Escolas do Rio Negro já começam a ter aulas por questões ambientais; entenda

O ano letivo de 29 escolas municipais da zona Rural/Ribeirinha do Rio Negro, no Amazonas, já teve início por questões ambientais. O calendário escolar nessas unidades de ensino é antecipado porque o período de vazante não possibilita o transporte e dificulta o acesso dos estudantes às escolas durante a seca do rio.

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Assim, as aulas iniciam em janeiro, durante a cheia, e seguem até o mês de outubro, sem recesso escolar no meio do ano, garantindo o cumprimento dos 200 dias letivos. A Prefeitura de Manaus realizou a abertura do ano letivo dessas escolas, na última sexta-feira (4), na Escola Municipal Professora Dian Kelly do Nascimento Mota, no Tarumã-Mirm, a primeira escola ribeirinha de Educação Integral.
 

Foto: Nathalie Brasil/Divulgação Semcom 

No total, são atendidos em todas as unidades, aproximadamente, 2 mil alunos da Educação Infantil, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, contando com 133 professores.

A Divisão Distrital Zonal Rural (DDZ Rural) da Secretaria Municipal de Educação (Semed) conta com 84 unidades de ensino, das quais 29 estão localizadas no Rio Negro, 21 no Rio Amazonas e 34 na zona Rural/Rodoviária de Manaus.

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A secretária municipal de Educação, Kátia Schweickardt, falou sobre a importância do ano letivo da rede municipal de ensino começar pelas unidades que ficam às margens do Rio Negro e falou sobre o desafio de oferecer Educação de qualidade para alunos que não moram na zona Urbana.
 

Foto: Altemar Alcantara/Arquivo/Semcom
“É uma honra começarmos o ano letivo da Semed pelas escolas ribeirinhas do Rio Negro, afinal, Manaus nasceu daqui. A Educação do campo, águas e florestas é uma realidade diferente com a qual aprendemos e o importante é que conseguimos oferecer a esses alunos a mesma proposta pedagógica e acompanhamento. Temos garantido bons resultados e, sobretudo, o direito dessas crianças aprenderem como as crianças da cidade”, declarou a secretária.

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Natural de Maués, o marinheiro de convés Carlos Alberto Belizario, 64, mora na Comunidade do Abelha há 16 anos. Para ele, pai da aluna do 1º período, Sarah Vitória Belizario, 5, a unidade de ensino é uma conquista de todos.

“Para a comunidade geral, a escola representa muita coisa, porque quando minha menina começou a estudar, não conhecia nada, e agora escreve os nomes de todos. Para mim é um orgulho, porque agora as crianças estudam o dia inteiro”, disse.
 

Foto: Altemar Alcantara/Arquivo/Semcom 

A gerente pedagógica da DDZ Rural, Marilene de Souza Gomes, falou sobre o trabalho e planejamento realizados para assegurar que os alunos tenham o cumprimento dos 200 dias letivos. “Antecipar o início das aulas é assegurar que toda a carga horária será aplicada até outubro. Além disso, os alunos terão aulas aos sábados para compensar esse calendário”.

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