Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e famílias devem ficar alertas com peçonhentos

O rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento de 14 metros às 6 horas desta sexta-feira (18), quando atingiu 14,04. Às 9 horas, já estava em 14,10 metros. Apesar disso, até o momento, nenhuma família solicitou ajuda para sair de casa. Com o rio neste nível somente quintais começam a alagar.

A Defesa Civil Estadual faz o monitoramento do rio Acre e seus afluentes por meio dos boletins emitidos com base nos dados das plataformas instaladas em 22 pontos estratégicos e com visitas in loco.

O Riozinho do Rola, maior afluente do rio Acre, está com o nível oscilando e, na noite dessa quinta-feira (17), atingiu 14,78. Ele é um dos que recebem maior atenção da Defesa Civil por influenciar diretamente o volume de água sobre o rio Acre na região de Rio Branco.
 

Foto: Pedro Devani/Secom 

Em 2015, quando ocorreu a maior enchente registrada na capital, o Riozinho do Rola chegou a 17 metros. Para 2019, a meta determinada pela Agência Nacional de Águas (ANA) é definir cotas de alerta e transbordamento em todas as regiões onde há maior concentração de pessoas.

O tenente-coronel James, coordenador da Defesa Civil Estadual, alerta para os cuidados que a população deve ter neste momento. O mais importante é observar o nível da água nos quintais, que sobre gradualmente às vezes de forma rápida, para requerer a tempo a remoção para o abrigo instalado no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco. Caminhões já estão preparados para atender esta demanda que pode ser solicitada pelo número 193. O Ciosp recebe o pedido e encaminha à Defesa Civil.

Suspensão da energia e animais peçonhentos: cuidado redobrado

Uma das maiores dificuldades encontradas pelas equipes da Defesa Civil é conscientizar a população para que peça o desligamento da unidade consumidora assim que a água estiver chegando perto do padrão de energia.

“Esse é nosso maior problema. Muitos não querem desligar e muitas vezes esse pedido tem que ser feito por nós. Nessas localidades é comum o uso das boias do tipo mergulhão geralmente ligadas a cabos velhos e desencapados e isso traz risco para todos”, diz o coordenador da Defesa Civil do Estado.

A atenção deve ser redobrada também para evitar acidentes com animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas, que saem de seu habitat quando as águas começam a subir.

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