Fenômeno vai provocar secas prolongadas em regiões com hidrovias para escoamento de produtos.
“Já estamos detectando uma movimentação de empresas desses setores e da área de logística para analisar os possíveis impactos do La Niña e as previsões do clima ao longo do ano, a fim de promoverem mudanças em seus cronogramas de escoamento dos produtos da região Norte para outras localidades do País”,
conta Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo.
“Depois dos transtornos registrados no ano passado, muitas empresas estão buscando se antecipar a fenômenos como a possível estiagem prolongada, que pode ocorrer entre o final do outono e o início do inverno.”
As previsões da Climatempo para os próximos períodos apontam as seguintes tendências:
- O outono deverá ser um período de fase neutra, com diferenças de comportamento do clima de acordo com a região do País.
- Na primeira metade do outono, ainda prevalecerão os efeitos do El Niño, mas já com pouca força, com chuvas irregulares na Amazônia.
- Na região Sul, as chuvas deverão ser mais tempestuosas, mas a frequência dos temporais será menor.
- No Centro-Oeste e no Norte, pode ocorrer seca prolongada, com um ar mais seco e possíveis queimadas principalmente entre a primeira e a segunda metade do inverno.
O meteorologista da Climatempo afirma que, embora a La Niña possa prolongar a seca nessas regiões, a tendência é que seja tão severa como foi no ano passado, mas deve amenizar antes, diante da previsão de ocorrência de chuvas mais regulares a partir de outubro.
“A La Niña favorece episódios de frio no Sul e Sudeste, mas a tendência é que o outono e o inverno não sejam tão frios. A previsão é de temperaturas acima da média durante mais dias seguidos, intercalados por períodos dois a três dias de frente fria, e assim sucessivamente”, completa Lucyrio.