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Alerta: com crescimento de queimadas, qualidade do ar piora no Acre

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De acordo com a plataforma Purple Air, que reúne dados de sensores instalados em todo o Acre, as medições se mantêm abaixo do considerado preocupante na maioria das cidades, mas a exposição à poluição atual acima de 24h traz riscos a crianças, idosos e pessoas que possuem condições de saúde delicadas, como problemas respiratórios e baixa imunidade.

Conforme o monitoramento, índices acima de 250 µg/m3 são classificados como alerta para emergência em saúde, com probabilidade de afetar toda a população em 24h de exposição. Ainda de acordo com o monitoramento, o índice está nessa média desde a quinta-feira, 1º de agosto.

Até as 8h deste domingo (4), a cidade de Brasiléia era a única com poluição acima do considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com 2040 microgramas de partículas por metro cúbico (µg/m3).

Em seguida, Rio Branco aparece com 28µg/m3 no medidor instalado no campus da Universidade Federal do Acre. Os outros dois sensores marcavam 11 e 10µg/m3. Ambos os índices estão dentro do aceitável, mas com riscos à população vulnerável pela exposição acima de 24h.

Outros cinco municípios aparecem com poluição de 10µg/m3 ou mais: Santa Rosa do Purus (18µg/m3), Xapuri (16µg/m3), Assis Brasil (14µg/m3), Sena Madureira (12) e Manoel Urbano (10).

Tarauacá tem índice de 6µg/m3, considerado satisfatório e sem riscos à saúde. Bujari e Jordão têm 0µg/m3 de poluição, e o sensor instalado em Marechal Thaumaturgo não apresentou medição. Os demais municípios não constam com monitoramento na plataforma. Cobija, cidade da Bolívia que faz fronteira com o Acre, tem índice de 52µg/m3.

Os índices constatados pela plataforma são atualizados em tempo real e, de acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros do Acre, Francisco Freitas, se traduzem nos dias de julho e início de agosto. Na última semana, segundo o capitão, a qualidade do ar no estado ficou com média três vezes acima do recomendado pela OMS.

Com o aumento das queimadas, a população fica exposta a poluentes por períodos prolongados, e é exatamente isso que traz efeitos à saúde. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação atendeu 2.227 ocorrências relacionadas a focos de calor no último mês, sendo o maior índice nos últimos três anos.

Queimadas em julho

O Acre teve o maior número de queimadas no mês de julho em oito anos com 544 focos detectados até essa terça-feira (30) de acordo com o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês acumula a maior quantidade de queimadas no ano.

Os registros do ano, entre janeiro e o dia 30 deste mês, somam 10% do total de 2023, já que no ano passado foram 6.562 focos detectados.

Com o índice, o estado é o 15º em todo o país e o 6º da região Norte, na frente apenas do Amapá. O número também é a terceira maior marca da série histórica iniciada em 1998.

Em 2023, o mês de julho acumulou 212 focos de queimadas no Acre. Ou seja, o estado teve um aumento de 156% no mês em um ano.

O índice preocupa principalmente por conta da tendência de aumento que o levantamento mostra a partir do mês de agosto.

No monitoramento do Inpe, em 19 dos 25 anos pesquisados, a quantidade de queimadas ficou acima de 1 mil focos no oitavo mês do ano. Em 2023, o número ficou em 1.388 naquele mês.

De junho a julho, o número de queimadas também teve aumento. Nos últimos 30 dias, o salto foi de 438%, saindo de 101 focos.

Naquele mês, o Acre também registrou aumento em relação ao ano anterior, já que em junho de 2022 foram 31 focos registrados.

*Por Victor Lebre, da Rede Amazônica AC

Filme gravado no Amapá retrata violência doméstica contra ribeirinhas

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Inspirado em vivências de mulheres ribeirinhas que sofrem violência doméstica, um grupo de quatro amigos produziu às margens do Rio Jari, no extremo sul do Amapá, o filme ‘Marcas da Vida’. A obra, que já havia sido gravada em 2018, neste ano ganha uma nova versão para ser apresentada em eventos em Brasília (DF) e Salvador (BA).

A principal característica da trama é contar histórias da vida real, isso porque a narrativa gira em torno de uma mulher (Dona Marta) que sempre foi violentada pelo marido (Alberto), mas tem a vida mudada quando ele é preso e passa mais de 20 anos encarcerado.

O enredo do filme toma outra direção quando, após o período de prisão, o homem volta e com ele os antigos problemas também.

“Enquanto homem, eu tenho esse trabalho como ferramenta de falar de forma clara e direta sobre esse tema delicado que tem assolado o berço familiar amapaense, e enquanto diretor é uma honra poder trazer à sétima arte mais de 40 não atores a se verem nas telas de um cinema, contando ainda com dois atores nacionais com trabalhos de peso compartilhando das suas vivências com os nossos artistas locais”, disse Dios Furtado, diretor do filme.

Outra história que se destaca na trama é da personagem Patrícia. Uma mulher que ainda jovem se casou com um homem violento e, em um dos episódios de agressão, quase morreu.

Para o elenco, foram selecionadas pessoas comuns de Laranjal do Jari, dando prioridade para aqueles que nunca tinham tido contato com o audiovisual. Além disso, os atores nacionais Waldo Piano e Mario Cardona Jr foram convidados para participar do filme.

Ao todo, o projeto conta com 45 atores de Laranjal do Jari e os dois convidados. Segundo os produtores, foram dez dias de gravações em vários bairros e nas comunidades ribeirinhas do município.

Além da direção de Furtado, o filme é co-dirigido por Wanderson Viana e na produção executiva está a poetiza Kassia Modesto.

De acordo com a produção, a previsão do lançamento oficial do filme é para o final do mês de setembro, no município onde foram realizadas as gravações.

Parte do elenco do filme. Foto: Reprodução/Marcas da Vida

Serviço

Apresentação do teaser do Filme Marcas da vida
18º Jornada Lei Maria da Penha
Data: 07 e 08/08/2024
Local: Brasília (DF)

27ª Semana pela Paz em Casa
Data: 19 a 23 de agosto de 2024
Local: Brasília (DF)

Mulheres na Justiça
Data: 12 e 13/09/2024
Local: Conselho Nacional de Justiça Brasília-DF

16º Fonavid
Data: 02 a 06 de dezembro de 2024
Local: Salvador (BA)

Lançamento oficial do filme Marcas da Vida
Data: última semana de setembro
Local: Laranjal do Jari e Macapá

*Por Mariana Ferreira, da Rede Amazônica AP

Parte do crédito de mais de R$ 1 bilhão para a Terra Indígena Yanomami é destinada a ações socioassistenciais em estados e municípios

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OGoverno Federal destinou cerca de R$ 19 milhões para Roraima, Amazonas e municípios de ambos os estados que possuem concentração de população Yanomami. O território abriga mais de 30 mil indígenas em 384 comunidades dos povos Yanomami e Ye’Kwana. em uma área de cerca de 9,5 milhões de hectares. Os recursos são oriundos de Medida Provisória do Governo Federal, transformada na lei 14.922/2024, que abre crédito extraordinário de mais de R$ 1 bilhão para a proteção da Terra Indígena Yanomami.  

Conforme a portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o repasse emergencial de recursos tem como objetivo a realização de ações e serviços socioassistenciais aos indígenas para o enfrentamento às vulnerabilidades e riscos sociais vividos pelo povo Yanomami, decorrentes da situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. 

Nos dias 1º e 2 de agosto, a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Lucia Alberta, participarão de reuniões com integrantes do Governo Federal. Entre eles, estão a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), do MDS, e prefeituras dos municípios de Roraima que receberão os repasses. 

Estão previstas reuniões com os municípios de Alto Alegre, Mucajaí, Iracema, Caracaraí, Amajari e Boa Vista. A presença da presidenta da Funai visa qualificar a discussão sobre a utilização do repasse de recursos federais aos estados e municípios, para que sejam empregados de modo a atender as necessidades do povo Yanomami, afetado por atividades criminosas na terra que tradicionalmente ocupam.

A Funai é responsável por orientar, executar e articular a política indigenista para promover e proteger os direitos dos povos indígenas. Com a orientação da autarquia, os entes federativos devem incluir os indígenas em seus planejamentos, de maneira integrada, considerando as particularidades e especificidades de cada povo, para o desenvolvimento de políticas públicas que garantam acesso à cidadania, segurança alimentar e autonomia dos povos indígenas, conforme determina a Constituição Federal de 1988. 

Para ações na Terra Indígena Yanomami os Ministérios dos Povos Indígenas, da Justiça e Segurança Pública; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; da Defesa; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; da Pesca e Aquicultura; dos Direitos Humanos e da Cidadania; e das Mulheres, também estão executando políticas públicas específicas. 

*Com informações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas

Dicas para quem ama corridas se proteger no calor da Amazônia

Atletas que buscam desafios na corrida optaram pelo XTERRA Amazônia em 2024. A edição movimentou o município de Novo Airão, no Amazonas, com corridas de 5, 10, 21 e 50 km, além de disputas de thriatlon e ainda a Short track, um mega desafio dedicado a atletas de alta performance.

Mas o calor amazônico não dá trégua esse período do ano e é claro que muitos cuidados precisam ser adotados por quem ama corridas e não quer deixar de praticar a atividade na região. Confira:

XTERRA Amazônia 2024

O XTERRA Amazônia 2024 é uma realização da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e tem o apoio da Braga Veículos; Secretaria Municipal de Inovação, Indústria, Comércio e Turismo da Prefeitura de Novo Airão; Secretaria de Estado do Desporto e Lazer, do Governo do Amazonas.

Belém da Saudade, as memórias que o tempo não apaga

Por Abrahim Baze – literatura@amazonsat.com.br

Querida Belém!

Nos últimos dias tenho pensado na ultima viagem que aí estive a convite da poetiza Sarah Rodrigues, era um momento especial, acontecia a feira Pan Amazônica do livro. Tive oportunidade de participar da feira, rever amigos e fazer outros amigos, muito especial os imortais da Academia Paraense de Letras, revendo e vivenciando a Belle Époque dos teus casarões, que a modernidade dos teus sonhos não apagou, os teus desenganos e, porque não, o teu amanhã de uma Amazônia iluminada

O meu sonho de te encontrar em traje de soirée o dernier cri do Paris n’América, te vejo a assistir La Bohéme, no esplendor do teu Teatro da Paz. Em êxtase, a bailar nos saraus do Palacete Pinho, onde impecáveis acepipes foram encomendados à Casa Carvalhaes. Soberbamente cocotte, a mostrar sua arquitetura construída no período do látex. Tardes alegres na matinée do Cinema Olympio e, necessariamente depois, saborear o charlotine, na terrasse do Grande Hotel, às 17h a espera da tradicional chuva da tarde.

Ah! Belém, quanta saudade! E perdoe-me a pretensão de querer ver-te na sedução do teu passado.

Academia Paraense de Letras. Foto: divulgação

Também te vejo e nem por isso menos querida em estamparia de chita, a seduzir a sonolência da cidade velha com a frivolidade do teu comercio pujante. A luz das lamparinas e lampiões perdendo seus brilhos para o sol que acabara de nascer reluzindo frenesi de suor na pele morena de tuas meninas moças, nos batuques, dos arrabaldes da grã-finagem.

Ah! Belém, quanta saudade da hora do ângelus e o quanto das cigarras, cúmplice da missa das 18h da Matriz, com a participação da população simples e dos acadêmicos membros de tua intelectualidade.

Belém querida, me afogo em nostalgia do teu passado glorioso e desperto para o teu amanha venturoso. Preservar os teus retratos, guardar tuas memórias e principalmente recolher tuas ruínas transformando-os os teus pedaços e a partir deles reinventar os teus sonhos.

Permaneço na minha Manaus, a continuar sentindo saudades, com fortes lembranças do tempo que te conheci, lembrando a sombra das mangueiras frondosas da Avenida Nazaré, do Sírio de Nazaré, do carimbó, da tua culinária, que é só tua.

Quero te fotografar na minha mente e apropriar-me de retratos múltiplos e variados na beleza dos tempos de antanho. Teus imortais da Academia Paraense de Letras com seus discursos inflamados promovem as realizações do espírito para cultivar o saber e as artes, que se reveste de uma importância ainda maior. Isso evidencia o compromisso e as responsabilidades dos membros desta casa consagrada ao saber, que trabalham incansavelmente os valores, os bens espirituais e a construção de uma sociedade esclarecida e cidadã.

Academia Paraense de Letras

Abrahim Baze em visita à Belém do Pará, Ivanildo Ferreira Alves, Presidente da Academia Paraense de Letras, Sara Rodrigues, membro da Academia Paraense de Letras e Nazaré de Melo, também membro da Academia Paraense de Letras na Feira Pan Amazônica do livro. Foto: Acervo Abrahim Baze.

“[…] Fundada em 3 de maio de 1900, por um grupo de escritores e teve como primeiro presidente Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará. A mais importante entidade literária do Estado do Pará, é a terceira mais antiga do Brasil, depois da Academia Cearense e da Academia Brasileira de Letras.

Os principais objetivos da Academia Paraense de Letras são fomentar o desenvolvimento da literatura e da produção cultural regional, estimular a pesquisa em linguística e literatura e homenagear as realizações de ilustres escritores e estudiosos paraenses. Promove eventos literários, conferências e palestras, além de conceder prêmios literários de prestígio para reconhecer obras de destaque em diferentes gêneros.

A Academia Paraense de Letras (APL) é uma instituição cultural que tem como objetivo promover e preservar a literatura e a cultura paraense, além de reconhecer e homenagear os escritores e intelectuais do estado.

A instituição realiza diversas atividades, como sessões solenes, lançamentos de livros, conferências, debates e premiações literárias. Além disso, a Academia Paraense de Letras mantém uma biblioteca com um acervo significativo de obras literárias paraenses e brasileiras.

A Academia Paraense de Letras desempenha um papel importante na preservação e valorização da cultura e literatura do Pará, promovendo a produção literária local e incentivando o estudo e a divulgação das obras dos escritores paraenses”.

Ivanildo Ferreira Alves – Jurista, atual presidente da Academia Paraense de Letras, tem uma trajetória de conquistas de vários prêmios em seus trabalhos literários. Nasceu na cidade de Maracanã, em 1961, no Estado do Pará.

Ivanildo Ferreira Alves, Presidente da Academia Paraense de Letras. Foto: Divulgação

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

Estudantes paraenses publicam artigo científico sobre tamanho da degradação florestal na Ilha de Caratateua

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O Programa Forma Pará, coordenado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), tem gerado resultados em todo o Estado. Na Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira (Funbosque), alunos do curso de Tecnologia em Geoprocessamento lançaram um artigo científico visando medir o tamanho da degradação florestal na Ilha de Caratateua (Outeiro), além de divulgar meios de intervenção para este problema.

Com o título ‘Estimativa e implicação do déficit da cobertura florestal na ilha de Caratateua na Amazônia paraense por técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto’, o artigo foi publicado na revista Caderno Pedagógico, que atualmente está classificada como um periódico de excelência internacional pelo Índice Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Foto: Divulgação

Um dos autores envolvidos na realização do artigo, o aluno Rodrigo Soares, esclareceu que a pesquisa foi feita por meio de técnicas de análise de imagens de satélite, como o geoprocessamento e o sensoriamento remoto. A partir das imagens, registradas entre 1986 e 2023, foram obtidos dados sobre o solo, cobertura vegetal de toda a área florestal da ilha e o crescimento populacional desenfreado, que vem acarretando problemas para todo o ecossistema local.

Rodrigo pontuou a importância de tratar sobre a questão da degradação ambiental para que se tenha uma reflexão de medidas que busquem solucionar esta problemática.

Foto: Divulgação

O aluno Douglas Souza afirmou que o artigo surgiu da necessidade de produzir algo voltado para preservação ambiental na Ilha de Caratateua. Ele informou que durante o curso de Tecnologia em Geoprocessamento foram ofertadas uma série de disciplinas direcionadas para as áreas que estão precisando de profissionais no mercado de trabalho, como cartografia temática, branco de dados e programação. “Eu já sou formado na área de Gestão Ambiental. Então, eu vi nessa graduação uma oportunidade de poder potencializar minha vida profissional”, acrescentou Douglas.

Segundo o professor e coordenador, Paulo Melo, o curso de Tecnologia em Geoprocessamento formará profissionais capacitados para atuarem na gestão e planejamento ambiental dentro e fora do Pará. Ele afirma que a graduação já tem gerado resultados excepcionais. “Os alunos estão realizando os seus estágios profissionais em instituições de renome e têm participação em grupos de pesquisas da faculdade e participado de publicações de artigos científicos em revistas indexadas pela CAPES”, concluiu o professor.

O curso de Tecnologia em Geoprocessamento, oferecido pelo Programa Forma Pará na Fundação Escola Bosque Eidorfe Moreira (Funbosque) é ofertado na modalidade intensiva com duração de três anos. Atualmente, a graduação conta com um total de 22 alunos matriculados no quinto período letivo. 

*Com informações da Agência Pará

Avenida Umberto Calderaro e viaduto Josué Cláudio de Souza começam a receber obras de esgotamento sanitário a partir desta segunda-feira (05)

A avenida Umberto Calderaro Filho, localizada no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul da cidade, irá receber obras de ligação nova de esgoto, a partir desta segunda-feira (05). O viaduto Josué Cláudio de Souza, que dá acesso da avenida Boulevard para Umberto Calderaro, também receberá intervenções para implantação de rede coletora. Os serviços ocorrem no período noturno, das 22h às 5h, e têm previsão para serem concluídos na segunda quinzena de agosto.

Durante as intervenções, agentes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) irão atuar com orientações aos motoristas que trafegam pelo local. No viaduto, serão implantados cerca de 100 metros de rede coletora. Lá, os serviços se concentram na faixa da esquerda, deixando as outras faixas livres para o trânsito.

Na outra frente de obra, na avenida Umberto Calderaro Filho, o serviço ocorrerá primeiramente na faixa da direita, entre as ruas Marciano Armond e Salvador, com serviços de execução de ligações novas. Posteriormente, a intervenção será realizada me mesmo trecho, na faixa da esquerda.

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Os serviços ocorrem no período noturno e devem durar cerca de 20 dias. Foto: Águas de Manaus

Todo esgoto coletado nesta área será transportado até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Educandos. Na unidade o efluente irá passar por um minucioso tratamento para, posteriormente, ser devolvido à natureza livre de contaminações. Atualmente, são tratados 62 milhões de litros de esgoto por dia.

As obras fazem parte do programa Trata Bem Manaus, que irá universalizar os serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033.

*Por Águas de Manaus

Amazônia Cine Sol: projeto de cinema itinerante movido a energia solar chega a Manaus

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O primeiro cinema itinerante movido por meio de energia solar projetado para o estado do Amazonas chega à capital. Após uma série de exibições no interior do Estado e em comunidades indígenas, o Projeto Amazônia Cine Sol começa a ser apresentado em Manaus e iniciou esta segunda fase de exibições na comunidade indígena Wotchimaücü, no bairro Cidade de Deus, no último sábado (3) (saiba quando são as próximas sessões abaixo).

A programação é gratuita e aberta à população local. Durante a ação, o projeto, contemplado em edital da Lei Paulo Gustavo, faz distribuição gratuita de guloseimas, pipocas e refrigerante aos participantes.

Para a idealizadora do projeto, a jornalista e engenheira eletricista Liliane Costa, criar toda a atmosfera de uma sala de cinema também envolve cheiros e sabores, que são fundamentais para a experiência de quem nunca frequentou um cinema. Por isso, o projeto Amazônia Cine Sol procura sempre oferecer ao seu público uma experiência sensorial e emocional completa.

Foto: Divulgação

Produção regional

O evento busca valorizar a produção cinematográfica regional amazonense e temas de conservação e preservação da Amazônia. As exibições usam a energia do sol por meio de placas solares, para dar toda a eletricidade necessária em lugares de difícil acesso. Para cada exibição na capital, serão projetados curtas e longas com temas regionais amazônicos, de classificação livre para atender principalmente o público infantil.

Ao final das exibições, a palhacinha Lilika faz perguntas sobre temas ambientais exibidos durante o filme, faz sorteio de brindes e distribui doces para a garotada, terminando a ação em um clima de muita emoção e alegria.

Além das exibições dos filmes, os participantes assistem a palestras sobre a utilização de energia limpa e metodologias de conservação e preservação do meio ambiente.

Próximas sessões

No dia 10 de setembro, a exibição será no Espaço de Atendimento Multidisciplinar ao Autista Amigo Ruy – (Eamaar), e no dia 17 de setembro na Comunidade do Alvorada II – Beco Liatmis, entre as Ruas 12 e 13 do Bairro da Alvorada II.

*Com informações da Secretaria de Cultura do Amazonas

Títulos verdes: entenda as vantagens e riscos dos títulos sustentáveis

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Os títulos verdes (green bonds) são títulos de renda fixa emitidos por empresas, governos e organizações multilaterais para viabilizar iniciativas econômicas de sustentabilidade. De acordo com o Banco Central, o Brasil responde por pouco mais de 1% das emissões de títulos sustentáveis do mundo, que somaram US$ 1,6 trilhão em 2020 e 2021. Na América Latina, o país está em segundo lugar no volume de títulos, atrás do Chile.

A primeira emissão de títulos públicos sustentáveis deverá superar US$ 1 bilhão, é o que afirma o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Segundo ele, o volume exato não pode ser informado por questões de mercado.

Títulos federais lançados no exterior, os papéis são vinculados a compromissos com o meio ambiente. Em vez de receber meros juros financeiros, investidores estrangeiros receberiam os rendimentos de um projeto sustentável, que ficariam entre 6,15% e 8% para os compradores dos títulos.

As emissões de títulos ligados a projetos de sustentabilidade ou a metas de governança ambiental e social bateram recorde no Brasil. Segundo estimativas pelo Banco Central (BC), em 2020 e 2021 foram lançados US$ 20 bilhões por meio desse tipo de papel.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As empresas não financeiras são as principais emissoras de títulos sustentáveis. Desde 2016, elas concentram 88% dos papéis desse tipo lançados no mercado externo e 89% do volume doméstico. “Os setores de papel e celulose e alimentos e bebidas são predominantes nas emissões no mercado externo, enquanto o de energia elétrica destaca-se nas emissões no mercado doméstico”, ressalta o relatório.

A maior parte dos recursos levantados vem do exterior. O mercado internacional representa 74% do volume financeiro arrecadado pelas empresas desde 2015, com o mercado doméstico respondendo pelos 26% restantes. “Em 2021, cerca de apenas 7% das emissões no mercado doméstico apresentaram características de sustentabilidade, sendo tal proporção de 47% no caso das emissões externas”, explicou o relatório do BC.

No mercado doméstico, os green bonds (títulos verdes) concentram a maior parte dos títulos sustentáveis. A maior parte das emissões ocorre por meio de debêntures (68%) e de letras financeiras (8%), mas também via outros instrumentos de investimento, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI), Fundos de Investimento Imobiliários (FII), Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FDIC) e empréstimos.

Risco cambial

Apesar de as emissões ocorrerem em dólares, o secretário do Tesouro disse que a operação não traz risco cambial para o Brasil, aumento da dívida por causa de uma eventual desvalorização do real. Segundo Ceron, se o dólar dobrar de valor, o país diminui sua dívida líquida porque as reservas internacionais se valorizariam ao serem convertidas em reais.

Atualmente em US$ 342,732 bilhões, as reservas internacionais servem como uma espécie de seguro em caso de desvalorização cambial por abaterem o cálculo da dívida líquida, que confronta os ativos e os passivos do governo. A dívida bruta, no entanto, sobe em caso de alta do dólar.

Apesar do volume recorde, o BC alerta para riscos na emissão de títulos sustentáveis para os emissores e tomadores. Os principais são o risco financeiro e o de imagem.

“O risco financeiro decorre do aumento no custo da dívida em caso de descumprimento das metas quando o financiamento acontece sob a forma de SLB. O risco de imagem pode ser associado tanto ao descumprimento das metas como ao greenwashing [lavagem de dinheiro por meio de instrumentos verdes], prática que coloca em risco a própria reputação do mercado de emissões sustentáveis”, conclui a autoridade monetária.

Fundo Clima

O Conselho Monetário Nacional regulamentou o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima). Com R$ 10 bilhões previstos para financiar projetos de desenvolvimento sustentável, o fundo, existente desde 2009 e operado pelo Ministério do Meio Ambiente, terá taxas de retorno de 6,15% a 8%, as mesmas das emissões dos títulos verdes. Essas são as taxas que os projetos financiados deverão gerar para o fundo.

O nível mínimo de 6,15% considerou os juros da última emissão de papéis do Tesouro no exterior. Anteriormente, as taxas de retorno dos empréstimos para o Fundo Clima estavam entre 0,1% e 3%.

Haverá exceção para projetos em áreas com demanda menor por recursos e menos atrativas. Nesse caso, as taxas poderão ser de no mínimo 1%. Entre os tipos de projetos na lista de exceções, estão os destinados ao desenvolvimento sustentável de florestas nativas e à proteção de recursos hídricos. A expectativa é que os projetos de menor atratividade consumam apenas 8% dos recursos do Fundo Clima.

Em relação aos projetos mais atrativos, que terão taxas de retorno maiores e consumirão os 92% restantes do fundo, estão empreendimentos de transição energética, indústria verde e gestão de resíduos sólidos. A resolução aprovada pelo CMN entra em vigor em 1º de setembro.

Pesquisa mapeia experiências de estudantes em bibliotecas acadêmicas em Mato Grosso

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O aprimoramento das bibliotecas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) é o principal ponto da pesquisa desenvolvida por Carolina Alves Rabelo no Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia de Produção (PPGPEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) por meio de parceria com a UFMT.

A mestranda, que também é supervisora da Biblioteca da UFMT no Câmpus de Sinop, busca compreender as diversas dimensões da experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas.

O estudo, que inclui também uma pesquisa diretamente com os estudantes, inclui aspectos físicos, afetivos, cognitivos, sociais e tecnológicos, bem como o impacto dessa experiência na satisfação e no sucesso acadêmico dos estudantes. 

Foto: Divulgação/UFMT

O levantamento de dados acontece para mapear melhor a experiência de estudantes na bibliotecas.

“Embora a experiência seja subjetiva, o método quantitativo adotado na pesquisa nos permite obter uma compreensão mais ampla das experiências dos estudantes nas bibliotecas.Nosso objetivo é entender como diversos elementos associados à biblioteca incluindo o conforto físico, os aspectos afetivos, os recursos tecnológicos, as interações sociais e os fatores cognitivos – influenciam as percepções sobre o uso das bibliotecas”, relata a supervisora sobre o questionário que leva menos de 8 minutos para ser concluída.

O estudo acadêmico garante o anonimato dos participantes e está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O levantamento também permite compreender a relevância da biblioteca para você ajudará a melhorar os serviços e criar um ambiente mais acolhedor e eficiente para todos. 

Estudo é aberto para todos os câmpus da UFMT

Carolina Alves Rabelo comenta que devido à missão da biblioteca de fornecer suporte ao processo educacional, há uma atenção especial nas relações com os estudantes.

“Assim, temas como qualidade, satisfação e, mais recentemente, a experiência dos estudantes em bibliotecas acadêmicas têm ganhado destaque na pesquisa científica. Estudos recentes têm focado em compreender como a experiência em bibliotecas pode afetar a satisfação, a retenção e o sucesso acadêmico dos estudantes”, destaca acrescentando que investigar a experiência também é crucial para entender o valor e a relevância da biblioteca para a comunidade acadêmica, avaliando como ela atende às necessidades e a qualidade dos serviços oferecidos.

A pesquisa está aberta para pessoas que acessam as bibliotecas da UFMT nos câmpus  Araguaia, Cuiabá, Sinop e Várzea Grande. 

“Com a nossa pesquisa buscaremos validar um modelo conceitual sobre a avaliação da experiência do estudante em bibliotecas acadêmicas, inexistente na literatura sobre o tema. O modelo proposto ampara o formato de avaliação que poderá ser utilizado por bibliotecas que querem compreender a experiência dos estudantes, podendo ser aplicado de forma contínua por essas instituições”, relata a Carolina Alves Rabelo.

*Com informações da UFMT