A ação tem como objetivo aproximar o trabalho realizado pelas instituições de conservação ambiental presentes em Belém.
É quase improvável passear no Mangal das Garças sem se deparar com iguanas (Iguana iguana) que vivem livres no local. Recentemente, algumas dessas espécies foram doadas ao Museu Emílio Goeldi. A ação tem como objetivo aproximar o trabalho realizado pelas instituições de conservação ambiental presentes em Belém (PA). O Parque também já recebeu e doou outras espécies em parceria com o Museu e Bosque Rodriguez Alves.
O trabalho de acolhimento a animais resgatados de cativeiros ou com algum tipo de limitação física realizado pelo Mangal das Garças abrange espécies como a Iguana. Atualmente, o espaço turístico conta com uma numerosa população deste animal, que vive e se reproduz no Parque.
“A população destes répteis no Mangal é enorme, também por consequência de que muitos nasceram e cresceram em cativeiro, por isso não poderiam ser reintegrados aos habitat natural, passando, portanto, a viver e se reproduzir no Parque. O Museu já possui uma população de iguanas, porém estava reduzida, então concordamos em realizar a transferência” explica Camilo González, veterinário do Mangal das Garças.
Gonzáles conta que o Museu Emílio Goeldi também já cedeu algumas mudas de vitórias-régias, as quais a equipe técnica do parque ainda está trabalhando a instalação em ambiente adequado. Anteriormente, o Mangal já havia concedido ao Museu, um pavãozinho-do-pará (Eurypyga helias).
“O Mangal e o Museu coabitam a mesma cidade, com os mesmos objetivos de conservação, pesquisa e preservação da biodiversidade. Estamos procurando estreitar estes laços, detectar as necessidades destas instituições e identificar como podemos intercambiar bens que eles precisam e vice-versa”, declara o veterinário.
Camilo revela que o Museu reproduz arraias-xingu e já ofereceram alguns destes peixes ao Parque Zoobotânico. E a relação de parceria se estende, ainda, ao Bosque Rodriguez Alves, de onde veio uma das atrações mais queridas pelo público no Mangal: a arara-vermelha (Ara chloropterus), carinhosamente batizada de Linda, que hoje se encontra na ilha das aves do parque.
“Nós ainda pretendemos transferir dois guarás, que são nosso ‘carro-chefe’, para o Bosque Rodriguez Alves. O Mangal é uma grande referência na reprodução desta ave. Este tipo de trabalho gera recursos que outras instituições precisam, e podemos suprir estas carências, assim como o que eles tem, por vezes, é um tesouro para nós”, destaca Gonzáles.
No total, o Mangal das Garças possui 260 espécies vivendo no local, além das cerca de 300 garças que visitam o Parque todos os dias.