Rede é responsável pela criação e disseminação de informações sobre prevenção ao coronavírus em diversos formatos e línguas
Trinta e um adolescentes e jovens indígenas, entre 15 a 29 anos, de nove estados da Amazônia Legal formam a rede de jovens comunicadores indígenas que participam do projeto de apoio aos povos indígenas da Amazônia brasileira na prevenção e mitigação da Covid-19, resultado da colaboração entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fiocruz Amazônia e Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), com o apoio do Escritório de Assistência a Desastres da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
O projeto, além de realizar a distribuição dos kits de higiene em comunidades indígenas e totens com álcool em gel para organizações indígenas, tem ainda o objetivo para formação em educomunicação, saúde mental e proteção de crianças e adolescentes, além da prevenção e resposta às diferentes formas de violência para jovens comunicadores indígenas. Atualmente, a rede é responsável pela criação e disseminação de informações sobre prevenção à Covid-19 em diversos formatos e línguas indígenas.
Os materiais informativos visam o protagonismo da rede de jovens comunicadores no projeto, conforme ressalta Angela Kaxuyana, coordenadora tesoureira da Coiab. “A rede de jovens indígenas é extremamente importante porque ela transmite o olhar dos povos indígenas por meio dos jovens. Assim, assumimos o protagonismo que a história seja contada com nossa voz, nosso olhar e a nossa opinião a partir do conhecimento e valorização dos mais velhos”, salienta.
Desde o fim de fevereiro, por meio do projeto, os integrantes da rede de comunicadores estão recebendo o “Kit Conectividade” com Smartphone (A51, 128GB e 4GB RAM), capa do celular e carregador portátil. E ainda o “Kit Visibilidade” com mochila saco, blusas, boné, folder de higienização de máscaras, caderno, caderneta, máscaras de tecido, canetas e adesivos do projeto. Além disso, os adolescentes e jovens são apoiados com créditos para celular.
A coordenadora e mobilizadora da Rede de Jovens Comunicadores Indígenas, Alana Keline Costa, do povo Manchineri, no Acre, explica que o processo de construção da rede ocorreu, em 2020, devido a pandemia ocasionada por coronavírus e da necessidade de fortalecer a comunicação das organizações para a prevenção à Covid-19. “Ao integrar ao projeto, a rede incentivou à produção de conteúdo dos jovens comunicadores, além de permitir a conectividade com o acesso à internet e ao celular na produção de conteúdos e na comunicação entre os povos indígenas”, explica.