III Festival Olhar do Norte tem data marcada: 5 a 7 de dezembro; veja os filmes em destaque

Evento, que será realizado de maneira online, contará com duas mostras de curtas-metragens além de longas convidados.

Em parceria com o site Cine Set e com a Videocamp, o III Olhar do Norte acontecerá de 5 a 7 de dezembro, com toda a sua programação disponibilizada de maneira gratuita e online. Neste ano, o festival conta com duas mostras, que já estão definidas. A Mostra Norte, que é competitiva, e reúne curtas-metragens de toda a região que disputarão os prêmios a serem concedidos por júri técnico.

A novidade fica por conta da Mostra Olhar da Pandemia, com filmes realizados a partir de março de 2020, em que o contexto da pandemia do COVID-19 é abordado de maneira direta ou indireta.

Para Diego Bauer, um dos curadores do Olhar do Norte, a terceira edição tem potencial para ser a mais bem sucedida até aqui: “Conforme a gente vai realizando o festival, ano após ano, vamos entendendo melhor as possibilidades de fazer um evento como esse. Por conta das dificuldades que 2020 nos impôs, adiamos o festival até finalmente termos essa data em dezembro, e com isso pudemos acompanhar a realização online de alguns dos mais relevantes festivais de cinema do Brasil, e como a partir dessa proposta eles chegaram a ainda mais lugares. 

Tendo em vista a qualidade dos filmes que temos este ano, e o cenário que está mais aberto e curioso para acompanhar o cinema de outros centros, como é a região norte, fico muito confiante de que a terceira edição tem potencial para expandir ainda mais os horizontes que encontramos nos dois anos anteriores”.

Seguem os filmes participantes da mostra norte

À Luz do sol (PA) – Dir. Edielson Shinohara 13′

Ari y yo (PA) – Adriana de Faria 12′

Jackselene (AM) – Dir. Maria Yole Bezerra 13′

No dia seguinte ninguém morreu (AM) – Dir. Gabriel Bravo de Lima 8′

O estranho sem rosto (AM) – Dir. Lucas Martins 10′

O medo das árvores (RO) – Dir. Édier William 19′

Mezanino (AM) – Dir. Bruno Villela e Marcelo de Moura 12′

Raimundo Quintela o caçador vira porco (PA) – Dir. Robson Fonseca 15′

Ratoeira (AM) – Dir. Romulo Sousa 12′

Tucandeira (AM) – Dir. Jimmy Christian 17′

Olhar do Norte terá sessão de A FEBRE, DE MAYA DA-RIN, dia 14/11

O III Festival Olhar do Norte apresentará uma sessão inédita do longa-metragem “A Febre”, de Maya Da-rín, no dia 14 de novembro, às 20 horas, no Playarte do Manauara Shopping. A sessão será um evento de pré-lançamento do festival.

“A Febre”, que foi gravado em Manaus, já recebeu 30 prêmios no momento e foi selecionado para mais de 50 festivais em todo o mundo. O longa estreou mundialmente no Festival de Locarno, na Suíça, conquistando três prêmios (Pardo de Melhor Ator, para Regis Myrupu, prêmio da crítica internacional FIPRESCI e o prêmio “Environment is Quality of Life”). No Festival de Biarritz (França) e no Festival de Pingyao (China) conquistou os prêmios de Melhor Filme. No Brasil o longa conquistou três prêmios no Festival do Rio 2019 (Melhor Direção, Prêmio Especial do Júri e Melhor Som) e no 52º Festival de Brasília conquistou cinco candangos (Melhor Longa-Metragem, Melhor Direção, Melhor Ator para Regis Myrupu, Melhor Som e Melhor Fotografia).

A trama narra a história de Justino, um indígena do povo Dessana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar medicina em Brasília. Como o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Porém, sua rotina no porto é transformada com a chegada de um novo vigia. Nesse meio tempo, seu irmão vem de visita e Justino relembra a vida na aldeia, de onde partiu há mais de vinte anos.

“A exibição de A Febre no Olhar do Norte é motivo de enorme satisfação pra gente. Não apenas pelo fato de ser um filme de trajetória gigante em diversos festivais pelo mundo, mas pela delicadeza e relevância das discussões que propõe. Pude ver de perto o filme sendo feito, fui 3º assistente de direção do filme, e ali pude ver todo o dedicado trabalho da direção na relação com Manaus, com os atores, os dramas ali expostos. Ter a chance de assisti-lo numa sala de cinema é um verdadeiro presente, e fico feliz que mais pessoas da cidade também terão essa oportunidade”, afirma Diego Bauer.

Por conta das medidas de isolamento, apenas metade da capacidade da sala será ocupada. 

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