Home Blog Page 138

Ministério das Comunicações passa pela Amazônia para conectar infraestrutura de internet até o Pacífico

Objetivo é planeja dar mais segurança à rede brasileira. Primeiro passo foi dado com o acordo assinado para levar uma infovia nacional até a cidade colombiana de Leticia, na fronteira amazônica.

Foto: Pablo Leroy/MCom

O Ministério das Comunicações está desenvolvendo um plano para que a infraestrutura de internet brasileira não dependa apenas dos cabos de fibra ótica submarinos instalados no Oceano Atlântico e que atualmente são responsáveis por 99% do tráfego de dados nacionais.

A ideia é que a rede nacional também tenha uma conexão com os cabos submarinos instalados do outro lado do continente, com a conexão que também é feita por meio do Oceano Pacífico, e dar mais segurança e estabilidade para o seu funcionamento.

“Isso permitirá que a infraestrutura da internet brasileira tenha mais possibilidades de se conectar com o restante do mundo, tenha ainda mais redundância, no termo técnico. Se uma conexão está sobrecarregada ou teve algum problema, o tráfego de dados é feito por uma alternativa”, 

diz o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

O primeiro passo foi dado quando Juscelino assinou um acordo com o ministro de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, Mauricio Lizcano, durante a missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Bogotá.

A parceria prevê a extensão da infraestrutura brasileira de internet por fibra ótica até a cidade colombiana de Leticia, na tríplice fronteira amazônica, que também inclui o Peru. Ali será o ponto inicial dessa continuidade da rede brasileira.

Assim como a instalação dessa infraestrutura está sendo feita do lado brasileiro, por meio de uma plataforma fluvial que lança esses cabos para ficarem submersos nos rios amazônicos, a Colômbia também pretende fazer o mesmo a partir de Leticia.

Do lado brasileiro, será feita uma infovia – ou “estrada digital” – de 1,1 mil km até 2025, conectando 13 municípios do Norte brasileiro, entre eles Tabatinga (AM), que faz fronteira com o país vizinho. Ela faz parte de oito infovias que estão em implantação no Norte para conectar localidades remotas com internet de fibra ótica, com investimento de R$ 1,3 bilhão.

Esse tema será debatido no grupo de trabalho que foi criado entre o Ministério das Comunicações do Brasil, por meio da Secretaria de Telecomunicações, e o Ministério de Tecnologias da Informação e Comunicações da Colômbia, por meio do Vice Ministério de Conectividade.

Revisão do Plano Diretor Municipal tem participação dos ribeirinhos das ilhas do sul de Belém

0

No encontro os moradores listaram suas necessidades entre eles melhorias nas escolas e postos de saúde.

Foto: Agência Belém.

Representantes das comunidades Igarapé do Combu, Beira-Rio, Piriquitacoara, Costa da Ilha e Paciência, localizadas na ilha do Combu, além de ribeirinhos das ilhas Grande, Murutucum e Navegantes, da região sul de Belém (PA), participaram da oficina da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), uma das ações da Prefeitura, visando preparar a cidade para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30).

O encontro ocorreu nesta no dia 29 de abril, nas dependências da Escola Municipal de Educação do Campo “São José”, às margens do Furo Bijogó, na ilha Grande. No primeiro momento da oficina, os participantes puderam conhecer o PDM no planejamento e gestão do município, por ser a lei que dispõe sobre o ordenamento do território com o objetivo de propiciar o desenvolvimento econômico e social em bases sustentáveis, além de indicar a melhor forma de crescimento da cidade. 

 Planejamento e ordenamento urbanos

“O Plano Diretor regulamenta o planejamento e o ordenamento do território do município visando o atendimento às necessidades dos cidadãos e cidadãs, as melhores condições de vida e a justiça social. Também deve garantir que a propriedade urbana cumpra sua função social e seu uso correto contribua para o desenvolvimento da cidade”,

destacou a arquiteta e urbanista Alice Rodrigues, coordenadora da Comissão Municipal de Revisão do PDM.

Por ser determinante para o crescimento e o futuro da cidade, a população deve participar do processo de revisão do atual Plano Diretor de Belém, que é de 2008. Ele deveria ter sido revisado 10 anos depois, em 2018, como determina o Estatuto da Cidade, mas a gestão municipal da época não concluiu o processo.

“O Plano precisa ser revisado para adequar o processo de crescimento do município e as alterações no uso e ocupação do solo à nova realidade urbana proporcionada pela implantação de projetos de estruturação viária e macrodrenagem”, concluiu Alice Rodrigues. 

Novo olhar

Na segunda parte da oficina, cinco grupos temáticos foram formados, onde os participantes puderam analisar e contribuir para questões como economia, desenvolvimento urbano, inclusão social, regularização fundiária, preservação do patrimônio histórico e cultural, habitação social, meio ambiente e mudanças climáticas, ordenamento territorial e usos do solo, assim como transporte e mobilidade urbana.

Para Lucas Miranda, morador da ilha Murutucum, a discussão sobre o plano diretor é importante para as comunidades das ilhas, porque pode trazer soluções para vários problemas atuais. 

“Queremos o desenvolvimento para a região. Nós desejamos a reforma fundiária, que é muito importante pro benefício de nossa comunidade; precisamos também de mais escolas, postos de saúde e de uma creche que não tem”, 

listou Miranda.

A falta de acesso ao saneamento básico foi outro problema apontado pelo morador. “Água potável é uma coisa que nós não temos, moramos na frente do rio, moramos em cima da água, mas não temos água potável em nossas casas, a gente tem que pegar nossa embarcação para buscar água em outro município, no Acará”.

O professor Cecílio Ferreira, que mora na ilha Grande, considera que a oficina do Plano Diretor de Belém “é a oportunidade para que possamos colocar as nossas angústias, as nossas riquezas também, não só as lamúrias, mas também o nosso potencial, para que seja reconhecido nos planos futuros de orçamento da Prefeitura, para que possamos ter uma vida de qualidade”. 

“Queremos ter esse olhar [do Poder Público] para a melhoria da gente, principalmente, na área de educação, saneamento básico, esporte e lazer. A partir daqui, eu creio, em nome de Deus, que a gente vai ter um olhar diferenciado para tudo isso que nós precisamos”, 

disse Diana dos Santos Amaral, moradora da comunidade de Nossa Senhora da Ilha dos Navegantes.

Além da Comissão Municipal da Revisão do Plano Diretor, a oficina das ilhas do sul de Belém contou com a participação dos técnicos e do diretor-geral da Secretaria de Planejamento e Gestão (Segep), Edilson Rodrigues, e de conselheiros do Fórum de Participação Cidadã Tá Selado.

A segunda etapa do processo participativo de revisão prossegue no próximo sábado, 4 de maio, com a oficina do Distrito Administrativo de Outeiro, nas dependências da Escola Bosque, na ilha de Caratateua. 

Projeto de Turismo de Base Comunitária no Lago do Cuniã avança para 5ª etapa

0

Projeto é parte fundamental para o desenvolvimento do turismo na capital rondoniense.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

Com o objetivo de avançar no plano de ação de desenvolvimento do Turismo Comunitário no baixo Madeira, a primeira comitiva de 2024 para a Reserva Extrativista Lago do Cuniã aconteceu no início de abril de 2024. O projeto é parte fundamental para o desenvolvimento do turismo em Porto Velho, capitaneado pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho (Semdestur), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir).

A Semdestur possui a campanha turística “O Melhor de PVH – Terra de Bravos Pioneiros”, que conta com quatro rotas e 17 circuitos turísticos, e a Reserva Extrativista do Lago do Cuniã será mais um atrativo turístico de Porto Velho, pela preservação de sua rica fauna e flora, além de tradições, gastronomia e receptividade da comunidade do baixo Madeira.

Na missão de abril, docentes e alunos da Unir deram continuidade ao estudo de capacidade de carga, que avalia o fluxo adequado de turistas nos núcleos comunitários na Resex Lago do Cuniã. O Sebrae Rondônia esteve nessa etapa como peça importante para catalisar informações e necessidades para impulsionar o empreendedorismo local.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

O ICMBio, ator fundamental nesse movimento, se fez mais uma vez presente dando todo suporte logístico e técnico para a ação, que contou com uma reunião com moradores e integrantes do Projeto Juventude Extrativista Lago do Cuniã, na Escola Municipal Francisco Braga. A troca com os moradores possibilita a atualização dos cronogramas das ações realizadas e levantamento de demandas das comunidades.

Técnicas da Semdestur avaliaram novas ofertas turísticas para o processo de formatação ao receptivo turístico comunitário, levando em consideração que, no período de inverno amazônico, os rios estão cheios. Durante o inverno amazônico, o avistamento de animais é mais limitado, mas não compromete o encantamento proporcionado pela natureza rica e pela condução feita pelos experientes moradores locais. 

Todo o cuidado com a biodiversidade da reserva é levado em consideração na prática do turismo de base comunitária, que será implantada aos poucos, respeitando e valorizando, também, a comunidade beradeira.

Foto: Tatiana Sadeck/SMC RO

Novas experiências turísticas estão sendo estudadas, agregando valor ao local, que possui inúmeros encantos naturais. Num futuro próximo, turistas do Brasil e do mundo poderão conhecer uma Floresta Amazônica real, intocada, cheia de mistérios e de belezas exuberantes.

A missão que estuda o turismo de base comunitária encontra nos moradores, seus verdadeiros guias. Durante a missão, em passagem pelo Núcleo Araçá, o grupo técnico teve a experiência com os frutos da Amazônia, o açaí, com demonstração desde a extração dos cachos, o processo de debulhar com todos os presentes, até as fases de higienização, e fase final de processamento do produto para embalagem e venda. Os núcleos Silva Lopes e Neves também foram visitados, tendo como destaques as trilhas ecológicas que os conectam.

Para a secretária da Semdestur, Glayce Bezerra, o turismo de base comunitária é construído em conjunto entre instituições e comunidades, o que é fundamental para um processo assertivo de desenvolvimento econômico ao baixo Madeira.

Edifício de universidade em Rondônia é tombado como patrimônio histórico e cultural

0

Prefeitura declarou prédio da reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), localizado na região central de Porto Velho, como patrimônio da capital.

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

O prédio da reitoria da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), localizado na região central de Porto Velho foi tombado como patrimônio histórico e cultural do município em abril deste ano. As leis foram sancionadas pela Câmara Municipal, com declaração publicada no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Rondônia.

Na década de 80, o prédio abrigava os cursos então ofertados pela Fundação Centro de Ensino Superior de Rondônia (Fundacentro): Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas. Mais tarde, em 1982, a UNIR passou a ofertar cursos superiores e a realizar suas atividades acadêmicas no edifício. 

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

Com a expansão da Universidade, dos cursos e a chegada de novos campi no interior, a estrutura tornou-se sede da Reitoria e Pró-Reitorias da Universidade, onde hoje são realizadas atividades administrativas. 

Além de ações administrativas, o prédio da UNIR Centro é também palco de atividades acadêmicas como palestras, cursos e eventos promovidos pelos cursos de graduação, promovendo o fomento à cultura e conhecimento.

Para o professor do Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm) da UNIR, Dante Ribeiro da Fonseca, o tombamento é uma reafirmação da importância do edifício, que configura uma das primeiras obras públicas na área central de Porto Velho. 

“O patrimônio físico por meio de edifícios, tem uma importância simbólica, está ali como um vestígio, como um documento histórico que mostra o momento em que houve necessidade do investimento público para que se houvesse um hotel minimamente confortável para receber as pessoas que pra cá se deslocavam, além de mostrar uma certa tendência arquitetônica”,

declarou Fonseca.

Foto: Reprodução/Universidade Federal de Rondônia

História

O edifício foi inaugurado no ano de 1953 e nele funcionava o antigo Porto Velho Hotel, famoso por receber personalidades influentes na época. O hotel desativado em 1974, e em 1979 passou a abrigar o Palácio das Secretarias. 

Na década de 80 tornou-se sede da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Foi tombado como patrimônio histórico pelo Estado de Rondônia no ano de 1988.

Suframa aprova novos projetos no valor de R$ 1,73 bilhões

0

Reunião do Conselho de Administração da Suframa avaliou 26 projetos com previsão de 1.028 novos postos de trabalho.

Em sua 314ª Reunião Ordinária, por videoconferência no dia 30 de abril, o Conselho de Administração da Suframa (CAS) avaliou e aprovou uma pauta de 26 projetos industriais e de serviços cujos investimentos totalizam R$ 1,73 bilhão, com a previsão de 1.028 novos postos de trabalho em até três anos, prazo para a implementação dos projetos. O faturamento estimado é de R$ 8,35 bilhões.

A reunião foi presidida pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, e contou com a participação do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, dos conselheiros e de representantes das entidades de classe, entre outros.

Na pauta, estavam 13 projetos de implantação e 13 diversificação e atualização, abrangendo diferentes subsetores, como eletroeletrônico, metalúrgico e termoplástico.

O maior volume de investimentos projetados é proveniente do setor de eletroeletrônico, totalizando nove projetos que somam R$ 1,5 bilhão em investimentos totais e geração projetada de 552 novos empregos.

Durante a reunião do CAS, Márcio Elias afirmou que os investimentos no Amazonas e na região norte estão em sintonia com o que acontece no país hoje.

“Na linha do que foi falado aqui hoje, sobre a geração de emprego, o país está no menor patamar desde 2015. A taxa de desemprego terminou 2023 em 7,4%, abaixo de qualquer projeção que havia sido feita. E hoje nós estamos ainda mais otimistas. A economia brasileira cresceu no ano passado 2,9%, e já para este ano a perspectiva é de crescimento em torno de 2%, sendo que no início do ano a expectativa era de 1,4%”,

 comentou.

Foto: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

O secretário executivo do MDIC lembrou também que os índices de confiança do consumidor, dos setores de comércio e do próprio setor industrial vêm aumentando, segundo as estatísticas mais recentes. “E nós temos não só o crescimento da indústria, mas o de investimentos para a indústria, como há muito tempo não víamos. Somente no setor automotivo, já foram anunciados R$ 130 bi em investimentos, o Brasil voltou e está no rumo certo”, destacou Márcio Elias.

Já o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, apresentou a prévia dos números de geração de empregos no Polo Industrial de Manaus, entre janeiro e fevereiro.

“Passamos de 15.244, para 15.888. Isso indica efetivamente o acerto na política industrial do governo do presidente Lula, sob o comando nosso ministro Geraldo Alckmin”,

relatou o superintendente.

Resultados da reunião

Do total de projetos da pauta, 17 foram submetidos sob a forma de comunicação ao Conselho, com destaque para os projetos de diversificação/atualização da BYD Indústria de Baterias, com investimentos totais de R$ 169,01 milhões para fabricação de módulo acumulador de energia elétrica para ônibus elétrico, utilizando células eletroquímicas; e da Cal-Comp, para produção de telefone celular digital combinado ou não com outras tecnologias, no valor de R$ 438,25 milhões em investimentos totais e 102 novos postos de trabalho.

Na implantação, a Flextronics apresentou projeto para produção de placa de circuito impresso montada (de uso em informática), no valor de R$ 688,91 milhões em investimentos e com 83 novos empregos.

Entre os nove projetos da pauta a serem avaliados pelo Conselho, destacou-se a implantação da Ecosolys da Amazônia, para fabricação de condicionadores de ar de janela ou de parede com mais de um corpo, com investimentos totais de R$ 25,64 milhões e criação de 50 empregos.

Pajé (Festival Folclórico de Parintins)

0
Fotos: Reprodução/Assessorias boi bumbá Caprichoso e boi bumbá Garantido

O personagem Pajé é considerado o líder espiritual da tribo, responsável por conduzir os rituais indígenas encenados, produzindo eventos ancestrais através de sua transcendência no bumbódromo durante o Festival Folclórico de Parintins. É ele quem faz o ritual de ressurreição do boi.

Expressão corporal, facial, movimentos harmônicos, domínio de espaço cênico, indumentária, muita originalidade e encenação coreografada são fundamentais na hora da apresentação desse item. 

Amo do Boi (Festival Folclórico de Parintins)

0
Fotos: Divulgação/Assessorias dos bois-bumbás Garantido e Caprichoso

Na narrativa da brincadeira do boi-bumbá do Festival Folclórico de Parintins, o Amo do Boi é o dono da fazenda. É quem fica furioso com a morte de seu boi querido, manda prender ‘Pai Francisco’ e ‘Mãe Catirina’ e chama o Pajé para ressuscitá-lo. A cena faz parte do Auto do Boi.

O Amo do Boi é o sexto item e tem a importante função de tirar versos, alguns de exaltação ao Boi e a torcida, é ele que presenteia a filha com o boi. Dicção, desenvoltura, postura, expressões cênicas, indumentária, e improvisação de qualidade poética são julgados neste item.

Rondônia é um dos estados com os maiores índices de segurança alimentar do país, aponta IBGE

0

O estado tem a maior taxa na Região Norte e fica atrás apenas dos estados da Região Sul. Entenda a diferença entre segurança e insegurança alimentar.

Foto: Daiane Mendonça/Governo de Rondônia

Rondônia é o quarto estado brasileiro com o maior índice de segurança alimentar – com 80% da população tendo acesso regular a alimentos de qualidade – ficando atrás apenas dos estados da Região Sul do país. Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa foi realizada no último trimestre de 2023 e divulgada na última semana.

A PNAD aponta que 80% dos domicílios permanentes em Rondônia estão em situação de segurança alimentar, 15% possuem insegurança alimentar leve, 2,2% insegurança alimentar moderada e 2,9% insegurança alimentar grave.

Os índices são os melhores do Norte, sendo o único estado da região acima da média nacional de segurança alimentar (74,2%). Considerando todas as unidades da federação, fica atrás apenas de Santa Catarina (88,8%), Paraná (82,1%) e Rio Grande do Sul (81,3%).

A pesquisa ainda apontou que no cenário nacional houve um aumento de 9,1 pontos percentuais na comparação com o último levantamento realizado pelo IBGE sobre o tema, em 2017-2018, que apontava 63,3% dos domicílios em situação de segurança alimentar. Mas ainda não chegou ao patamar de 2013, nível máximo atingido no Brasil, quando 77,4% das famílias tinham acesso regular e permanente a alimentos.

Imagem: Reprodução/IBGE

O que é segurança alimentar?

É considerado que uma família ou domicílio possui segurança alimentar quando tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Já a insegurança alimentar é dividida em três níveis:

  • Insegurança alimentar leve: Preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos.
  • Insegurança alimentar moderada: Redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
  • Insegurança alimentar grave: Redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.

Rainha do Folclore (Festival Folclórico de Parintins)

0
Fotos: Reprodução/Facebook-Cleise Simas – Rainha do Folclore do Boi Caprichoso e Daniel Brandão/Boi Bumbá Garantido

O item 8 no Festival Folclórico de Parintins é a Rainha do Folclore, que expressa com garra, desenvoltura, elegância, alegria e sincronia de movimentos sua representação em homenagem a todos os entes da floresta. É a representante da manifestação popular, as lendas, histórias e costumes. Beleza, simpatia, desenvoltura e incorporação às suas representações, são avaliadas durante o espetáculo no Bumbódromo.

TCC propõe inclusão das danças do Melody e Tecno-Melody em aulas de Educação Física no Pará

0

Joliene Pinto diz que a pesquisa busca um diálogo entre corpo, a dança e o ritmo do melody paraense para aulas práticas de educadores físicos.

‘O Arrasta Povo do Pará, a (Re) Existência das Ruas: Possibilidades do Melody e Tecno-Melody a partir das Intersubjetividades Culturais’. Este é o título do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), da estudante do curso de Educação Física na Universidade do Estado do Pará (Uepa), Joliene Nascimento Pinto.

Joliene explica que a intenção é utilizar um ritmo oriundo das periferias do Pará para desenvolver uma proposta pedagógica voltada ao curso de Educação Física. Ela observa que o seu TCC está em sintonia com as proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a disciplina de Educação Física (EF), no que se refere à inclusão de danças regionais no currículo escolar.

A universitária afirma que, o fato do Pará ser um Estado multicultural repercute na oferta de uma diversidade de opções, no currículo escolar. “Mas o conteúdo das danças no espaço escolar sofre a influência da hierarquização de conhecimentos acadêmicos urbanos cêntricos e eurocêntricos, que invisibilizam o cotidiano da realidade vivida por um povo”, diz. Ou seja, entre outras contribuições, o TCC busca incluir na matriz curricular um ritmo periférico.

Sob orientação do professor Adnelson Araújo dos Santos, o trabalho foi aprovado e contou com apoio do Grupo de Estudos INcorpoRe (Uepa) e Gipe-Corpo da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O TCC pretende promover um diálogo entre corpo, dança e o melody paraense nas aulas de Educação Física.

A acadêmica observou que as danças regionais paraenses que mantêm relação com as questões afro indígenas como carimbó, retumbão e lundu são destaques. Porém, ritmos paraenses que dialogam com os fenômenos das aparelhagens não são abordados como conteúdo na disciplina de Educação Física. 

“O que se percebe é que as escolas paraenses são excluídas da vivência do melody, que é recorrente em áreas periféricas, onde também está concentrada a maior parte das escolas públicas”, 

esclareceu.

Foto: Marcelo Rodrigues

A egressa do curso de Educação Física da Uepa percebeu a necessidade de visibilizar esse ritmo nas aulas, sistematizando o melody e como este infere e interfere nas camadas populares da sociedade paraense.

O estudo ressalta que o ritmo faz parte do cotidiano dos alunos e traz a discussão de “potencialização da (re)existência cultural de uma grande parte do povo paraense”. Assim, a aluna buscou uma proposta pedagógica, na qual o melody “tem como finalidade apreender a realidade vivida através de seus ritmos num diálogo pedagógico nas aulas de educação física”, disse.

Segundo Joliene, a escola é o espaço onde as aulas de educação física são promotoras da construção do pensamento teórico e a (re) afirmação da identidade cultural do educando. Assim, tanto para a formação acadêmica, quanto para o contexto social, o estudo possibilita a compreensão do fenômeno do melody dentro da sala de aula.

“As aulas com a tematização do melody acabam se tornando fundamentais nesse processo de formação do discente, por conta da visibilidade da cultura popular presente nas periferias de Belém, possibilitando o diálogo sobre essa diversidade cultural e disseminando os costumes e valores desta cultura”,

destacou.

Proposta pedagógica

O objetivo do estudo é trabalhar de forma interdisciplinar com o ensino da Geografia, onde fará cartografias territoriais, os espaços de produção do melody e sua contextualização com a população.

“E a interdisciplinaridade com a Língua Portuguesa, para a compreensão da língua em que é constituída através do melody e que na maioria das vezes, são comunicações e/ou dialetos, que só são compreendidos por aqueles que vivenciam o fenômeno do melody”,  

disse Joliene Nascimento.

Outra forma de comunicação ritmada pelo melody é o corpo, “que manifesta movimentos e corporeidades no encontro de pessoas que partilham da mesma vivência e experiência, expressando-se em um corpo dançante potencializado e potencializante”.

Além disso, trabalhar com o conteúdo dança, como objeto de estudo das práticas corporais, favorece a discussão das diferenças regionais da dança dentro da identidade, do seu pertencimento e do seu território, “provocando um excelente debate cultural dentro das aulas de educação física”, explicou a pesquisadora.