Pescadores filmam “briga” de boto-cor-de-rosa com peixes elétricos em Rondônia

Imagens foram registradas durante uma pescaria no rio Guaporé e a “briga” durou aproximadamente oito minutos.

Uma “briga” de um boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) com peixes elétricos foi flagrada no Rio Guaporé, em Pimenteiras, município de Rondônia. As imagens foram registradas pela comerciante Eliane Jardini, de 35 anos, durante uma pescaria no último fim de semana.

Ela conta que estava acompanhada do marido e um casal de amigos, quando ouviram um barulho vindo da água. No mesmo momento pegou o celular para registrar. “Pesco há anos naquele rio e já vi muitos botos, mas nessa briga aí não. Meu sentimento é de gratidão. Acho que pouquíssimas pessoas têm essa honra de ver uma cena dessa”, aponta a comerciante.

Foto: Reprodução/Facebook-Eliane Jardini

É possível ver que a cauda do boto aparece na superfície da água enquanto o peixe elétrico dá várias cambalhotas. Eliane conta que é como se o boto “estivesse batendo no peixe com a cauda”. A briga durou aproximadamente oito minutos, até que os animais sumiram na água.

O biólogo Flávio Terassini analisou as imagens e, segundo ele, a “briga” foi entre o boto e vários peixes elétricos: “Bem interessante mesmo. Então, é o seguinte: cada vez que o boto joga é um peixe elétrico diferente. No primeiro vídeo eu contei pelo menos quatro peixes elétricos, no segundo vídeo tem pelo menos dois peixes elétricos sendo arremessados”.

“Provavelmente o boto invadiu o espaço deles, os peixes dispararam choque e o boto revidou usando a cauda. Assim como os golfinhos fazem também nos oceanos. Para se defender eles usam esse sistema de bater a cauda”, explicou Terassini.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pesquisa mapeia 14,3 mil observações de felinos para entender suas interações com humanos

Expansão da atividade econômica no campo afeta diversos biomas, do Cerrado à Amazônia, resultando em paisagens mais fragmentadas, mas os efeitos dessas mudanças sobre grandes felinos selvagens ainda são pouco conhecidos.

Leia também

Publicidade