Nas páginas, os quadrinistas mostram memórias, ancestralidades indígenas e abordam questões ambientais.
A Amazônia está repleta de artistas que constroem histórias em quadrinhos (HQ’s) únicas e até épicas. São quadrinistas que retomam memórias, ancestralidades indígenas e negras, abordam questões ambientais e muitas outras características da região em suas criações.
Por conta disso, as HQ’s vão muito além de entretenimento, pois podem ser usadas para aprender sobre a Amazônia e valorizar a cultura regional. O Portal Amazônia encontrou três HQ’s que usam Manaus como cenário e reforçam a reflexão sobre a cultura local. Confira:
‘Death hunt’, de Stan Lee
Criada por Stan Lee, mas desenvolvida por um estúdio brasileiro, a história de Death Hunt se passa na Amazônia dos dias atuais. John Cord, um policial de Nova York, viaja para a região em busca de seu irmão, o ambientalista Brent, que despareceu em circunstâncias misteriosas enquanto investigava um garimpo ilegal nas terras de um povo indígena isolado do mundo exterior.
Quando chega em Manaus, Cord encontra Niara, uma jornalista de origem indígena que está investigando o caso por conta própria. A partir daí ocorrem reviravoltas recheadas de suspense, ficção científica e muita ação que se desenrolam em um thriller revelador.
‘Sete cores da Amazônia’, de Ademar Vieira
A HQ de Ademar Vieira acompanha a saga de Sarah, uma menina que vive nas inúmeras palafitas da periferia de Manaus. Acostumada com sua rotina de pobreza, Sarah vê seu mundo se expandir de uma forma inesperada quando conhece sua avó, Ceucy, e embarca em uma jornada de descoberta de suas raízes indígenas.
‘Ajuricaba’, de Jucylande Júnior e Ademar Vieira
A parceria entre Jucylande Júnior e Ademar Vieira resultou na obra ‘Ajuricaba’. A trama mostra a ocupação europeia na Amazônia e o avanço do colonialismo português, marcado pelo genocídio de centenas de povos nativos.
Após anos de conflitos, massacres, doenças e escravização, a resposta indígena veio à altura, com o surgimento de um grande líder oriundo da maior nação guerreira da selva, os Manaós. Ajuricaba é um jovem corajoso e inteligente que foi capaz de reunir mais de 30 tribos contra as investidas da coroa portuguesa e conseguiu impedir, durante cinco anos, a expansão do projeto colonial português em toda a calha do Rio Negro.
Seus feitos épicos e sua bravura nunca foram esquecidos e é por isso que, hoje, a capital do Amazonas se chama Manaus, em homenagem a ele e ao povo que deu a vida pela liberdade.