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Sexta, 19 Abril 2024

Conheça os atletas do Norte que representam o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio

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Quem tem madrugado ou acordado cedo para acompanhar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão, já deve ter acostumado com a diversidade de atletas representando o Brasil nas competições. Mas você já parou para pensar na distribuição geográfica desses atletas?

Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a delegação brasileira conta com 260 atletas de todas as regiões do país, além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas. Ao todos, os atletas paralímpicos representam o Brasil em 20 modalidades.

Apesar de todos vestirem a camisa do Brasil, quando a gente lista os atletas percebemos que 13 deles estão representando os estados da região Norte. Isso representa apenas 5% de toda delegação nacional.

Fonte: CPB

ATLETISMO

Alan Fonteles - Marabá/PA

Foto: Fernando Maia/CPB

Devido a uma sepsemia, gerada por uma infecção intestinal, Alan teve de amputar as duas pernas aos 21 dias de vida. Começou a praticar o atletismo aos 8 anos. No começo, o paraense corria com próteses de madeira e, aos 15 anos, ganhou seu primeiro par de próteses de fibra de carbono para estrear nos Jogos Paralímpicos, em Pequim 2008. 

Principais conquistas: Ouro nos 200m e prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; prata nos 200m e bronze nos 100m no Mundial de Atletismo de Doha 2015; atual recordista mundial nos 100m (10s57) e nos 200m (20s66); ouro nos 100m, 200m e 400m e prata no revezamento 4x100m no Mundial de Atletismo de Lyon 2013; ouro nos 200m nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012; prata nos 200m e bronze nos 100m nos Jogos ParapanAmericanos de Guadalajara 2011; bronze nos 100m no Mundial de Christchurch 2011; prata nos 4x100m nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008.

Edson Cavalcante - Cruzeiro do Sul/AC

Foto: Alaor Filho/CPB

O acreano nasceu no seringal com ajuda de uma parteira. Com falta de oxigênio, teve paralisia cerebral, que prejudicou os movimentos do braço direito. Edson praticava tênis de mesa em 2001 e, um ano depois, migrou para o atletismo. Em menos de dois anos no esporte, conquistou seu lugar na Seleção Brasileira. 

Principais conquistas: Ouro nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 100m no Mundial Londres 2017; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 100m e bronze nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m no Mundial Doha 2015; bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; ouro nos 100m e nos 200m e prata nos 400m nos Jogos ParapanAmericanos Guadalajara 2011; bronze nos 100m no Mundial de Christchurch 2011; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007.

Fernanda Yara da Silva - Curionópilis/PA

Foto: Washington Alves/CPB

Fernanda tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Ela competia no atletismo convencional e migrou para o paradesporto em 2008. 

Principais conquistas: Bronze nos 200m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

Jerusa Geber dos Santos - Rio Branco/AC

Foto: Daniel Zappe/CPB

Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a visão. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual. Em 2019, Jerusa se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo dos 12s. 

Principais conquistas: Ouro nos 100m no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos 100m e nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; prata nos 100m no Mundial Doha 2015; prata nos 100m e nos 200m no Mundial Lyon 2013; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m e nos 200m no Mundial da Nova Zelândia 2011; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Pequim 2008.

Jhulia Karol Fonseca - Terra Santa (PA)

Foto: Saulo Cruz/CPB

Jhulia perdeu a visão devido a uma meningite quando tinha 9 anos. A paraense começou no atletismo aos 15 anos. 

Principais conquistas: Ouro nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015; bronze nos 100m no Mundial Doha 2015; bronze nos 100m no Mundial Lyon 2013; bronze nos 100m nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; bronze nos 100m nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011.

Kesley Josué Teodoro - Rolim de Moura/RO

Foto: Daniel Zappe/CPB

Kesley tem doença de Stargardt, patologia genética que afeta a retina. Ele conheceu o atletismo através da sua irmã, Ketyla, que estava no ensino médio quando foi convidada a participar das Paralímpiadas Escolares, em 2012. 

Kesley já tinha se formado, mas seus pais afirmaram que só deixariam Ketyla ir até São Paulo se o irmão a acompanhasse. O técnico que convidou sua irmã percebeu que o atleta também poderia correr e ele iniciou sua carreira também nas Paralímpiadas Escolares. 

Principais conquistas: Quarto lugar nos 100m nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Ketyla Paula Teodoro - Rolim de Moura/RO

Foto: Alexandre Feital/CPB

Ketyla tem a doença de stargardt, patologia genética que afeta a retina. Ela enxergou até os 13 anos, quando sua visão piorou rapidamente até ela se tornar baixa visão. A atleta conheceu o esporte paralímpico no último ano do ensino médio, quando um treinador de um clube em Rondônia buscava atletas para participar das Paralímpiadas Escolares de 2012. 

Principais conquistas: Bronze nos 400m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Mateus Evangelista - Porto Velho/RO

Foto: Marcio Rodrigues/CPB

Na hora do parto, Mateus teve falta de oxigenação no cérebro e, como sequela, o lado direito de seu corpo ficou comprometido. Aos 12 anos, assistiu a uma palestra sobre esporte paralímpico em sua escola. Decidiu falar com os responsáveis para conhecer as modalidades e começou no atletismo.

Principais conquistas: Prata no salto em distância no Mundial Dubai 2019; ouro nos 100m, prata nos 200m e no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; ouro nos 100m, prata nos 200m e prata no salto em distância no Mundial Londres 2017; prata no salto em distância nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro nos 100m, nos 200m e no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.

 GOALBALL

Josemarcio Sousa - Santa Maria do Pará/PA 

Foto: Daniel Zappe/CPB

Josemarcio nasceu com distrofia no nervo ótico. O atleta conheceu o goalball por meio do irmão, também jogador, e a treinadora o convidou a experimentar o esporte, se tornando sua paixão. Foi convocado pela primeira vez para a Seleção em 2013. 

Principais conquistas: Bicampeão nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019 e Toronto 2015); ouro no Mundial de Goalball em Malmö 2018; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2013 na Argentina.

JUDÔ 

Thiego Marques - Parauapebas/PA

Foto: Ale Cabral/CPB

Tem baixa visão por conta do albinismo. Thiego começou a praticar judô em 2011, aos 12 anos de idade. 

Principais conquistas: Bronze nos Jogos ParapanAmericanos Lima 2019; bronze no Campeonato das Américas 2018 no Canadá; bronze no Campeonato das Américas 2017 em São Paulo; prata no Mundial de Jovens 2013 nos Estados Unidos; ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017 em São Paulo.

NATAÇÃO

Lucilene Sousa - São Miguel do Guamã/PA

Foto: Alexandre Schneider/CPB

Lucilene nasceu com atrofia no nervo ótico, o que resultou em baixa visão. Antes de ser nadadora, jogou goalball por influência do irmão mais velho, Josermarcio, e conquistou uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens da modalidade, em 2017, em São Paulo. Depois disso, decidiu migrar para a natação paralímpica. 

Principais conquistas: Prata nos 50m livre, 100m livre e 400m livre nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

VÔLEI 

Bruna Nascimento - Belém/PA

Foto: Fabio Chey/CPB

Aos 24 anos, Bruna sofreu um acidente de moto e amputou a perna esquerda acima do joelho. Em 2016, experimentou o vôlei sentado após um treinador insistir por dois anos que ela fosse a um treino e, desde então, não parou de praticar a modalidade. Foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira no fim de 2019.

Laiana Rodrigues - Manaus/AM

Foto: Fabio Chey/CPB

Laiana era atleta convencional de voleibol e aos 18 anos teve dengue hemorrágica e a manifestação da síndrome de Guillain Barré, doença autoimune. Suas pernas ficaram paralisadas e seu pé direito caído. Ela conheceu a modalidade paralímpica 15 anos depois, aos 33 anos. 

Principais conquistas: Prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.

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