Rondônia registra mais de 2,1 mil casos de Covid-19 entre indígenas e chega a 37 mortes, aponta Coiab

Entre indígenas na Amazônia Legal Brasileira, foram confirmados 34.135 casos e 770 mortes desde o início da pandemia.

Dados da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) divulgados no sábado (6), apontam que o número de indígenas com Covid-19 em Rondônia chegou a 2.114. Ainda há outros 100 casos suspeitos.

Segundo boletim atualizado no dia 4 de fevereiro, 37 indígenas de 13 povos diferentes morreram vítimas da doença no estado. 

Foto: Frank Nery / Secom – Governo de Rondônia

Conforme a Coiab, os povos indígenas atingidos em Rondônia pelo novo coronavírus são:

  1. Aikanã;
  2. Arara Karo;
  3. Cinta Larga;
  4. Kanoê;
  5. Karitiana;
  6. Karipuna;
  7. Kassupa;
  8. Kempe;
  9. Makurap;
  10. Mura;
  11. Oro War;
  12. Paiter Suruí;
  13. Parintintin;
  14. Piripkura;
  15. Puruborá;
  16. Sakirabiat;
  17. Tupari; e
  18. Wajuru.

O levantamento é feito baseado em informações de lideranças indígenas, notas de falecimento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), organizações que fazem parte da rede da entidade e profissionais de saúde.

Entre indígenas na Amazônia Legal Brasileira, foram confirmados 34.135 casos e 770 mortes desde o início da pandemia. 

Vacinação de indígenas

2.971 indígenas já foram vacinadas contra a Covid-19, sendo de acordo com boletim divulgado pelas Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no sábado (6).

A vacina chegou ao povo indígena Karipuna, em Rondônia, que vive grave risco de extinção. O grupo recebeu a equipe de vacinação da Secretaria de Saúde Indígena no último dia 29 de janeiro. O cacique André Karipuna agradeceu a Deus e à Ciência pela chegada do imunizante.

Cercados por madeireiros nos limites de sua terra e invasões e desmatamento dentro dela, a fragilidade do grupo já gerou denúncias na ONU em 2018. São apenas 58 indígenas reunidos em uma única aldeia (menos de 30 deles são Karipuna, uma vez que há indígenas de outros grupos casados com Karipunas que moram na mesma aldeia).

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

O futuro incerto dos botos da Amazônia no meio de uma seca histórica

Este ano, a seca dos rios amazônicos já é pior que a de 2023, quando 209 botos-cor-de-rosa e tucuxis foram encontrados mortos no Lago Tefé, no Amazonas, em grande parte devido ao superaquecimento das águas.

Leia também

Publicidade