O sonho de qualquer bailarina é chegar ao Teatro Bolshoi, uma das principais companhias de balé e ópera do mundo. Esse sonho ficou mais próximo para a pequena Ana Clara Costa Azevedo, de 12 anos. Ela vai estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que fica em Joinvile, Santa Catarina.Tudo começou no bairro da Sacramenta, em Belém, quando Ana Clara começou a dar os primeiros passos na dança dentro do pólo Pro Paz, ao frequentar as classes de balé.
“É um orgulho para todos os paraenses ter você nos representando no Bolshoi”, disse Simão Jatene, que estava acompanhado da secretária de Estado de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene, e do coordenador de pólo da Fundação Pro Paz, Luiz Felix.
Foto: Divulgação
Ana Clara está de malas prontas para morar no sul do país. O governo do Estado, através da Fundação Pro Paz, está apoiando a família na mudança que se faz necessária, diante da bolsa de estudos que tem duração de oito anos.
“Estou muito feliz por essa experiência que vou passar. Comecei no balé aos oito anos, dentro do projeto do Pro Paz e agora vou para o Bolshoi. Estou muito feliz”, falou Ana Clara ao contar que decidiu ser bailarina quando viu uma apresentação de balé. “Eu achava bonito elas na ponta. Então eu falei pra mamãe: ‘eu quero ser bailarina’”, reiterou Ana Clara, que estava acompanhada de seus pais Maria Antônia Costa e José Renato Azevedo.
Mais de 2.500 crianças e jovens de todo Brasil se inscreveram nas pré-seleções do Teatro Bolshoi no Brasil. Desse total, 48 foram aprovados para estudar na unidade de Joinvile. O talento da paraense Ana Clara Costa Azevedo a levou a conseguir uma bolsa em uma companhia em Belém e se preparar para esse importante teste que foi realizado em julho deste ano.
Segundo o site da escola todos os candidatos aprovados receberão bolsa de estudos e benefícios. A manutenção da bolsa será de acordo com o rendimento do curso regular de ensino e do curso de dança. As despesas de moradia, alimentação e matrícula no curso de ensino regular são de responsabilidade dos aprovados, bem como todas as despesas pessoais que envolvam a rotina deste aluno.
Trabalho
A mãe da bailarina conheceu o Pro Paz nas divulgações de matrícula para as oficinas do pólo da Sacramenta, onde inscreveu as duas filhas. Para ela, o projeto é importante, tanto na formação extracurricular de crianças e adolescentes, como na ocupação do tempo ocioso. “Eu acho um projeto maravilhoso, principalmente para as crianças que vivem pelas ruas, sem ter o que fazer. Esses projetos, geralmente, são apenas uma ocupação, nunca pensei que de lá a Ana Clara iria chegar ao Bolshoi”, afirmou orgulhosa.
A realização do sonho da bailarina é motivo de orgulho para os colaboradores da Fundação Pro Paz. “Os servidores que participam do Pro Paz, têm a missão de transformar vidas através do esporte e da arte. A aprovação da Ana Clara no balé Bolshoi, sinaliza o esforço da família dela e vários profissionais que trabalham nessa ação do governo do Estado, há 12 anos. É uma alegria e uma emoção muito grande para todos nós”, declarou o presidente da Fundação pro Paz, Jorge Bittencourt.
A região Metropolitana de Belém possui seis pólos Pro Paz com ofertas de aulas de dança, teatro, música e esporte, em diversas modalidades, conforme explicou o presidente da Fundação pro Paz. “É uma política pública gratuita, qualquer criança e adolescente pode participar, basta ter a disposição de uma família comprometida com a educação do seu filho, que a gente oferece uma política pública com acompanhamento psicossocial, ligando a outras políticas públicas do Estado. Os pólos estão de portas abertas”, destacou Jorge Bittencourt.
Para os especialistas, a magnitude e extensão do impacto climático sobre a população da região nos dois últimos anos requer um programa governamental abrangente, a exemplo do “1 milhão de cisternas” realizado no semiárido nordestino.
