O espetáculo ‘Amazônia- A Cura do Mundo’ conta a aventura da menina Maria em busca de ajuda para sua avó enquanto viaja pela região e conhece lendas, cultura indígena e seres mágicos.
Maria é uma menina que percorre a Amazônia em busca pela cura de uma doença que atingiu a sua avó. No meio da aventura na natureza, ela conhece lendas, cultura de povos indígenas e seres característicos da floresta. Essa é base da história do espetáculo ‘Amazônia- A Cura do Mundo‘, uma produção amazonense que conta com mais de 200 pessoas envolvidas no processo criativo e execução.
A produção é do Gandhicats Project, grupo de dança que tem conquistado os palcos de Manaus desde a fundação, em 2018, pelo coreógrafo e artista Gandhi Tabosa. O objetivo é espalhar a cultura nortista e especialmente amazônica. Tanto que o grupo já fez homenagens para grandes ícones culturais da Amazônia, como os bois-bumbás Garantido e Caprichoso e a cantora Joelma.
Segundo o coreógrafo, ele sentia a necessidade de unir diferentes pessoas em busca de um projeto completamente inovador. E o novo espetáculo reflete exatamente isso, com a apresentação de itens do Boi Bumbá Garantido, com apoio de Isabelle Nogueira e Adriano Paketá, e também participação de itens do Boi Caprichoso, com Valentina Cid e Marciele Albuquerque, além de cantores como Márcia Siqueira, Luli Braga, Anne Jezini, Iana Moral, Márcia Novo e Vívian Oliveira.
Ao Portal Amazônia, o diretor da companhia de dança, Gandhi Tabosa, contou qual a ideia do espetáculo que encerra a temporada de 2022. “O espetáculo conta a história de Maria, uma garotinha de 9 anos de idade que tem uma avó que está doente e ela precisa achar a cura para avó, e assim ela começa uma grande odisseia pela Amazônia para ir atrás dessa cura. Essa garotinha cresceu ouvindo histórias da avó, que contava sobre lugares mágicos, povos indígenas, lendas, curas, pajés e ela cresceu nessa Amazônia lúdica e imaginária”, resumiu.
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Através do movimento artístico serão abordadas questões relacionadas à biodiversidade, garimpo e territórios indígenas. “O espetáculo é também um grito para o que está acontecendo com a Amazônia, com os povos indígenas e toda nossa biodiversidade. É preciso que esses temas estejam em todas as pautas, e acredito que a minha arte seja uma ferramenta comunicativa. O espetáculo é a apoteose desse ciclo amazônico nortista”, defendeu.
“Eu tenho esse espetáculo em meu coração há muito tempo. Sempre sonhei em fazer algo que exaltasse a cultura indígena, folclórica, a diversidade manauara e os artistas amazonenses”,
completou Gandhi.
O figurino é também criação do próprio Gandhi Tabosa com desenhos de Eben Santana e conta com três equipes de costureiras envolvidas na produção das roupas. A dramaturgia foi escrita por Francis Madson e Gandhi Tabosa.
A produção envolve Staff de apoio, técnicos e bailarinos, sendo divididos em dez grupos diferentes de turmas da companhia, que variam entre turma infantil, juvenil, adulto, sênior e avançado.
O espetáculo cênico-musical terá ainda homenagens aos artistas locais que morreram no último ano, como Zezinho Corrêa, Thiago de Mello e Ednelza Sahdo. A apresentação acontece em 11 de dezembro, às 19h30, no palco do Studio 5 Shopping e Convenções. Os ingressos estão à venda pela plataforma Sympla.
Gandhicats Projects
Em Manaus, o termo ‘Gandhicats’ ficou conhecido como um grupo de bailarinos integrantes do La Salle Cia de Dança, sob direção de Gandhi que realizava espetáculos no colégio entre 2011 e 2017. Essa fase foi repleta de conquistas e reconhecimentos nacionais, sendo um deles o Festival Internacional de Hip Hop, conhecido como FIH2. Ainda à frente do projeto inicial, foram obtidas premiações que levaram o grupo a realizar apresentações nos palcos de Curitiba (PR).
Com a colaboração da street dance Nigga, os bailarinos do Gandhicats conquistaram em 2017 o 1º lugar na categoria avançada da coreografia Karkinos durante o FIH2. No mesmo ano, obtiveram o 2º lugar na categoria Júnior com a coreografia ‘Viagem ao Centro da Terra’. Além do elenco de Manaus, o projeto conta com bailarinos de várias localidades do Brasil.
Dentre as colaborações em outras cidades, estão as companhias de dança: Araxá (Minas Gerais), com o grupo Enigma Dance Company; Maringá (Paraná), com o grupo Street Company Tatiana Souza; Xanxerê (Santa Catarina), com o grupo Expressão Corpo e Arte; Chapecó (Santa Catarina), com o grupo Expressão do Ritmo; e Santos (São Paulo), com o grupo Baixada Hip Hop.