O documento considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2020
Para celebrar o Dia Mundial da Água (22 de março), o Instituto Trata Brasil publicou a 14ª edição do Ranking do Saneamento. No relatório, nove cidades da Amazônia figuram entre as piores cidades de saneamento básico no Brasil. O documento considera os dados mais recentes do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2020.
Nove cidades da Amazônia estão na lista com os piores saneamentos básicos do País. Veja quais são as cidades:
Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos 100 maiores municípios brasileiros com base em população, com o objetivo de dar luz a um problema histórico vivido no país. A ausência de acesso à água tratada atinge quase 35 milhões de pessoas e 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em centenas de pessoas hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica.
Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem uma dificuldade com o tratamento do esgoto, do qual somente 50% do volume gerado são tratados – isto é, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente. Outro ponto abordado é sobre os investimentos feitos em 2020, que atingiram R$ 13,7 bilhões, valor insuficiente para que seja cumprido as metas do Novo Marco Legal do Saneamento – Lei Federal 14.026/2020.
Ao analisar as 20 melhores cidades contra as 20 piores cidades, a equipe observou que há diferenças nos indicadores de acesso: enquanto 99,07% da população das 20 melhores tem acesso à redes de água potável, 82,52% da população dos 20 piores municípios não tem o serviço.