O ser mitológico da cultura tupi-guarani pode ser representado por homem ou mulher, pois depende da região em que a lenda é contada.
Quem cresceu na década de 1990, certamente conheceu uma prima famosa do Curupira quando assistiu o programa infantil ‘Castelo Rá-Tim-Bum’: a Caipora. Primeiro é preciso esclarecer que esse ser mitológico da cultura tupi-guarani pode ser representado por homem ou mulher, pois depende da região em que a lenda é contada.
Mas nas histórias mais populares Brasil afora, Caipora é descrita como uma índia de baixa estatura, muito ágil, com uma cabeleira vermelha enorme, orelhas pontiagudas e que anda pela mata montada em um tipo de porco selvagem.
A palavra Caipora vem do tupi ‘caapora’ e quer dizer ‘habitante do mato’. E ela não é qualquer habitante das florestas, pois é a guardiã dos animais selvagens. É a responsável por castigar os caçadores gananciosos que não cumprem o acordo de caçar somente o necessário para sobreviver.
Ela afugenta as presas, espanta cães farejadores e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata, assobiando ou dando pistas falsas para que se percam.
A lenda conta que os indígenas tinham muito medo da Caipora e acreditavam que ela temesse a claridade, por viver na mais densa e fechada área da mata, por isso usavam fogo para espantá-la.
Mas, para quem também tiver medo de enfrentar Caipora, há uma forma de agradá-la: oferecer-lhe fumo. A lenda conta que antes de sair para caçar no mato, o caçador deve deixar fumo de corda no tronco de uma árvore e dizer em alto e bom som: “Toma, Caipora, deixa eu ir embora”.
Em outra versão, Caipora é um índio baixo, de pele escura e muito peludo que surge montado em um porco do mato e sempre carregando uma vara de caça. E em algumas regiões, a lenda de Caipora se confunde com a lenda do primo, Curupira, mas de modo geral Curupira é o guardião da floresta e Caipora é guardiã dos animais da floresta.
E na sua região? Como é a lenda de Caipora?