Para celebrar o aniversário do registro do Carimbó como Patrimônio Cultural do Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, realiza uma mesa de debate com o tema Carimbó do meu Brasil: desafios e perspectivas no 3º ano do Registro. A atividade acontece no próximo dia 12 de setembro, no auditório anexo da Superintendência do Iphan no Pará, em Belém, e vai discutir as consequências do registro e as ações de salvaguarda do bem cultural.
Participam do debate mestres e mestras de Carimbó de diferentes regiões do Pará, realizando um balanço das ações de salvaguarda desenvolvidas nesses três anos após o registro, assim como serão discutidas perspectivas de ações futuras. A entrada é livre.
Em 11 de setembro de 2014, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do Iphan, em Brasília, aprovou por unanimidade o registro do Carimbó como Patrimônio Cultural do Brasil. Muito mais que uma manifestação cultural, as formas de expressão contidas no Carimbó estão expressas em seus aspectos artísticos, cultural, ambiental, social e histórico da região amazônica.
Há mais de dois séculos, o Carimbó mantém sua tradição em quase todas as regiões do Pará e tem se reinventado constantemente. Seus instrumentos, sua dança e música são resultados da fusão das influências culturais indígena, negra e ibérica; e a memória coletiva dos mestres e seus descendentes tem mantido vivo estes aspectos. Entretanto, a principal característica do Carimbó está nas formas de organização e reprodução sociais em torno dele, no cotidiano de sociabilidade dos carimbozeiros, seja ele relativo ao dia-a-dia do trabalho ou das celebrações religiosas e seculares. Muito mais que uma manifestação cultural, as formas de expressão contidas no Carimbó estão expressas em seus aspectos artísticos, cultural, ambiental, social e histórico da região amazônica.
O pedido de registro foi apresentado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, Associação Cultural Japiim, Associação Cultural Raízes da Terra e Associação Cultural Uirapurú, com a anuência das comunidades. Assim, entre os anos de 2008 e 2013, o Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) e a Superintendência do Iphan no Pará conduziram o processo de Registro e acompanharam as pesquisas para a Identificação do Carimbó em diversas regiões do estado.