A obra literária destaca a importância da cultura e do pensamento filosófico amazônico, bem como do hábito pela leitura entre as crianças
A professora da rede pública estadual, Aline Rossi, que leciona a disciplina de Filosofia nas escolas Pedro Amazonas Pedroso e Marechal Cordeiro de Farias, em Belém, lançou um livro, intitulado de “Filô Zezinho em… O que é a Filosofia?”. Esta primeira obra faz parte de uma coleção de sete livros que vão serão publicados e que, juntos, darão origem ao projeto filosófico, pedagógico e literário – “Future-se na Amazônia”.
A obra literária é totalmente contextualizada no Pará e, através de duas crianças antenadas às suas rotinas e gostos pessoais, também filosofam, isto é, são protagonistas do pensar, tornando-as críticas e reflexivas diante da própria realidade. Curiosas com a possibilidade de se aproximarem às lendas e mitos da floresta, a exemplo do que foi a mitologia grega para os antigos, os pequenos trazem à tona uma discussão filosófica local, que mais tarde levará ao debate sobre a “Filosofia Amazônica”.
De acordo com Aline Rossi, sua obra é um convite à literatura sobre a Amazônia e está disponível a todos que tiverem interesse em propagar os conhecimentos filosóficos nas escolas, comunidades ribeirinhas, tribos ou quilombos. “Este é um projeto de valorização do sujeito histórico paraense – amazônida, que visa fomentar o desenvolvimento humano na região. A iniciativa é autoral, concebida por mim mesma após 25 anos trabalhando com educação”, frisou a professora.
A educadora, que também leciona para crianças, destaca a importância do incentivo pelo hábito da literatura, desde o início do processo de ensino-aprendizagem dos pequeninos. Aline conta que o ponto de partida do projeto, após um longo percurso didático e metodológico, foi o lançamento do seu primeiro livro e, enfatiza que esta é uma iniciativa que visa integrar o conhecimento filosófico ao repertório da Educação Infantil, em todo estado do Pará.
Segundo a educadora, essas crianças que no futuro serão adultas, vão transformar a realidade e precisam ter mais domínio da sua própria identidade como sujeitos históricos e cidadãos do mundo na Amazônia. “A educação é global, precisamos ir além das escolas e universidades, pois em uma visão holística, o ser humano é um ser que aprende por natureza em todos os espaços e relações sociais; precisamos fomentar a educação que valorize a própria cultura local”, destacou.
“Morei fora por dez anos; primeiro em São Paulo, em seguida na Itália, depois em Teresina, e aprendi por meio dessa caminhada – trajetória que o estado do Pará, fixo em meio à floresta amazônica, tem um papel geopolítico-filosófico-futurista muito importante no atual cenário, e a nossa população precisa se apropriar disso”, ressaltou Aline Rossi.
SERVIÇO
Para quem tiver interesse em adquirir a obra literária, acesse o link.