No mundo existe cerca de 20 mil espécies divididas em 334 gêneros. Dessas, pelo menos 10 mil já foram catalogadas. Conheça algumas que fazem parte do ecossistema amazônico:
As formigas fazem parte do grupo de insetos mais popular do mundo, pois são muito conhecidas por seu poder de organização social. No mundo existe cerca de 20 mil espécies dividas em 334 gêneros. Dessas, pelo menos 10 mil já foram catalogadas, mas ainda existe muito a se aprender com a pequeninas.
Ou seja, a variedade é enorme e vai desde a formiga comum – essas que sempre estão perto do açúcar na sua cozinha – até as que podem representar perigo para a saúde humana.
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O Portal Amazônia consultou o ‘Guia para os gêneros de formigas do Brasil‘ e traz algumas informações sobre sete espécies de formigas encontradas na Amazônia brasileira. Confira:
As formigas Martialis (não possui nome popular) estão presentes somente no Amazonas, no território brasileiro. A subfamília Martialinae foi recentemente descrita com base em um único exemplar coletado no solo de uma área de floresta tropical úmida nas proximidades da cidade de Manaus.
- Presente em: No Brasil, apenas no Amazonas.
Adelomyrmex
As formigas deste gênero (não possui nome popular) estão distribuídas na região Neotropical e Australiana. São pequenas e habitantes da serapilheira. Possuem hábitos crípticos (difícil de perceber ou de interpretar) ou seja, conseguem se camuflar facilmente na floresta, sendo uma atividade restrita às camadas mais profundas da serapilheira. Nada se sabe sobre seus hábitos alimentares. No Brasil ocorre apenas uma espécie: A. striatus.
- Presente em: No Brasil, apenas no Amazonas.
S. marcoyi, S. stali e S. schoerederi.
- Presente em: Amazonas e regiões nordeste e sudeste.
- Presente: Amazonas e também Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Formiga Marabunta (Cheliomyrmex)
Marabunta (Cheliomyrmex andicola) faz parte do gênero Cheliomyrmex e da subfamília Dorylinae. São formigas de correição que vivem principalmente debaixo da terra nas selvas tropicais da América, e são de cor avermelhada. Elas são encontradas em região neotropical, do sul do México à Bolívia, incluindo a Amazônia brasileira.
São reconhecidas como operárias sem olhos, com mandíbulas dos soldados com dois grandes dentes e cintura com apenas um segmento. Essas formigas são pouco coletadas e, por conta disso, sua biologia continua enigmática. As rainhas são desconhecidas e a espécie é conhecida apenas pelo macho (C. audax).
As espécies desse gênero possuem hábitos subterrâneos, mas ocasionalmente podem formar grandes colunas em busca de alimento no solo. A Cheliomyrmex andicola alimenta-se de invertebrados de grande porte que vivem no solo.
- Presente em: Acre, Amapá, Amazonas e Rondônia.
Formiga tatu (Tatuidris)
O gênero Tatuidris (que possui a espécie única Tatuidris tatusia) faz parte da subfamília monotípica Agroecomyrmecinae. O nome Tatuidris significa “formiga tatu”, fazendo alusão ao formato compacto e arredondado da formiga assemelhar-se ao de um tatu. Ainda é rapidamente reconhecida pelas mandíbulas massivas em perfil, olhos localizados no topo das suas antenas com sete segmentos.
Os poucos registros desse gênero no Brasil foram feitos em floresta tropical úmida, apenas na região amazônica, exclusivamente em amostras de serapilheira. Sua raridade talvez se explique por apresentar ninhos pequenos, com poucos indivíduos e é considerada uma espécie predadora de topo de cadeia, especializada em predar outras espécies também predadoras.
A única colônia encontrada até hoje possuía três operárias e quatro rainhas . Pelo menos duas operárias foram coletadas em iscas de sardinha, sugerindo certa flexibilidade alimentar. Seus movimentos são lentos e alguns indivíduos apresentam o corpo coberto por terra, indicando capacidade de se camuflar usando elementos do meio.
- Presente em: Amazonas, Rondônia, Pará, Maranhão e Tocantins.
- Provavelmente presente em: Acre, Amapá, Mato Grosso e Roraima.
Typhlomyrmex
Typhlomyrmex (não possui nome popular) é o menor gênero da subfamília Ectatomminae em número de espécies. São formigas pouco coletadas e por esse motivo pouco se sabe sobre sua biologia. As espécies desse gênero formam ninhos em troncos em decomposição ou no solo de florestas úmidas.
A Typhlomyrmex rogenhoferi por exemplo, que é a espécie mais coletada na Bacia Amazônica, forma ninho na madeira em decomposição e forma colônias com centenas de operárias. Já a T. pusillus constrói ninhos no solo e parece ter uma maior tolerância a perturbações, ocorrendo em áreas cultivadas, além de florestas.
Pouco se sabe sobre o hábito alimentar e reprodutivo das espécies desse gênero. Alguns pesquisadores acreditam que são predadoras crípticas (que habitam em cavernas).
- Presente em: Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins.
- Provavelmente presente em: Acre, Maranhão e Roraima.