Estudo vai analisar impactos de mudanças climáticas na conservação da onça-pintada na Amazônia

Em risco de extinção, 13 instituições se unem para analisar os impactos da ação humana sob o maior felino das Américas

 

A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e também uma das mais de mil espécies sob risco de extinção no Brasil.  Visando a conservação da espécie e a melhoria da qualidade de vida das populações que convivem com ela, 13 instituições formaram a Aliança para a Conservação da Onça-Pintada (Aliança Onça-Pintada), cujo segundo encontro foi realizado nos dias 7 e 8 de maio, na região do Rio Negro, em Manaus, no estado do Amazonas.

 

Entre as ações previstas, o grupo interinstitucional irá lançar um estudo onde serão avaliados os impactos das mudanças climáticas e também das novas políticas ambientais na sobrevivência da espécie.

 

Foto: GP Felinos/Instituto Mamirauá

“A ideia é que a gente possa fazer ações coordenadas de conservação e de pesquisas para ter informações básicas, úteis e aplicáveis em curto prazo”, explica o especialista em onça-pintada e diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, Emiliano Ramalho. O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

 

A Aliança Onça-Pintada também agrega organizações internacionais com atuação em outros países da Amazônia.

 

Foto: Leonardo Princípe/Divulgação

Espécie sob risco

 

Coletas de amostras genéticas e o mapeamento das principais áreas ameaçadas no bioma permitirão a formação de um panorama geral da espécie, classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) como “vulnerável”. O estudo também contará com avaliação dos possíveis impactos causados pelas mudanças previstas nas novas políticas ambientais de proteção ao bioma amazônico.

 

As principais ameaças à existência da onça são a perda e fragmentação de habitat associados à expansão agrícola, mineração, implantação de hidrelétricas, ampliação de malha viária e à eliminação de indivíduos por conta da caça.

 

“Existem muitos estudos localizados, feitos em lugares e situações específicos. O que queremos é começar a ter um retrato mais amplo, que mostre o status de conservação deste animal em todo o bioma amazônico”, afirma o especialista de conservação da WWF-Brasil, Marcelo Oliveira.

 

Os dados também servirão de apoio para a execução de algumas ações previstas no Plano de Ação Nacional para Conservação da Onça Pintada, do ICMBio.  “Vamos fazer também ações que suprirão demandas do plano. Por exemplo, executar o protocolo de monitoramento nas unidades de conservação do estado vai gerar dados de onças pintadas e presas, e é uma demanda do plano de ação”, explica Ramalho.

 

A previsão é de que esse estudo seja finalizado e divulgado em meados do segundo semestre deste ano.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Você conhece as mascotes dos times de futebol da Região Norte?

As mascotes de time são uma tradição no mundo, não só no futebol, mas em todo ambiente esportivo, pois elas são fundamentais para a representação do processo cultural de uma agremiação.

Leia também

Publicidade