No último dia 7, o Ibama já havia indeferido o pedido de licença da empresa. Na ocasião, o instituto justificou a decisão apontando a existência de “um conjunto de problemas técnicos identificados ao longo do processo de licenciamento”.
Suely também menciona que, na documentação entregue ao Ibama, a própria empresa assume que “alguns elementos técnicos do processo podem despertar dúvidas” quanto à segurança do empreendimento. Para a presidenta do Ibama, não há como relevar “as notórias dificuldades encontradas pela empresa para solucionar questões técnicas para a realização da perfuração, em especial aquelas ligadas a apresentar um Plano de Emergência Individual que seja exequível e compatível com a extrema sensibilidade ambiental da região”.
“Um incidente com vazamento de óleo na região em que se situam os Blocos FZA-M-57, 86, 88, 125 e 127 na Bacia da Foz do Amazonas pode implicar danos irreversíveis se o empreendedor não contar com robusta infraestrutura e planejamento preciso de como atuar na emergência”, acrescenta Suely em seu despacho, acompanhando parecer técnico.
Para o Ibama, a decisão já não comporta mais recursos ao ministério do Meio Ambiente ou a outra autoridade administrativa. Procurada pela Agência Brasil, a Total E&P informou que não se manifestaria sobre o assunto.
Em seu site, a empresa informa que os cinco blocos da bacia da foz do Rio Amazonas estão entre seus principais ativos no Brasil – onde a subsidiária do Grupo Total, uma das maiores empresas exploradoras de petróleo e gás do mundo, possui, no total, 15 blocos exploratórios de óleo e gás, com foco em águas profundas.
A Total E&P do Brasil atua na Exploração e Produção de óleo e gás, e possui um portfólio amplo e diversificado, composto por 15 blocos exploratórios, com foco em águas profundas. Entre os principais ativos da empresa estão a participação de 20% no consórcio do campo de Libra, no pré-sal brasileiro, e os cinco blocos como operadora na Bacia da Foz do Amazonas.