Você sabia que o fluxo do Rio Amazonas já correu ao contrário?

A descoberta foi realizada em 2006,  apontando que o maior rio do mundo partia do Oceano Pacífico

Considerado o maior rio do mundo, o Rio Amazonas tem seu fluxo do oeste para o leste, em direção ao Atlântico, entretanto, não foi sempre assim. Os indícios apontam que o rio partia do Oceano Atlântico em direção ao Pacífico.

O Rio Amazonas possui 6.992 km de comprimento, nascendo na cordilheira dos Andes, no sul do Peru, com nome de Apurimac, passando pela Colômbia e desaguando no Oceano Atlântico, na região norte do Brasil.

De acordo com o professor de geografia, José Camilo, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a América do Sul estava interligada ao Continente Africano. Nesse período, o rio Níger corria para o Oceano Pacífico, continuando o Rio Amazonas. Com a deriva dos continentes, o rio Amazonas prosseguiu com o pacífico, até que ocorreu o surgimento dos Andes, onde ocorreu o represamento da água e com isso formou-se o chamado Mar Siluriano. Após isso, a água começou a regredir, formando os canais e o Rio Novo. Com a separação dos continentes, houve a alteração do fluxo do rio em direção ao Oceano Atlântico.

Saiba mais: Você sabia que o Rio Amazonas tem origens na África?

Foto: Unsplash

A separação da América do Sul e da África aconteceu entre 65 e 145 milhões de anos atrás, surgindo um planalto, na região onde se encontra hoje a foz do rio Amazonas, no Maranhão. Infelizmente, esse planalto está desaparecido.

A descoberta foi feita durante uma pesquisa com uma equipe de pesquisadores americanos e brasileiros, organizados pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), responsáveis por estudar grãos de minerais do período escondidos nas areias da bacia amazônica.

Usando aviões e pequenos barcos, os cientistas passaram 2 anos coletando amostras de sedimentos por cerca de 500 km de floresta. Os resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Americana de Geologia, na Filadélfia, no ano de 2006. 

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