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98 milhões de reais são aprovados pelo Fundo Amazônia para combater desmatamento no Acre

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A Ministra Marina Silva participou de cerimônia em Rio Branco, capital acreana.

Foto: José Caminha/Secom AC

O governo federal assinou, em Rio Branco (AC), no último dia 11, um repasse de R$ 97,8 milhões do Fundo Amazônia para o governo do Estado do Acre. Os recursos serão destinados ao fortalecimento da prevenção, do controle e do combate a práticas ilegais de desmatamento e incêndios florestais, além de iniciativas de ordenamento territorial e produção agrícola sustentável.

O Fundo Amazônia, maior iniciativa de redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal do mundo, é gerido pelo BNDES em coordenação com o MMA. As diretrizes são estabelecidas por um Comitê Orientador e alinhada ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), retomado pelo presidente Lula em junho de 2023.

Participaram da cerimônia de assinatura do contrato a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), o governador Gladson Cameli e a diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello.

“O Fundo Amazônia ficou parado por quatro anos até ser retomado pelo presidente Lula em 2023. No contrato com o governo do Estado do Acre, estão previstas ações de regularização fundiária com passivos ambientais, que precisam ser regularizadas para acesso a crédito. Também há medidas para dar suporte ao ordenamento territorial das Terras Indígenas e ações direcionadas às atividades produtivas sustentáveis”, 

discursou Marina.

As ações, alinhadas aos planos de prevenção e controle do desmatamento federal e estadual, dividem-se em cinco eixos: monitoramento e controle; ordenamento territorial; produção agrícola sustentável; inventário de emissões e remoções de gases do efeito estufa; e gestão.

Da criação do Fundo Amazônia em 2008 a 2023, os contratos assinados com o Acre somavam R$ 83 milhões. O novo investimento, destacou Campello, é maior que a soma dos aportes anteriores:

“Este projeto apoia uma abordagem ampla e integrada da política socioambiental do Estado do Acre, já levando em conta os critérios orientadores mais atuais do Fundo Amazônia para apoio à prevenção e ao combate a incêndios florestais, além de crimes e infrações ambientais. Sua estruturação pode servir de modelo para projetos de outros governos estaduais da Amazônia Legal, apoiando desde o combate a crimes ambientais até a geração de renda para a população local”, afirmou Campello.

Os recursos financiarão a integração de sistemas de informação para monitoramento ambiental; a prevenção de crimes ambientais, incêndios e queimadas florestais, com fortalecimento do policiamento ambiental, do Corpo de Bombeiros e do patrulhamento aéreo e de fronteira; e a atualização e execução de planos de vigilância das Terras Indígenas do Acre, entre outras ações.

Os investimentos permitirão também a restauração florestal aliada a oportunidades de trabalho para pequenos produtores rurais. Há incentivos à implementação de sistemas agroflorestais, que reúnem no mesmo espaço a produção agrícola e a vegetação nativa. As ações preveem geração de renda para a população local combinada com a redução das emissões de gases do efeito estufa.

“Esses recursos chegam em um momento em que os estados da Amazônia estão precisando investir na preservação ambiental e em atividades sustentáveis. Mas, ao mesmo tempo, existe o nosso compromisso de cumprir as metas de preservação das nossas florestas, determinadas pelo Fundo Amazônia”, afirmou o governador.

Fundo Amazônia

O Fundo já apoiou 110 projetos, em um investimento total de R$ 2 bilhões até o momento. A iniciativa foi retomada em 2023, após quatro anos de paralisação durante o governo anterior.

Desde então, oito países se comprometeram com doações que somam R$ 3,9 bilhões. As contribuições recebidas e contratadas em 2023 somam R$ 726 milhões.

As ações apoiadas já beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 Terras Indígenas na Amazônia e 196 Unidades de Conservação (dados apurados até dezembro de 2022).

Abel Figueiredo

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Foto: Reprodução/Multicípios

Localizado no estado do Pará, Abel Figueiredo é um município que tem um pouco mais de 614,131km² em área territorial e segundo o último censo de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população da cidade chegou a 7.030 pessoas.

O Censo mostra que no ranking de população dos municípios, Abel Figueiredo encontra-se na 137ª colocação no estado.

O nome Abel Figueiredo foi concebido ao município emancipado em 1991, uma homenagem a um político local. A cidade tem o núcleo habitacional que se constituiu através da construção da rodovia PA-070, a partir de 1964.

A mais importante e comum manifestação cultural da cidade é a religiosa, expressa pelo evento do Círio de Nossa Senhora da Conceição realizada todos os anos no mês de dezembro. 

Abreulândia

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Foto: Reprodução/Blog Olhando da Janela do Trem

Localizado em Tocantins, Abreulândia é um município que teve origem em 12 de maio de 1946 com a montagem de um armazém e uma escola, ambos construídos pelo morador Júlio Pinheiro. O armazém foi erguido para atender peões que por ali passavam com destino às cidades vizinhas. Após o falecimento de Júlio Pinheiro em julho de 1947 sua esposa, Sebastiana Pinheiro, deu continuidade ao projeto de criação da cidade.

O município encontra-se na região-oeste de Tocantins, com uma área territorial de 1.906,295km² e população residente de 2.576 pessoas, a cidade teve sua emancipação política em 1º de Maio de 1989 e sua criação foi oficializada pela lei estadual nº 251 em 20 de fevereiro de 199, posteriormente alterada pela Lei Estadual nº 498, de 21 de dezembro de 1992.

Inicialmente chamado de Araguacema, foi elevado à categoria de município com a denominação de Abreulândia, pela Lei estadual nº 251, de 20-12-1991.

*Com informações da Prefeitura de Abreulândia

Bairro acreano quase foi parar em território da Bolívia durante enchente

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Rua que liga o bairro Leonardo Barbosa ao lado brasileiro da cidade fronteiriça de Brasiléia foi tomada pela água, mas não rompeu por completo. Rio Acre já está abaixo da cota de transbordo na cidade.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Brasiléia

O nível do Rio Acre em Brasiléia (AC), na fronteira com a Bolívia, começou a baixar. Imagens feitas nesta sexta-feira (1º) no bairro Leonardo Barbosa, que chegou a ficar isolado do lado brasileiro, mostram um cenário de destruição deixado pela enchente. A área, porém, não sofreu rompimento definitivo do território nacional.

Após ultrapassar a marca histórica em Brasiléia, que era de 15,55 metros, o Rio Acre chegou a 11,13 metros no início da noite desta sexta, abaixo da cota de transbordo de 11,40 metros. Na quarta (28), a cidade, que fica a cerca de 230 km da capital Rio Branco, ficou 80% inundada.

Por conta do estrago, só é possível chegar ao bairro Leonardo Barbosa a pé. O local tem muita lama, galhos e destroços. Moradores deixam os veículos de um lado e passam caminhando pela área destruída para chegar do outro lado.

O bairro fica na periferia da cidade e tem cerca de 1,1 mil moradores, segundo a Assistência Social do município. O total da área do bairro, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), é de 44 hectares, o equivalente a 66 campos de futebol.

Há anos, a área enfrenta erosão causada pelas cheias do Rio Acre, com o risco de ficar isolada do lado brasileiro e só acessível pelo lado boliviano.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel Eden Santos, disse que houve a interrupção total da rua, bloqueio e colapso no sistema de abastecimento de água e energia. Segundo ele, o restabelecimento da energia deve demorar entre 5 a 7 dias em todas as casas.

“Foi feito um paliativo para que as águas cheguem até lá. A partir das 18h já está funcionando o bombeamento [de água] para lá. Foram levados kits de limpeza, cestas básicas, entre outros suprimentos”, ressaltou.

Ainda segundo o coordenador, o Centro de Brasiléia e o bairro Leonardo Barbosa foram as áreas mais afetadas pela enchente. Segundo ele, uma árvore foi responsável por não permitir que a rua apartasse.

“Quando a água estava a três metros acima da estrada, um tronco de árvore parou no local e travou a correnteza. Por conta dessa árvore não apartou. Se não fosse ela, teria feito um novo leito do rio com certeza. A parte de lá passaria para Bolívia”,

ressaltou.

Moradores receberam suprimentos

Na tarde desta sexta, um grupo de pessoas fez uma ‘corrente humana’ para transportar suprimentos de um caminhão com doações para os moradores da região. Foram doados kits de limpeza, água mineral, cestas básicas e produtos de higiene pessoal.

Equipes da Defesa Civil Municipal, do Ministério Público Estadual e da prefeitura estiveram no local para levar ajudar os moradores afetados. Uma equipe do sistema de abastecimento de água também começou a arrumar os canos rompidos pela enchente.

A Defesa Civil Municipal informou, por meio das redes sociais da prefeitura, que as equipes da Energisa Acre irão até o bairro para religar a energia elétrica. O restabelecimento, no entanto, deve levar no mínimo uma semana.

Ainda segundo a Defesa Civil Municipal, a enchente em Brasiléia atingiu 15.312 pessoas. Doze bairros ficaram alagados e montados 16 abrigos para instalar os moradores desabrigados.

O total de desabrigados chegou a 1.276. Já o número de pessoas que saíram de suas casas e ficaram com parentes e amigos foi de 2.220. As equipes de resgate e assistência chegou a mais de 500 pessoas.

O trecho do Rio Acre que corta o município de Brasiléia, no interior do Acre, chegou à marca de 15,58 metros ao meio-dia quarta, se tornando a maior já registrada no município.

Mapa explica como seria o rompimento. Foto: Divulgação/ Inpa MCTI

Enchente histórica

Neste ano, a enchente provocou o isolamento da cidade por via terrestre, já que a Ponte Metálica José Augusto, que liga a cidade a Epitaciolândia, município vizinho, teve que ser interditada no último dia 25.

Treze bairros foram atingidos pela enchente e 15 abrigos foram disponibilizados à população. Além disto, 14.980 pessoas foram atingidas pelas águas no município.

Sem a Ponte Metálica José Augusto, os moradores de Brasiléia e de Epitaciolândia, cidade vizinha, fizeram filas para aguardar as embarcações que têm feito o transporte de moradores para várias atividades. O comércio, inclusive, não parou de funcionar, nem mesmo com a cheia. A ponte foi liberada nesta sexta-feira (1º) após o rio começar a baixar.

O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, pelo menos 23.087 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta sexta-feira (01) feita pelo governo do estado.

Além disso, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência e quatro pessoas morreram por conta do transbordo de rios e igarapés. Quatro pessoas já morreram em decorrência da cheia.

*Por Aline Nascimento, do g1 Acre

O Carnaval no Centro antigo de Manaus

O pesquisador Geraldo Xavier dos Anjos revela que na época da Província do Amazonas os acontecimentos de ruas eram feitos por brincadeiras como o “Entrudo e o Zé – Pereira”, além dos foliões mascarados.

Segundo pesquisador Geraldo Xavier dos Anjos, as reminiscências do carnaval do passado são recheadas de fatos bastante interessantes. Tais manifestações do carnaval que transcorriam nos principais clubes da cidade e de uma forma mais popular nas ruas de Manaus.

O pesquisador nos revela ainda que na época da Província do Amazonas esses acontecimentos de ruas eram feitos por brincadeiras como o “Entrudo e o Zé – Pereira”, além dos foliões mascarados que invadiam o centro antigo de Manaus quando da época da festa popular.

Por sua vez, o entrudo era uma prática proibida, por promover sujeira e imundície. O “Entrudo” foi uma manifestação introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses da Ilha de Açores.

A prática consistia em jogar nas pessoas “água de lama, tinta, lixo e tudo que fosse malcheiroso, até água podre e urina”. Tal comportamento provocou a proibição por meio de uma portaria da Câmara Municipal de Manaus publicada no código De Postura do Município.

Avenida Eduardo Ribeiro, 1913. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

O fiscal do primeiro Distrito desta cidade faz publicar a bem dos interesses o seguinte artigo:

Art. 82-É proibido andar-se pelas ruas e lugares públicos e jogar entrudo ou lançar alguma coisa sobre os transeuntes. Pena de dez mil – réis de multa ou três dias de prisão.

1º Permite-se as mascaradas danças carnavalescas de modo que não ofendam a moral e a tranquilidade pública e não contenham alusão às autoridades ou a religião.

2º Pelas ruas, praças e estradas da cidade não transitarão pessoas mascaradas depois do toque da Ave – Maria, Salvo as que tiverem para isso licença da autoridade policial. Os infratores incorreram na multa de cinco mil – réis ou dois dias de prisão.

Manaus, 28 de janeiro de 1874

Pedro Mendes Gonçalves Pinto

Fonte: O Malho, Ed. 760 ano XVI – 7 de abril de 1917. Foto: Reprodução/Instituto Durango Duarte

Embora sob pena de pesar das multas e prisões, esse procedimento se estendeu até o início do século XX. Por sua vez, “O Zé – Pereira” também trazido pelos portugueses acaba por revolucionar o carnaval. Os brincantes transitavam pelas vias públicas tocando bumbas, zabumbas, esse costume perdurou até o ano de 1929. As fantasias da época eram de palhaços, diabos, papa angus, etc. 

Por volta de 1855 eram publicados em jornais da época os bailes de máscaras, que aconteciam em residências dos barões da borracha e nos clubes, começa assim a prevalecer o carnaval de salão que eram frequentados por uma classe privilegiada e o de rua que contava com a participação popular.
Geraldo Xavier dos Anjos relata ainda que o comércio dessa época promovia vendas de artigos para a quadra momesca em especial na Rua do Imperador (hoje Marechal Deodoro). Nessa artéria funcionava uma loja denominada “Bazar de Paris”, especializada em artigos para o carnaval. Os jornais da época promoviam anúncios de interesses dos foliões, como por exemplo, a presença de um “Coiffeur”, Francês que se chamava George Petrus. O estabelecimento atendia seus clientes com os mais modernos penteados que eram moda na Europa.
Em 1889, época do último Carnaval da Província, aconteceu a “Batalha de Confete” na Praça Dom Pedro II. Com a chegada da República e a urbanização da cidade promovida na administração do governador Eduardo Ribeiro (1892-1896). Na principal artéria e a rua da Matriz (hoje Eduardo Ribeiro), o Carnaval toma conotação com o desfile do “Clube dos Coatyz”. Já em 1904, surgiram dois grupos importantes, “Cavalheiros Infernais e o Clube dos Terríveis, que prolongou sua participação até 1915.
Anúncio sobre o Club dos Terríveis em 12 de fevereiro de 1907 no Jornal do Commercio. Imagem: Reprodução/Biblioteca Nacional

Os Cavalheiros Infernais eram formados por foliões do Clube Internacional, cujas fantasias eram predominadas pela cor vermelha. O “Clube dos Terríveis”, porém, tinha como foliões algumas figuras de maior importância do contexto social da época como: o coronel José Cardoso Ramalho Júnior, o ex-governador Silvério Nery, o próprio governador Constantino Nery e superintendente municipal Adolpho Lisboa e Arthur César Moreira de Araújo.

Fonte:
BAZE, Abrahim. Luso Sporting Club – A Sociedade Portuguesa no Amazonas. Manaus: Editora Valer, 2007. 

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Treinador de futebol mais velho em atividade no Brasil e vencedor de 10 títulos do Campeonato Amazonense: Aderbal Lana

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Treinador tem mais idade que Felipão, por exemplo, que tem 75 anos e comanda o Atlético-MG.

O técnico Aderbal Lana, comemorou em 10 de novembro de 2023 seu aniversário de 77 anos. Lana, além de ser o treinador de futebol mais velho em atividade no país, é um capítulo à parte do futebol amazonense, sendo o maior vencedor do Campeonato Amazonense com 10 títulos. O último com o Manaus FC, em 2017, clube que voltará a comandar na temporada 2024, após seis anos.

Mesmo que seja outro treinador campeão em 2024, Aderbal Lana continuará sendo o líder em títulos com três taças nos últimos anos. Duas foram conquistadas à frente do Nacional, nos anos de 2012 e 2015, além de uma com o Manaus , em 2017. Vale ressaltar que foi o primeiro título do Gavião e, pelo Leão da Vila Municipal, o último dos 43 títulos conquistados pelo clube.

Leia também: Conheça alguns dos clubes de futebol mais tradicionais da Região Norte

Além dos três títulos, Aderbal Lana também tem títulos do Barezão com o Nacional em 1986 e 1991, com o Rio Negro em 1989, além de dois tricampeonatos com o São Raimundo em 1997, 1998 e 1999, pelo amazonense e da Copa Norte quando o Tufão faturou as edicoes de 1999, 2000 e 2001 e um vice-brasileiro da Série C com o Alviceleste Colinense em 1999.

Foto: João Normando

Mineiro de Uberlândia, Lana construiu não só uma carreira vitoriosa dentro de campo, mas também constituiu família, arrumou esposa e teve dois filhos no Amazonas. De volta ao Manaus, clube de 10 anos, no qual o comandante conquistou o título Amazonense em 2017, o primeiro da historia da equipe. O treinador prometeu muito vigor, mas que na próxima temporada não vai abrir mão do cigarro e da cerveja.

“Eu bebo cervejas, geralmente uma, duas cervejas todo dia. Depois de um jogo, evidentemente que você toma um pouquinho mais. O meu cigarro eu não largo, porque é um dos amigos que eu tenho, apesar de muita gente ser contra isso, pra mim não é um vício. Eu sou um cara meio distante da sociedade, porque treinador de futebol é muito difícil viver. Você vai num bar, o cara quer saber por que você tirou o fulano, você vai num restaurante e o garçom te pergunta por que perdeu, ou às vezes até porque que ganhou. E você vai nos momentos de folga, você quer ter paz, quer ter tranquilidade, você treina todo dia, joga nos finais de semana e estuda praticamente toda noite”, conta Aderbal Lana.

“Quando você tem uma folga, é complicado você ficar frequentando os lugares, né? Então você fica um pouco afastado e o que eu tenho é uma rede, um cigarro, a minha televisão, meus quadros sobre futebol, meus slides, meus vídeos e meu pen-drive. Então a vida é essa, cara. E assim a gente vai vivendo, olhando para trás e sabendo que está deixando sempre alguma coisa positiva”, 

disse.

Na próxima temporada (2024), Aderbal Lana terá um grande desafio pela frente com o Manaus FC, recém-rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro. Em 2018, quando era treinador do time, Lana bateu na trave do acesso à Série C, mas o comandante frisou que em 2024, o maior presente será resgatar o Gavião aos seus dias de glórias.

“Estou bem, feliz por completar mais um ano de vida, agradecendo ao meu Senhor lá de cima, que me deu essa oportunidade de viver uma vida que eu vivo com saúde, com longevidade, com família e com filhos. Graças a Deus, e olhando para trás, saber que eu fui um bom pai, que pratiquei coisas boas, e isso é o mais importante de tudo. Pode crer que eu vou estar com muita saúde, muito vivo, para que a gente consiga levar o Manaus a uma situação melhor ano que vem [2024], porque esse ano foi um ano difícil para o Manaus, com esse descenso”, disse.

“A gente está com muita dificuldade lá, porque você sabe que a realidade hoje é outra, mas nós vamos trabalhar bastante, com muita vivacidade, com muita saúde e muita dedicação para que o Manaus dê alegria novamente ao seu torcedor”,

concluiu.

Em 2024, o Manaus disputa apenas a Série D, Copa Verde e o Amazonense, que inicia no dia 21 de janeiro. O Gavião está no grupo A, com Amazonas, Nacional, Operário e Alvorada.

*Por Kassio Junio, do Globo Esporte Amazonas 

Dia de Reis

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Foto: Reprodução/Canva

Por Walace SO*

Hoje é Dia de Reis, uma das mais tradicionais e importantes festa da cultura brasileira. Em tempos de redes sociais, como muitas tradições estão sendo esquecidas. Lembro como era importante receber a bandeira do Divino em casa e compartilhar o pão com os foliões, hoje não temos isso. Aliás, não temos nem espírito cristão, perdidos na atual intolerância de nossos dias. 

Assim, quero propor a reflexão que é necessária. Hoje, Dia de Reis, esse hino a vida e expressão do cristianismo tem que ser dedicado a um verdadeiro cristão, Padre Julio Lancellotti. A vida dele dá sentido ao significado de ser cristão em cada ato dele e a todos que acolhe e são esquecidos pela sociedade.

Os devotos do Divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai

Os devotos do Divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai

Deus nos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome, ai, ai

Deus nos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome, ai, ai

A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa, ai, ai

A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa, ai, ai

Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva, ai, ai

Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva, ai, ai

Assim como os três reis magos
Que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai

Assim como os três reis magos
Que seguiram a estrela guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai

No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai

No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
Que o rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai

Bandeira do Divino – Ivan Lins

Sobre o autor

Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Viagem à Zona Franca Chilena

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Zona Franca de Iquique, no Chile. Foto: Reprodução/Libre Empresa

O texto de hoje é sobre uma viagem há muito tempo atrás. A Zona Franca (Distrito Industrial de Manaus) completava os seus primeiros anos, para ser mais exato 10 anos. O Dr. Phelippe Daou nos convidou para, junto com cinegrafista Jair Alberto, acompanhado com um grupo de empresários do Amazonas, conhecer tecnicamente as zonas especiais Arica e Iquique, no Chile. 

Nesta viagem tivemos a possibilidade de visitar duas faces diferentes: Arica, um fracasso total, e Iquique, um verdadeiro sucesso. Saindo de Manaus em direção ao Chile aterrissamos em Santa Cruz de La Serra, uma altitude fora do comum com muita dificuldade de respirar, porém as autoridades locais nos oferecem chá de coca, o que faz com que o corpo logo se adapte a altitude. 

De manhã, de avião, ultrapassamos as Cordilheiras dos Andes e em uma descida vertiginosa acompanhando as montanhas chegamos a um grande deserto. Tão logo pousamos saímos para conhecer a abandonada zona livre da Arica. Tinha quase o mesmo tamanho do Distrito Industrial de Manaus, mas completamente abandonado. Um modelo que não deu certo. Ouvimos palestras dos empresários locais que explicaram as razões do fracasso.

Na manhã seguinte visitamos Atacama, os desenhos gigantescos e as múmias mais antigas do mundo. Chegamos a Iquique, uma cidade efervescente e de muita vida. A área central da cidade (grande) era cercada com muros altos e controle de entrada e saída e praticamente os mesmo produtos vendidos em Manaus e também o mesmo preço respeitando o câmbio.

Não tenho nenhuma ideia de como estão estas duas cidades hoje. Para mim foi a minha primeira experiência como repórter internacional e trabalhei inclusive como tradutor para grupo de empresários. Meu amigo gaúcho Jair Alberto voltou para o Rio Grande do Sul e nunca mais nos encontramos.

Por hoje é só! FUUUUUUIIIIIIII!!!!!!

Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

A união de três artes para a conquista de um prêmio

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Moacir Andrade. Foto: Divulgação

Em 1988 eu era locutor e diretor da rádio Amazonas FM. Recebi um comunicado passado pela Associação Amazonense de Imprensa, instituição que reunia todos os veículos de comunicação no Amazonas, dirigida pelo Dr. Francisco Garcia Rodrigues, anunciando o prêmio na categoria Rádio.

Imediatamente me coloquei à disposição para criar algo que pudesse destacar na programação e oferecer ao ouvinte algo que seria diferente do que era apresentado em quase todas as rádios do estado. Inspirado e motivado pelo crescente movimento dos bois de Parintins, busquei algo que complementasse a história de nossa terra amazônida.

Fui em busca de um personagem que representasse muito bem a nossa região e, de repente, resolvi convidar o mais importante pintor de nossa região, Moacir Andrade.

Ao analisar a obra geral de Moacir percebe-se a sua contínua busca de caracterização do amazônida. Mas não era uma exposição de quadro e sim um programa de rádio. E logo no primeiro contato senti que seria muito difícil.

Ele, Moacir, era um excelente contador de história e das lendas amazônicas, e falava horas intermináveis. Eu tinha pensado que no Dia da Natureza apresentaria a cada meia hora um “programete” de um minuto e trinta segundos, mas como? O Moacir não tinha freio, falava sem parar. 

Como havia convidado para editar o competente radialista e amigo Ray Áureo (hoje na CBN Amazônia Manaus), ele sugeriu que gravássemos o Moacir livre e depois, em cima do que ele falava, faríamos um roteiro e o convidaríamos para ler.

Primeiro Moacir não gostou da ideia, acho que ele pensou que seria desvirtuar a história, e segundo eu passaria vários dias ouvindo para fazer o roteiro. Mas assim ficou decidido e ele acabou aceitando sob a condição que ele aprovasse o texto. Eu parti para a longa jornada com o fone no ouvido por longas horas. Não foi fácil, entretanto cheguei a um texto enxuto das longas lendas e histórias.

Para a minha surpresa ele gostou, mas mesmo assim ele sempre acrescentava algo mais. Foi necessário muita paciência de meu amigo Ray Áureo que finalmente editou e, escolhido um BG, o resultado ficou muito bom.

Nós inscrevemos na Associação e em seguida foi ao ar. Como são muita lendas vou destacar esta, exatamente como foi ao ar em 1989 na voz e desenvolvimento de Moacir Andrade:

Programa número 3: A lenda do Mapinguari

“A lenda do mapinguari conta que nas matas amazônicas existe um animal chamado de mapinguari, que tem a forma de macaco com um olho só na testa e uma abertura que vai ao umbigo. Este animal é uma espécie de defensor da floresta amazônica, ele só mata caçadores ou qualquer indivíduo que penetra na floresta fora de tempo regulamentar, por exemplo feriados, dias santos, domingo. Em dia reservado para a tranquilidade da floresta nenhuma pessoa pode entrar sob pena de ter os miolos devorados pelo mapinguari”.

Esta e mais 16 histórias conquistaram os jurados e fomos vencedores na categoria Rádio. Graças ao Moacir, que aceitou o desafio, e o talento e paciência do amigo Ray Áureo, dividimos o prêmio em dinheiro por nós três, que foi bem-vindo. O melhor foi o reconhecimento do talento das pessoas que compunham a rádio Amazonas FM.

Por hoje é só! Semana que vem tem mais. FFFFUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIII!!

Sobre o autor

Eduardo Monteiro de Paula é jornalista formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com pós-graduação na Universidade do Tennesse (USA)/Universidade Anchieta (SP) e Instituto Wanderley Luxemburgo (SP). É diretor da Associação Mundial de Jornalistas Esportivos (AIPS). Recebeu prêmio regional de jornalismo radiofônico pela Academia Amazonense de Artes, Ciências e Letras e Honra ao Mérito por participação em publicação internacional. Foi um dos condutores da Tocha Olímpica na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

O ouro de sangue da Amazônia em rede mundial

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Foto: Pexels/Pixabay

Por Walace SO*

Buenas, bela Manaus! Das bandas do Rio Madeira em terras amazônidas entre um açaí e um jaraqui para o mundo é hora da nossa coluna Bora Refletir.

Tenho assistido repetidas vezes o filme “Diamante de sangue”, seu enredo sobre o contrabando ilegal de diamantes e a manutenção das guerras civis pelo continente africano sempre me desperta reflexão e tristeza. E cada vez que assisto o desalento é profundo. Vamos refletir juntos a ligação dos “diamantes de sangue” africano e o “ouro de sangue” da nossa Amazônia.

África e Ásia durante o final do século XIX e no auge da segunda Revolução Industrial foi um movimento justificado pelos europeus como uma necessidade civilizatória. Dessa forma esses dois continentes foram fatiados como uma pizza, e alguns países se alimentaram deles até o século XX. Com destaque para Inglaterra, Alemanha, França e até a pequena Bélgica que cabe no estado do Espírito Santo. Contudo sua crueldade com o seu “pedaço” da África conhecido naquela época como Congo Belga é digno de filme de terror. Abusando da escravidão, mutilação e literalmente surrupiada a riqueza daquele país sem precedentes históricos.

E sempre com a alegação de ser um processo de civilização superior a uma civilização inferior. Mas, verdadeiramente ideológica e de expansão imperialista e nada mais. Afinal, o capitalismo necessitava de matéria–prima para sua expansão e mão-de-obra barata para seus mercados, com as bênçãos das religiões, principalmente sem organização sindical e a consciência de cidadania caracterizada por direitos e deveres baseados em um Estado constituído democraticamente.

No século XX o processo de retirada desses países, principalmente na África, provocou o caos social com vários grupos disputando o poder e normalmente financiados pelas potencias europeias. Dessa forma escondiam sua ação e domínio em suas antigas colônias.

No século XXI, após três séculos de supremacia da Revolução Industrial e do capitalismo vivemos um novo caos, o do aquecimento global. E o planeta que tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos segundo os cientistas, contrariando “terraplanistas” e “pastores fundamentalistas”, não está dando conta da devastação dessa supremacia. Estamos cada dia mais perto de um mundo apocalítico, pela insanidade do “bicho homem” e de sua ganancia desenfreada.

E você já deve estar perguntando, onde entra o “ouro de sangue”, bom ele está no seu celular, nos computadores, na web e redes sociais. Pois, tudo utiliza filamentos de ouro em sua fabricação. Segundo uma reportagem de 2022 do Brasil Repórter (uma agência independente e premiada de jornalismo investigativo) de Daniel Camargos, em 2019, de todo ouro que circulou no E.U.A. 37% vinha do ouro de sangue ligado a aparelhos eletrônicos. Numa conexão entre garimpo ilegal com as Big Techs, com esse ouro sendo usado nos celulares, notebook e superservidores que comandam o emaranhado das redes da internet pela exploração de terras indígenas Yanomami, Munduruku e Kayapó. 

Lembrando que o garimpo ilegal afeta toda a floresta amazônica e depois a única coisa que sobra e devastação total, com o meio ambiente praticamente destruído e os rios contaminados de mercúrio por séculos.

Em fevereiro de 2023, os repórteres César Tralli e Marcus Passo da G1 Pará e TV Globo, publicaram uma reportagem sobre o caminho do ouro de sangue e a ilegalidade. Que culminou com a excelente reportagem sobre uma operação da Polícia Federal desmontando todo o esquema criminoso responsável pelo contrabando de um pouco mais de 13 toneladas de ouro com seu auge no período de 2020 a 2022. Segue link da reportagem para uma leitura mais apurada.

Lembrando que o garimpo ilegal afeta toda a floresta amazônica e todo o equilíbrio do planeta. E sua única herança é a devastação total do meio ambiente e dos rios contaminados por séculos pelo mercúrio. Assim, devemos refletir se queremos que a Amazônia vire um grande canteiro de terra arrasada, rios envenenados, estupros, prostituição, criminalidade e mortes ou lutaremos pela sobrevivência da floresta com novos arranjos produtivos sustentáveis e que trazem a paz, prosperidade e riqueza social.

A escolha está em nossas mãos se continuaremos a ser uma colônia no século XXI, deixando extraírem nossas riquezas, desde a invasão portuguesa. Ou assumimos de fato nosso potencial e protagonismo como o país do futuro investindo na preservação da floresta sustentável e na educação que produzem tecnologia e desenvolvimento social. Bora refletir!

Sobre o autor

Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

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