Com o som provocado pelo atrito de suas asas, muitos acreditam que a rasga mortalha traz o anúncio da morte.
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A coruja-rasga-mortalha está presente em todo o território brasileiro, porém a lenda se espalhou especialmente nas regiões norte e nordeste do Brasil. O atrito de suas asas, ao voar, produz o som de um pano que está sendo rasgado.
Acredita-se que quando esta coruja passa sobre a casa ou pousa no telhado e da um piado, alguém que mora nesta casa morrerá.
A lenda diz que uma jovem chamada Suindara (um dos nomes populares da coruja) trabalhava como carpideira, profissional feminina cuja função consiste em chorar para um defunto alheio e era filha de Eliel, um feiticeiro muito temido na região.
Suindara era muito inteligente e respeitada e todos a chamavam de “coruja branca”. Porém a jovem começou a namorar Ricardo, filho de uma condessa chamada Ruth, que era muito preconceituosa e nunca aceitaria o romance. Para o azar do jovem casal a mãe de Ricardo descobriu o romance, marcou um encontro falso com suindara e mandou um empregado matar a jovem.
Por ser muito querida a cidade ficou em luto, enterrando suindara e fazendo uma bela coruja branca em sua cripta. O pai da jovem acabou descobrindo o crime e fez um poderoso ritual para se vingar da assassina. Ele foi até o túmulo e fez com que o espirito da jovem entrasse na estátua da coruja, fazendo com que ela ganhasse vida própria. Em seguida a coruja foi até a sacada da janela onde Ruth dormia e começou a fazer o seu piado característico, e ao amanhecer Ruth estava morta, com as roupas todas rasgadas. A partir daí a coruja ganhou a fama de ser agourenta.
Porém, vale lembrar que toda essa história não passa de uma lenda e não possui nenhuma comprovação científica. Existem pessoas que ao contrário da lenda, acreditam que a coruja trás sorte, uma vez que atuam no controle de pragas urbanas, como ratos e morcegos. Além disso, a ave é mansa, a ponto de pedir carinho.
Confira o som que a rasga-mortalha produz: