A partir de dados captados por sensores orbitais, o SIPAMSar poderá detectar o desmatamento em áreas e épocas do ano em que os sensores ópticos tinham dificuldades em fazer registros.
Via satélite, os sensores orbitais conseguem, por exemplo, obter imagens de toda a Amazônia Legal e das bacias petrolíferas brasileiras. De outubro a abril, a cobertura de nuvens e as intensas chuvas exigem um monitoramento do desmatamento da Amazônia com técnicas aprimoradas, agora disponíveis.
O novo sistema começou a ser desenvolvido em 2015 e o projeto prossegue até 2019, com 64 milhões de reais de investimento do Fundo Amazônia e quase 17 milhões de reais repassados pelo governo federal. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, considera o SipamSar o novo guardião da Amazônia.
As áreas que o novo sistema deve monitorar de forma prioritária vão ser definidas pelo Ibama, que também ficará responsável pela divulgação dos dados, a depender das operações de fiscalização. Durante a fase de teste, entre novembro de 2016 e janeiro de 2018, o SIPAMSar gerou 20 mil alertas sobre desmatamento na Amazônia Legal.
Um dos estados que passou a ser melhor monitorado foi o Amapá, que possui cobertura densa de nuvens quase o anto todo. O próximo passo do projeto é a instalação de estações de recepção de dados em Brasília e Manaus.