulos verdes (green bonds) são títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações multilaterais para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade. De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de 1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.

A primeira emissão de títulos públicos sustentáveis deverá superar US$ 1 bilhão, é o que afirma o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Segundo ele, o volume exato não pode ser informado por questões de mercado.

Títulos federais lançados no exterior, os papéis são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Em vez de receber meros juros financeiros, investidores estrangeiros receberiam os rendimentos de um projeto sustentável, que ficariam entre 6,15% e 8% para os compradores dos títulos.

As emissões de títulos ligados a projetos de sustentabilidade ou a metas de governança ambiental e social bateram recorde no Brasil. Segundo estimativas pelo Banco Central (BC), em 2020 e 2021 foram lançados US$ 20 bilhões por meio desse tipo de papel.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As empresas não financeiras são as principais emissoras de títulos sustentáveis. Desde 2016, elas concentram 88% dos papéis desse tipo lançados no mercado externo e 89% do volume doméstico. “Os setores de papel e celulose e alimentos e bebidas são predominantes nas emissões no mercado externo, enquanto o de energia elétrica destaca-se nas emissões no mercado doméstico”, ressalta o relatório.

A maior parte dos recursos levantados vem do exterior. O mercado internacional representa 74% do volume financeiro arrecadado pelas empresas desde 2015, com o mercado doméstico respondendo pelos 26% restantes. “Em 2021, cerca de apenas 7% das emissões no mercado doméstico apresentaram características de sustentabilidade, sendo tal proporção de 47% no caso das emissões externas”, explicou o relatório do BC.

No mercado doméstico, os green bonds (títulos verdes) concentram a maior parte dos títulos sustentáveis. A maior parte das emissões ocorre por meio de debêntures (68%) e de letras financeiras (8%), mas também via outros instrumentos de investimento, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Fundos de Investimento Imobiliários (FII), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) e empréstimos.

Risco cambial

Apesar de as emissões ocorrerem em dólares, o secretário do Tesouro disse que a operação não traz risco cambial para o Brasil, aumento da dívida por causa de uma eventual desvalorização do real. Segundo Ceron, se o dólar dobrar de valor, o país diminui sua dívida líquida porque as reservas internacionais se valorizariam ao serem convertidas em reais.

Atualmente em US$ 342,732 bilhões, as reservas internacionais servem como uma espécie de seguro em caso de desvalorização cambial por abaterem o cálculo da dívida líquida, que confronta os ativos e os passivos do governo. A dívida bruta, no entanto, sobe em caso de alta do dólar.

Apesar do volume recorde, o BC alerta para riscos na emissão de títulos sustentáveis para os emissores e tomadores. Os principais são o risco financeiro e o de imagem.

“O risco financeiro decorre do aumento no custo da dívida em caso de descumprimento das metas quando o financiamento acontece sob a forma de SLB. O risco de imagem pode ser associado tanto ao descumprimento das metas como ao greenwashing [lavagem de dinheiro por meio de instrumentos verdes], prática que coloca em risco a própria reputação do mercado de emissões sustentáveis”, conclui a autoridade monetária.

Fundo Clima

O Conselho Monetário Nacional regulamentou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). Com R$ 10 bilhões previstos para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, o fundo, existente desde 2009 e operado pelo Ministério do Meio Ambiente, terá taxas de retorno de 6,15% a 8%, as mesmas das emissões dos títulos verdes. Essas são as taxas que os projetos financiados deverão gerar para o fundo.

O nível mínimo de 6,15% considerou os juros da última emissão de papéis do Tesouro no exterior. Anteriormente, as taxas de retorno dos empréstimos para o Fundo Clima estavam entre 0,1% e 3%.

Haverá exceção para projetos em áreas com demanda menor por recursos e menos atrativas. Nesse caso, as taxas poderão ser de no mínimo 1%. Entre os tipos de projetos na lista de exceções, estão os destinados ao desenvolvimento sustentável de florestas nativas e à proteção de recursos hídricos. A expectativa é que os projetos de menor atratividade consumam apenas 8% dos recursos do Fundo Clima.

Em relação aos projetos mais atrativos, que terão taxas de retorno maiores e consumirão os 92% restantes do fundo, estão empreendimentos de transição energética, indústria verde e gestão de resíduos sólidos. A resolução aprovada pelo CMN entra em vigor em 1º de setembro.

Pesquisa mapeia experiências de estudantes em bibliotecas acadêmicas em Mato Grosso

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O aprimoramento das bibliotecas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é o principal ponto da pesquisa desenvolvida por Carolina Alves Rabelo no Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia de Produção (PPGPEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) por meio de parceria com a UFMT.

A mestranda, que também é supervisora da Biblioteca da UFMT no Câmpus de Sinop, busca compreender as diversas dimensões da experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas.

O estudo, que inclui também uma pesquisa diretamente com os estudantes, inclui aspectos físicos, afetivos, cognitivos, sociais e tecnológicos, bem como o impacto dessa experiência na satisfação e no sucesso acadêmico dos estudantes. 

Foto: Divulgação/UFMT

O levantamento de dados acontece para mapear melhor a experiência de estudantes na bibliotecas.

“Embora a experiência seja subjetiva, o método quantitativo adotado na pesquisa nos permite obter uma compreensão mais ampla das experiências dos estudantes nas bibliotecas.Nosso objetivo é entender como diversos elementos associados à biblioteca incluindo o conforto físico, os aspectos afetivos, os recursos tecnológicos, as interações sociais e os fatores cognitivos – influenciam as percepções sobre o uso das bibliotecas”, relata a supervisora sobre o questionário que leva menos de 8 minutos para ser concluída.

O estudo acadêmico garante o anonimato dos participantes e está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O levantamento também permite compreender a relevância da biblioteca para você ajudará a melhorar os serviços e criar um ambiente mais acolhedor e eficiente para todos. 

Estudo é aberto para todos os câmpus da UFMT

Carolina Alves Rabelo comenta que devido à missão da biblioteca de fornecer suporte ao processo educacional, há uma atenção especial nas relações com os estudantes.

“Assim, temas como qualidade, satisfação e, mais recentemente, a experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas têm ganhado destaque na pesquisa científica. Estudos recentes têm focado em compreender como a experiência em bibliotecas pode afetar a satisfação, a retenção e o sucesso acadêmico dos estudantes”, destaca acrescentando que investigar a experiência também é crucial para entender o valor e a relevância da biblioteca para a comunidade acadêmica, avaliando como ela atende às necessidades e a qualidade dos serviços oferecidos.

A pesquisa está aberta para pessoas que acessam as bibliotecas da UFMT nos câmpus  Araguaia, Cuiabá, Sinop e Várzea Grande. 

“Com a nossa pesquisa buscaremos validar um modelo conceitual sobre a avaliação da experiência do estudante em bibliotecas acadêmicas, inexistente na literatura sobre o tema. O modelo proposto ampara o formato de avaliação que poderá ser utilizado por bibliotecas que querem compreender a experiência dos estudantes, podendo ser aplicado de forma contínua por essas instituições”, relata a Carolina Alves Rabelo.

*Com informações da UFMT

Estiagem: município amazonense tem aumento de 100% em preços de alimentos e vê poço secar

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A seca que atinge o Amazonas continua castigando o município de Envira, localizado na região sudoeste do estado. Um relatório da Defesa Civil municipal divulgado na terça-feira (30) aponta que nove comunidades rurais estão isoladas e o comércio sofre com o aumento desenfreado dos preços por conta da escassez de alimentos. Um poço que atende moradores da área urbana da cidade também secou.

O fenômeno já atinge mais de 10 mil pessoas e tem causado desabastecimento na cidade. O cenário vivido em Envira é esperado para todo o estado. Isso porque, o governo do Amazonas prevê que a situação neste ano pode ser ainda pior do que a vivida no ano passado, quando foi registrada a maior seca da história do estado.

Até o momento, 20 das 62 cidades do Amazonas já estão em situação de emergência. Na capital Manaus, o Rio Negro desceu 1,61 metros só em julho.

A reportagem do Grupo Rede Amazônica teve acesso ao relatório de monitoramento da estiagem no município feito pela Defesa Civil. No documento, o chefe do órgão, Ismael Dutra, disse que pelo menos nove comunidades rurais estão isoladas:

  • Comunidade Niterói (Rio Envira) – 56 afetados;
  • Comunidade Lago do Zé Anjo (Rio Envira) – 112 afetados;
  • Comunidade Aldeia Macapá (Rua Alto Tarauacá) – 509 afetados;
  • Comunidade Lago dos Patos (Rua Alto Tarauacá) – 24 afetados;
  • Comunidade Brisa (Rua Alto Tarauacá) – 39 afetados;
  • Comunidade Aty III (Rua Alto Tarauacá) – 280 afetados;
  • Comunidade Igarapé do Rato (Rua Baixo Tarauacá) – 80 afetados;
  • Comunidade Igarapé do Repartimento (Rua Baixo Tarauacá) – 100 afetados;
  • Comunidade Amarram (Rua Baixo Tarauacá) – 56 afetados.

A seca também tem provocado o aumento desenfreado dos preços de alimentos e itens de materiais de construção na cidade. Segundo Dutra, o preço do fardo de farinha, com 50 quilos, que, anteriormente podia ser adquirido por R$ 120, hoje é vendido por R$ 270. “Frangos congelados aumentaram 25%, verduras, frutas, legumes tiveram aumento de 100%”, explicou.

Além disso, materiais de construção civil também estão desaparecendo dos comércios. “Tá faltando cimento e ferro. O pouco que tem aumentou em 25%. É uma situação complicada”, explicou.

O chefe da Defesa Civil disse que um dos seis poços artesianos que atendem à sede do município secou. Para atender às comunidades foi preciso deslocar um caminhão pipa.

Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal

A reportagem questionou a Defesa Civil estadual para saber as medidas adotadas para minimizar os impactos da estiagem em Envira, e aguarda resposta.

Ações preventivas

As previsões indicam que a seca em 2024 pode ser tão severa quanto a de 2023. Por isso, o governo estadual decretou estado de emergência em 20 municípios, situados nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões.

O governo também decretou emergência ambiental no estado devido a queimadas registradas no sul do Amazonas, Manaus e região metropolitana. Os decretos têm validade de 180 dias.

Ainda conforme o governo, ações voltadas para o abastecimento de água potável, insumos e medicamentos para a saúde, produção rural, logística para a manutenção do funcionamento da rede estadual de educação, ajuda humanitária e dragagem dos rios são os principais focos do cronograma de atividades do plano de contingência do governo.

Municípios da calha do Juruá já estão recebendo medicamentos e insumos para a saúde, como Guajará, Envira e Ipixuna, segundo a Secretaria de Saúde do Amazonas. Nas localidades, com a vazante dos rios, o transporte fluvial já está sendo prejudicado.

*Com informações da Rede Amazônica AM

Seis povos indígenas brasileiros expõem peças de artesanato em Brasília e pedem visibilidade

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No pescoço da artesã indígena Airy Gavião, de 68 anos, o colar com o muiraquitã (pequena pedra em forma de rã) significa muito mais do que um adereço que ela produz. “É o amuleto das mulheres guerreiras. Isso tem um significado muito forte para mim”.

Tão forte que faz lembrar quando, aos 18 anos, decidiu deixar, com saudade, a comunidade de Aturiaí, no Pará, para tentar a vida em Brasília. Chegou com o muiraquitã e contava sua história a quem não conhecia, dizendo que o artesanato que aprendeu em casa era o símbolo da própria vida. 

Até sexta-feira (9), o Dia Internacional dos Povos Indígenas, artesãos como Airy expõem seus trabalhos em uma feira organizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no prédio onde está sediado o órgão, no centro da capital.

Bruno Peres. Foto: Agência Brasil

Airy Gavião trabalha com todo tipo de artesanato, inclusive pinturas figurativas de indígenas e natureza. Ela ensinou a arte aos três filhos, que nasceram em Brasília. Os trabalhos que ela cria também são uma forma de voltar a se sentir na comunidade no Pará. “Tenho saudades de quando fazia farinha escaldada. De estar lá junto. De brincar. Todo mundo junto e cantando. Sinto falta do sentido de coletividade”.

Conhecimentos ancestrais

Na mostra, estão à venda peças feitas por indígenas dos povos Gavião, Pataxó, Kariri Xocó, Guajajara e Bororo.

Segundo diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, a feira pode colaborar com a geração de renda e o fortalecimento das atividades produtivas que  enriqueçam a cultura indígena.

“[É] sempre bom ressaltar que tudo que se vê em uma feira indígena é fruto dos conhecimentos ancestrais representados nos pequenos objetos que se pode ver nessa exposição”, afirmou Lucia Alberta. 

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

A artesã Murian Pataxó, de 49 anos, que vive em uma comunidade indígena na região administrativa do Paranoá, diz que esse saber ancestral representa modo de vida e de renda para eles. Murian lembra que tudo o que aprendeu foi com os pais e avós em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, e fazem recordam de quando foram ensinadas a reunir as sementinhas de morototó e de açaí, por horas a fio no cordão.

Gerações

As gerações mais novas garantem que não deixarão essa arte secar com o passar do tempo. A artesã Bruna Togojebado, de 30 anos, diz que tem felicidade de explicar o que aprendeu para a filha, de 9 anos. “Estou grávida e quero o melhor para quem vai vir depois da gente. A gente passa de pais para filhos essa sabedoria”.

Uma novidade é  que os mais novos estão ensinando os mais velhos a vender os produtos pela internet.

Aliás, o local de exposição e venda dos produtos foi motivo de descontentamento para os indígenas no primeiro dia da da feira. Os artesãos reclamaram para a Funai que gostariam de um espaço com mais visibilidade no próprio Edifício Parque Cidade Corporate.

A artesã Jacy Pataxó, de 50 anos, afirma que as peças estão expostas em um corredor onde há pouca movimentação de visitantes e que é preciso fazer um ajuste. “A gente depende das vendas. Queremos um lugar mais visível”. Consultada pela reportagem sobre esse tema, a Funai não se manifestou.

*Com informações da Agência Brasil

Entenda a importância da ingestão de líquidos durante atividades físicas no calor da Amazônia

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O calor chegou na região amazônica. Com os termômetros variando de 33 a 35 graus na Amazônia, a perda de líquidos e sais minerais durante as atividades físicas fica ainda mais intensa. Por isso, com a chegada da época mais quente do ano na região, a nutricionista da Policlínica Metropolitana do Pará, em Belém, chama a atenção da população aos principais cuidados que devem ser tomados para manter a saúde e a hidratação em dia.

A nutricionista Alessandra Macedo alerta que com o verão amazônico chegando é preciso cuidado e uma boa hidratação já que 45 a 75% do peso do corpo é de água. “É por isso que em elevadas temperaturas e atividades físicas, se faz necessário um consumo de água adequado. A recomendação geral é de pelo menos 2 litros de água por dia para um adulto saudável”, explicou.

A profissional também dá outra dica. Para calcular o consumo de água ideal, basta multiplicar o peso do corpo por 35 ou 40 ml, e o resultado é a quantidade que deve ser consumida diariamente. O alerta também é válido para quem pratica atividades físicas.

Foto: Rogério Uchoa/Agência Pará

Riscos

No entanto, a nutricionista chama a atenção para consumo inadequado de água que pode levar ao risco de desidratação, onde os principais sintomas são: sede intensa; boca seca; fadiga; tontura; mudança da elasticidade da pele; alteração na cor da urina. Além disso, há risco de queda de pressão arterial, observada quando a pessoa percebe tontura ao se levantar da posição deitada para em pé.

“Por isso, use garrafinhas de água nos espaços que você mais permanece durante o dia, como quarto, sala, cozinha, academia e trabalho. Pequenos cuidados ajudam muito na sua saúde”, finaliza a profissional.

*Com informações da Agência Pará

‘Belém: capital do Turismo do G20’: série apresenta experiências turísticas da cidade

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Em setembro, a cidade de Belém, capital do Pará, será palco da reunião de ministros do Turismo do G20. A escolha da cidade para sediar o encontro reflete o reconhecimento da riqueza do estado e destaca o potencial turístico de toda a Região Norte. Conhecida por sua diversidade, cultura vibrante e belezas naturais, Belém está se preparando para receber turistas e participantes desse evento global.

Para receber os visitantes nessa jornada cultural, o Ministério do Turismo está empenhado em garantir que Belém esteja pronta para impressionar a todos. Além de apoiar melhorias na infraestrutura turística e investimentos na rede hoteleira local, o ministério lançará uma forte campanha promocional para mostrar ao mundo o que o Pará tem de melhor.

O MTur apresentará uma série de vídeos promocionais em suas redes sociais, destacando o turismo, a diversidade e a pluralidade da região. Com a assinatura “Belém: capital do Turismo do G20”, os vídeos têm o objetivo de mostrar ao mundo a singularidade e a riqueza cultural de Belém, enfatizando suas tradições, festivais, gastronomia, música, além das belezas naturais da Amazônia.

Em oito capítulos, os turistas poderão viver verdadeiras experiências e sentir toda a atmosfera que envolve a cultura e as tradições paraenses. Perceber como é fazer um passeio de barco até a Ilha das Onças, atravessando a Baía do Guajará até a casa de um morador ribeirinho ou, ainda, sentir a energia ao se banhar em águas que cortam a Amazônia com um banho de cheiro perfumando por ervas e plantas locais.

O paladar estará sempre à prova, pois em cada novo episódio, a culinária paraense, com origem na cozinha indígena marajoara e dos povos da floresta, se fará presente trazendo a força do açaí ou a delicadeza do sabor dos seus peixes. As delícias da Cairu, com destaque para o carimbó, sabor premiado como o melhor sorvete do Brasil, também marcam presença.

Leia também: Sorvete de açaí feito no Pará é eleito um dos mais icônicos do mundo pela segunda vez

A vida urbana pujante da cidade também será destacada, com espaços como a Casa na Mata, palco para artistas locais exporem fotografias, esculturas e toda a diversidade amazônica, ou o Ôvibe, que reúne música, entretenimento, cultura, arte e moda autoral agitando todos que chegam ao local.

Então se prepare e embarque nessa viagem à capital do Turismo do G20. Embarque na energia paraense e na vibrante atmosfera de valorização cultural de Belém como um destino turístico de destaque no cenário internacional.

Confira o primeiro vídeo da série:

*Com informações do Ministério do Turismo